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quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Neymar recebe seu maior troféu

 

Reprodução X

por Niko Bolontrin

Neymar está perto de completar mil dias afastado dos campos desde 2018. E deve ter quase o mesmo número de presença em festas e baladas.

Em função de contusões frequentes perdeu jogos importantes e decisivos no Barcelona, PSG, Seleção e, agora, Al Hilal. Ausentou-se em jogos dos campeonatos francês, espanhol, Champions e Copa do Mundo. Em matéria de títulos teve uma carreira de soma sofrível para um jogador de primeiro nível da sua geração.  

Atualmente em mais um período de recuperação após cirurgia no joelho, Neymar teve um encontro com o parça Jair Bolsonaro. Deu match. Não se sabe exatamente sobre o que conversam. Quando Bolsonaro era presidente, um dos assuntos possivelmente era uma dívida do jogador à Receita Federal. Rolava um papo sobre isso entre um pão com Leite Moça e uma 

Na semana passada, finalmente, Neymar, que é  meio desprovido de prêmios individuais, recebeu o que deve considerar seu maior troféu. O Bozo lhe entregou a “medalha dos 3 ‘is’: ‘Imbrochável’, ‘imorrível’ e ‘incomível'”. 

As redes sociais se divertiram com a cena ridícula de entrega de tamanha e tão idiota láurea. Mas Neymar merece o vexame. Um dos memes faz uma comparação com as bolas de ouro (que Neymar nunca conseguiu) de Messi, CR7 e Martha.

Maldosos insinuam que há dúvidas e Neymar e seu parça Bozo se encaixam em dois dos três itens, além, é claro, do "imorrivel".

sábado, 10 de dezembro de 2022

O falso jornalista

Neymar superou lesão e lutou até o fim. Foto de Lucas Figueiredo/CBF/Divulgação

por J.A.Barros 

Trabalhei mais de 50 anos em redações de revistas e jornais, no Rio de Janeiro. Fui  diagramador e chefe de Arte de várias publicações e lidei com um número imenso de jornalistas. 

De todos os jornalistas que conheci e com quem trabalhei tornei-me um admirador da consciência profissional daqueles homens e das suas lutas nas reportagens, críticas e crônicas, sempre ao lado e na defesa da moralidade, da ética, da verdade. Nunca vi nem assisti um jornalista, através de sua matéria, procurar atingir a profissão de quem quer que fosse. O erro sim, se os havia, procuravam denunciar quando atitudes ou atos desonestos atingiam a idoneidade de terceiros. 

Entendo que o jornalista, no regime democrático, deve atuar como guardião da honestidade, da igualdade e na defesa de que todos são iguais diante da lei.  Na minha opinião, o jornalista é um herói da sociedade. Ele deve ser o "paladino", o defensor da lei, da ordem, dos valores, um vigilante em favor da sociedadee e que, através de suas apurações, entrevistas, pesquisas e reportagens assim construídas leva ao grande público leitor a verdade dos fatos. 

E o que é um mau jornalista?

Na televisão, o ex-jogador Casagrande, que se tornou, ou o tornaram, comentarista de futebol, passou a atacar gratuitamente o jogador de futebol Neymar que, sem direito de defesa, assiste seu nome e sua profissão serem enlameados por esse pretensioso jornalista, que nunca foi jornalista, mas se veste como tal 

Agora mesmo, nos jogos da Copa do Mundo, ele critiæcou fortemente os jogadores brasileiros Kaká, Cafu, Roberto Carlos e Ronaldo Fenômeno por estarem na arquibancadas dos estádios, assistindo aos jogos da seleção, vestinto ternos pretos, gravata e paletó. É natural que um comentarista de futebol critique campeões mundias por achar que não estavam vestidos de bermudas ou shorts? Não é querer chamar para si a atenção do público que o assiste? 

Talvez Casagrande não saiba, mas a FIFA instituiu o programa Lendas do Futebol através do qual convida craques campeões, de vários países, que marcaram época nos gramados da Copa do Mundo. Casagrande não faz parte desse grupo. Ele foi convocado para a seleção uma única vez, por Telê, em 1986, viajou para o México, mas não entrou em campo: ficou no banco, era reserva de Careca e Muller. E o Brasil perdeu aquela Copa. 

O Brasil foi eliminado da Copa do Mundo pela Croácia. Empatou de 1X1 no jogo e perdeu de 4X2 nos pênaltis. O gol do Brasil feito na prorrogação foi de Neymar, aliás um belo gol, driblando o goleiro. Mas, mesmo diante desse único gol feito pelo Neymar, Casagrande foi  buscar razões para culpá-lo pela eliminação da Copa. Por decisão do treinador, que o colocou com o quinto jogador brasileiro a cobrar a penalidade, Neymar nem sequer teve a sua vez: a Croácia fechou a conta antes. 

Críticas são válidas, torná-las pessoais, não. Tite, o técnico da seleção, não conseguiu, na minha opinião, formar um time de futebol. Não vamos procurar culpados pela eliminação do Brasil. Se erros aconteceram, vamos procurar na origem na formação desta Seleção. E vamos encontrar muito erros e tentar não repeti-los na próxima seleção a ser formada.O treinador Tite já se colocava como demissionário da função, a seu pedido, ganhando ou não a Copa do Mundo. Outro ciclo vai começar.

Mais uma vez perdemos uma Copa do Mundo por erros e interpretações equivocadas do  comando da seleção brasileira.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Gonzagão canta Mangaratiba (para compensar a má fama da festa de Neymar)

A bela Mangaratiba frequenta o noticiário pelo lado negativo. Não por culpa dos moradores, mas de um forasteiro. Neymar escolheu o local para fazer uma festa de arromba em plena pandemia. A cidade se revolta, mas pouco pode fazer. A balada vai rolar. O risco para Mangaratiba é que a maioria do pessoal que vai trabalhar para a diversão do jogador e sua curriola é local. O risco de contaminação por se estender aos moradores. 

Melhor ficar com Gonzagão, que cantou Mangaratiba em tempos menos revoltos e de maior respeito e solidariedade.  E a letra é apropriada

Mangaratiba

Luiz Gonzaga

Ôi, lá vem o trem rodando estrada arriba

Pronde é que ele vai?

Mangaratiba! Mangaratiba! Mangaratiba!

Adeus Pati, Araruama e Guaratiba

Vou pra Ibacanhema, vou até Mangaratiba!

Adeus Alegre, Paquetá, adeus Guaíba

Meu fim de semana vai ser em Mangaratiba!

Oh! Mangarati, Mangarati, Mangaratiba!

Mangaratiba!

Lá tem banana, tem palmito e tem caqui

E quando faz luar, tem violão e parati

O mar é belo, lembra o seio de Ceci

Arfando com ternura, junto a praia de Anguiti

Oh!…

OUÇA AQUI

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Futebol sob ataque da tropa do apito...

por Niko Bolontrin

O futebol está mudando rapidamente. Não demora muito vamos saber se para melhor ou para pior. Por enquanto, os sinais não são animadores. Neste fim de semana, alguns desses sintomas foram expostos.

Na França, pelo PSG, Neymar tomou um cartão amarelo após tentar um "lambreta" contra dois adversários que o cercavam à margem do campo. Com a habilidade que o caracteriza, o brasileiro alçou a bola sobre os marcadores, a solução possível. A jogada não se completou porque a bola resvalou no corpo do zagueiro Souquet, do Montpellier. O árbitro Jérôme Brisard foi irritadinho com o lance que não implicou em violência, nem agressão ou atitude antiesportiva. Foi tão somente um recurso criativo entre os muitos que Neymar utiliza quando nada o atrapalha de jogar futebol. Jovens jogadores brasileiros que partiram para a Europa já confessaram dificuldades na adaptação porque alguns treinadores desestimulam dribles em nome da troca de passes, posse de bola e da participação na "marcação alta". Não por acaso, alguns jogos lembram uma espécie de "handebol" jogado com os pés.

Em São Paulo, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira expulsou Janderson, do Corinthians, após o jogador se juntar à torcida para comemorar um gol sobre o Santos. A própria Fifa já relevou essa regra durante a última Copa do Mundo.

Comentário certeiro do jornalista André Rizek:



quinta-feira, 4 de abril de 2019

Leitura Dinâmica - Tchutchucas, Neymar fecha com Debi e Loide, vovó sentou, Temer e Moreira (não deu match na madruga)...

por Ed Sá 

* Queimou o filme -  A imagem de Neymar na França e Espanha já não é lá essas coisas. E não vai melhorar com o último episódio em que se envolveu gratuitamente. Ao trocar mensagens com Debi e Loide (Netanyahu, atualmente processado por corrupção, e com Bolsonaro, visto na Europa como fascista), o brasileiro importou para as arquibancadas do PSG, onde não raro é vaiado, mais uma animosidade.

* "Tô fora" - A propósito, é fake news o rumor de que o Jesus ou o Messias evitaram baixar à Terra Santa no começo dessa semana para não sofrer o vexame de ser recebido pela dupla Bolsonaro-Netanyahu.

* República das tchutchucas - O deputado Zeca Dirceu foi injusto ao dizer que Paulo Guedes, o Posto Ipiranga, é "tigrão" com aposentados, agricultores e professores e"tchutchuca" com os privilegiados e"amigos banqueiros'. Injusto porque não é só o Guedes. O governo todo é "tchutchuca" carinhosa dos banqueiros, dos madeireiros, dos latifundiários, dos olavistas, dos militares, dos grandes empresários, dos fabricantes de armas, de Trump, de Netanyahu, da CIA, do Queiroz, dos terraplanistas, dos criacionistas, do Steve Bannon...

O Posto Ipiranga virou tchutchuca - Irritado por ser chamado de 'tchutchuca", o "tchutchuca' Paulo Guedes xingou a mãe do deputado em rede nacional. Até aí, normal, sempre sobra para as mães nessa hora, mas o ministro resolveu incluir na praga a "vó". "Tchutchuca é a mãe, é a vó". Avós também são mães, claro, mas costumam ser poupadas no destempero popular, tanto que existe a expressão "filho da puta", mas não o xingamento "neto da puta".

* "Senta aqui vovó" - Já que a palavra "tchutchuca" entrou nos trend topics, vale relembrar a letra do "Bonde do Tigrão": "Vem tchutchuca linda/Senta aqui com seu pretinho/Vou te pegar no colo/E fazer muito carinho/Eu quero um rala quente/Para te satisfazer/Escute o refrão/É do jeitinho q eu vou fazer/Vem, vem/Tchutchuca/Vem aqui pro seu Tigrão/Vou te jogar na cama/E te dá muita pressão!"

*"Conje" na rede - Moro acaba de abrir uma conta própria no Twitter (@SF_Moro). Antes, só a mulher dele, a "conje", como ele prefere denominar, atuava nas redes sociais.

* Não deu match na madrugada - Segundo a Veja, a Operação Lava Jato entregou ao Tribunal Regional Federal da 2ª (TRF2) transcrição de rápido diálogo que Michel Temer e Moreira Franco tiveram via WhatsApp, em plena madrugada, horas antes de serem presos.  Temer digitou: "Estás acordado?". Moreira prefere telefonar de volta. Temer não atende e o parça digita: “Sim. Liguei, mas vc não atendeu". A PF avalia que a conversinha é indício de que Temer foi informado da ordem de prisão. Talvez não, vai ver Temer queria comentar o filme que estava vendo no Netflix.

*Dentro, Temer - Temer, aliás, que nunca foi bom de voto, continua péssimo em pesquisas de opinião. Depois de deixar o governo com 2% de aprovação, agora vê que, de acordo com enquete do Atlas Político, 87% dos brasileiros o querem atrás das grades.

* Com os cumprimentos de Ghiggia - O Flamengo perdeu do Peñarol, do Uruguai, por 1x0. O jogo foi no Maracanã. O detalhe é que o gol dos uruguaios foi na chamada "trave de Barbosa" ou "gol do Barbosa", onde Giggia decretou o fatídico 2x1 que tirou do Brasil a Copa de 50. Ghiggia, aliás, foi jogador do Peñarol. Ontem Viatri, autor do gol, foi o carrasco do Flamengo. Maracanã é terreno paranormal do vizinho do Sul.

* Deu ruim - No mais, como diz o escritor moçambicano Mia Couto sobre a expansão da ciranda financeira e o aumento da concentração de renda, "em vez de riquezas estamos produzindo ricos".

sábado, 16 de março de 2019

Memória da redação - Contaram para você que Pelé nunca pensou em ser vendido para a Europa? Errado. Manchete revelou que ele quis ir para o Real Madrid



por Niko Bolontrin

Pelé passou sua vida profissional como jogador quase inteiramente no Santos. Só foi para o Cosmos, de Nova York, oito meses depois de pendurar as chuteiras como jogador da Vila Belmiro.

E nós sempre lemos por aí que Pelé jamais cogitou em jogar por um clube europeu. Uma antiga matéria da Manchete mostra que a história não é bem essa.

Apesar de ter jogado apenas no Brasil, Pelé ganhou dinheiro com o futebol e, principalmente, com publicidade. Mas nada que se compare ao que fatura qualquer jogador mediano que se firma no milionário futebol europeu de hoje. Os bens de Pelé em 1959, como relata a  matéria da Manchete (trecho reproduzido acima) seriam quase risíveis para um Neymar, um Philippe Coutinho, um Tiago Silva e outros que jogam nas ligas europeias. Olha só a qualidade da "lanchinha" que ele ganhou de presente!

Naquele dia, às vésperas de viajar em excursão com o Santos para Espanha, França e Itália, Pelé falou sobre uma proposta que o Real Madrid vinha fazendo ao Santos: levar o craque, então com 18 anos, por Cr$ 80 milhões, na moeda da época.

"Nesse caso, acho que vou ter de deixar o Brasil por algum tempo. Oitenta milhões não é brincadeira. Acabando o serviço militar, se o negócio estiver de pé, vale a pena fazer o sacrifício" - disse o jogador que ganhava Cr$120 mil mensais quando o salário mínimo era então de Cr$3.800.

O Santos recebeu essa e teria recebido muitas outras propostas, mas nunca fechou negócio. Talvez porque, na época, não havia um desequilíbrio econômico tão avassalador entre o futebol brasileiro e o mundo encantado da Liga dos Campeões. Atualmente, se quiser, qualquer clube médio da Europa leva qualquer jogador brasileiro e ainda pode importar, de brinde, o cartola presidente, sua mulher, sogra, o cachorro, o papagaio e o cunhado-problema. 

domingo, 27 de janeiro de 2019

A caça a Neymar...

Reprodução L'Equipe 
por Niko Bolontrin 

A habilidade de Neymar parece incomodar parte da mídia esportiva europeia.

A mesma crítica às vezes ecoa em mesas-redondas da TV brasileira.

O jogador já sofreu graves contusões, como a gravíssima joelhada na coluna que o tirou da Copa de 2014, a fratura no pé direito que comprometeu seu rendimento na Copa de 2018, faltas violentas por trás e o pisão no tornozelo em jogos do mesmo mundial. Quase sempre, ele não é considerado vítima, mas culpado por um suposto cai-cai e acusado de "prender demais a bola".

Na última quarta-feira, no jogo do PSG contra o Strasbourg, Neymar foi caçado em campo e sofreu mais uma contusão, no mesmo pé direito fraturado há um ano. Os médicos vão aguardar alguns dias antes de avaliar a gravidade e se será necessária nova cirurgia. Se for esse o caso, Neymar deverá ficar afastado dos gramados por três meses. O jornalista Leo Escudeiro postou no twitter cenas que mostram Neymar levando três chutes em um mesmo lance. O brasileiro se irrita e logo depois dá sua resposta ao agressor: uma carretilha genial que deixa o adversário pereba humilhado no chão.

A técnica e a criatividade de Neymar encantam estádios, mas diante da omissão dos árbitros têm lhe custado caro. Não há dúvida de que as críticas ao alegado cai-cai são um incentivo aos adversários que batem contando com a complacência provocada pela difusão do "Neymar está fingindo".

Se for operado, o brasileiro não participará dos próximos jogos da Liga dos Campeões e poderá ficar de fora da Copa América ou, no mínimo, entrar em campo fora das suas condições ideais. 

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Leitura Dinâmica: papa Francisco, mídia perde "fontes", Jesus, Mama Laden...

Reprodução L'Osservatore Romano


* Demorou, mas a Igreja Católica mudou o Catecismo para declarar "inadmissível" a pena de morte. A decisão é do papa Francisco. Durante a Inquisição a própria Igreja massificou a pena de morte em vários continentes, inclusive no Brasil, especialmente em Pernambuco e Bahia. O Catecismo admitia até hoje a pena de morte quando fosse "o único caminho possível".  A edição em português do l'Osservatore Romano" divulga a medida papal.

*Mídia de economia perde uma "fonte de informações": PF prendeu o banqueiro Eduardo Plass, sócio da corretora Opus e do Tag Bank, e ex-presidente do Pactual. É acusado de ser diarista de lavagem de dinheiro do ex-governador Sérgio Cabral. Segundo a investigação, o esquema incluía um "polimento" à margem do Fisco no tesouro de jóias cabralinas.

* Outra "fonte" da grande mídia também se enrolou com a lei: o economista Roberto Gianetti, coordenador do programa de governo da candidatura do tucano João Dória ao governo do estado de SP, foi alvo de ação da PF como suspeito de integrar esquema de pagamento de propina a integrantes do Carf. O objetivo seria aliviar débitos fiscais da siderúrgica Paranapanema. Gianetti, que orbitava nínhos tucanos, foi secretário-executivo da Câmara de Comércio  Exterior durante o governo de Fernando Henrique.

* Com vários políticos, empresários, economistas, doleiros, banqueiros e dirigentes esportivos em cana - muitos das suas relações - a velha mídia vai acabar montando sucursais no sistema prisional do país.

* Ministério da Cultura libera renúncia fiscal para o musical importado "O Fantasma da Ópera". São quase 30 milhões de verba pública. Curiosamente, antes o valor aprovado era de pouco menos de 10 milhões de reais. Aparentemente, os burocratas do governo se assustaram com fantasmas, reconsideraram a quantia e abriram o cofre. A verba liberada é recorde da Lei Rouanet, segundo a Folha de São Paulo.

* Conta a lenda que em uma cidade do Nordeste havia um religioso, o padre Jojô,  que fazia questão de ensaiar pessoalmente o coro da igreja formado por devotas da região. Ele tanto se orgulhava das suas cantoras que até nas reuniões paroquiais exigia que elas falassem em jogral, como se fossem uma única voz. O padre perguntava como estava a arrecadação para a festa do padroeiro e o coro respondia em uníssono. Indagava sobre a organização da quermesse e a resposta vinha em dó maior coletivo. Leia as páginas de artigos e colunas dos grandes jornais, veja os comentários nas TVs e diga se não parecem tão iguais em opiniões e tão afinados entre si como se fossem o coral das devotas do padre Jojô. Os donos devem comandar pessoalmente os ensaios dos seus e suas coroinhas.


* A tropa de choque do ódio nas redes sociais tem mais um comercial do Neymar para malhar: o jogador e o filho Davi Lucca estão na campanha da C&A para o Dia dos Pais. Veja o vídeo AQUI

* A vida não está fácil pra ninguém. A novela "Jesus" não vai bem de audiência. No horário, a Record perde da Globo e do SBT. Mas não é verdade que a trama será encurtada e que serão feitas mudanças para "esquentar" a história.


* "Meu garoto!". A mãe de Osama bin Laden dá entrevista pela primeira vez. Ao Guardian, ela diz que o filho era um "bom menino" e foi vítima de influências, de más companhias e de "lavagem cerebral" em "cultos". Alia Ghanem mora na Arábia Saudita, país onde bin Laden nasceu e de onde partiram 15 dos 19 terroristas que participaram dos atentados de 11 de setembro. Mama Laden não fala sobre as ações jihadistas do seu baby.

* O mundo está negativado no cheque especial ambiental. A Global Footprint Network informa que a humanidade consumiu até ontem a soma de recursos naturais previstas para todo o ano de 2018. Sobre essa notícia, a Sputnik Brasil entrevistou o ambientalista Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, que atribui esse esgotamento de recursos ao padrão de consumo. Mantovani alerta: "Um presidente Trump nos EUA e até um Bolsonaro no Brasil falando em romper com a questão do clima vai ser o grande desafio do momento. É necessário manter essa unidade em torno desse objetivo. Afinal nós estamos falando do limite da Terra, não é um país ou outro que vai definir isso, é o conjunto".



segunda-feira, 30 de julho de 2018

Comercial de Neymar para a Gillette é gestão de crise.

Reprodução You Tube

por Niko Bolontrin

O Fantástico, ontem, exibiu um comercial de Neymar para a Gillette. Claro que faz parte de uma atitude programada, pós-Copa, pelo jogador e seu staff.

É pura gestão de crise. Não parece eficiente. As redes sociais estão criticando o filminho.

Aparentemente, como um dos náufragos do time de Tite na Rússia e protagonista de milhares de memes de cai-cai vistas por milhões nas redes sociais, Neymar foi convencido a cuidar dos danos à imagem, que são visíveis. Ele abre o vídeo com um verdade: é caçado em campo. Uma fratura na coluna, outra no pé, lesões musculares provocadas por pancadas, fora as de esforço físico, estão no seu prontuário. E admite outras evidências: exagera na simulação e nas reclamações.

Neymar fala do menino que ainda tem no peito. Nada contra. O poeta Mário Quintana dizia que nasceu menino e morreria menino. Talvez Neymar tenha que levar para o campo a alegria de menino ao jogar futebol. A paixão que mostrava em Santos como um dos Meninos da Vila somada à experiência que já tem.

Alguns comentaristas nem tão amadurecidos assim repetem que Neymar tem que "amadurecer', como se fosse uma manga. Com isso querem dizer que "amadurecer", no seu caso, aos 26 anos (!), é se enquadrar à síndrome de posse de bola e excesso de trocas de passes, de "roda de bobo" ampliada?

Se for isso, é melhor que Neymar permaneça "verde".

Futebol é gol. Pelo menos enquanto estiverem lá aquelas traves que o ingleses bolaram para sinalizar o objetivo do jogo. Acredita? Servem pra isso.

Outro dia o Flamengo empatou com o São Paulo e os especialistas elogiaram a posse de bola e o número de acertos em passes, "jogou melhor", decretaram. Legal, parabéns! Mas não passou do empate murcho.

Não foram poucas vezes que, na Copa, jogadores "limpavam" a bola, obtinham ângulo para chutar a gol, mas preferiam passar para o lateral que vinha esbaforido e já desequilibrado. Medo de bronca do treinador apaixonado por posse de bola?

Neymar, Ronaldo, Messi ficaram no meio do caminho, mas Mpabbé, Griezmann, Modric que dá assistência visando o ataque e não a jogada "de ladinho", Cavani, esse então só pensa naquilo, o gol, Hazard, um driblador, Kane, que usa a precisão do seu chute para enfiar a bola naquelas tais traves muitas vezes desprezadas, mostraram na Copa do Mundo que Ok para as triangulações, Ok para as inversões, para "jogar sem bola", mas uma hora alguém tem que sair do conforto de dar um simples passe lateral de três metros e encarar o marcador e tentar vencê-lo com o fundamento que expõe Neymar à caça e anda em baixa: o velho e bom drible.

Neymar vai continuar caindo. Sua trajetória mostra que, para a maioria dos marcadores,  fazer falta é único recurso para lhe tomar a bola.

Que continue livre para driblar e para cair. Mas que volte a ser amigo da bola.

No momento, ela parece um peso que ele carrega tanto no PSG quanto na seleção.

VEJA O COMERCIAL DA GILETTE COM NEYMAR, CLIQUE AQUI

terça-feira, 3 de julho de 2018

Rússia 2018 - Neymar tira da Alemanha o posto de maior goleador em todas as Copas

No jogo Brasil 2 X 0 México, Neymar comemora  o gol que faz o Brasil
o recordistas de gols em todas as Copas. Foto de Lucas Figueiredo/CBF

(do site da CBF) 

Única seleção que participou de todas as edições de Copas do Mundo, a maior campeã, com cinco títulos, e agora a recordista de gols. O gol de Neymar que abriu o placar para a Canarinho diante do México pelas Oitavas de Final da Copa do Mundo FIFA 2018 colocou o Brasil como o país que mais vezes balançou as redes em Mundiais. No total, a Seleção Brasileira balançou as redes 228 vezes nos 21 Mundiais que participou.

Eram 227 gols. Mas, aos 42 minutos da etapa final, Firmino fez o segundo da Seleção Brasileira e ampliou o recorde para 228. Na Primeira Fase, Philippe Coutinho (2), Neymar, Paulinho e Thiago Silva também deixaram as suas marcas com a Amarelinha. Até o jogo desta segunda-feira (2), o Brasil estava empatado com a Alemanha, com 226 gols.

Já o camisa 10 se isolou como o quarto maior artilheiro da história da Canarinho com 57 gols. O seleto grupo é liderado por Pelé, o maior jogador de todos os tempos, com 95 bolas na rede. No segundo lugar, vem o fenômeno Ronaldo, com 67 gols marcados, uma a mais do que Zico, com 66, no terceiro lugar.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA N SITE DA CBF, CLIQUE AQUI

domingo, 24 de junho de 2018

Neymar sob ataque. Não é o primeiro, nem será o último

Brasil 2 X 0 Costa Rica. Neymar "fingindo" que está sendo puxado. Foto CBF

por José Esmeraldo Gonçalves 

Neymar está sob ataque. E a ofensiva é "fogo amigo" em colunas especializadas, mesas redondas e redes sociais do Brasil.

O jogador não é o primeiro na história do futebol brasileiro a virar alvo pelos mais diversos motivos. É extensa a lista dos que se tornaram "malditos". Tinham todos uma característica em comum: eram "rebeldes". Um traço saudável, mas repudiado pelo conservadorismo de todas as épocas.

No auge da força do rádio, nos anos 1940, Heleno de Freitas foi a bola da vez de odiosa campanha. Nos campos, incomodava como o craque excepcional e temperamental que era. Fora do campo, recebia críticas por ser um ponto fora do padrão: rico, bem nascido, galã cercado de mulheres, de carros e de fama. Heleno foi personagem forçado de um dos momentos mais baixos e repulsivos do jornalismo esportivo: já doente, fisicamente degradado, foi cruelmente fotografado pela revista O Cruzeiro que estampou reportagem paparazzo mostrado seu triste estado no interior do hospício que consumiu seus últimos dias de vida, em Barbacena. Minas Gerais.

Almir, o Pernambuquinho, tinha apenas 19 anos quando chegou ao Vasco. Logo se impôs pela habilidade e garra extraordinárias. O torcida celebrava seu espírito de luta, mas a imagem que predominava nos jornais era a do "brigão". Almir tanto se destacava que em 1957 foi convocado para uma amistoso da seleção brasileira. Pediu dispensa porque, na mesma semana, iria viajar para a Europa em longa excursão do Vasco. Por isso, não voltou a ser lembrado pela CBD. Ganhou títulos pelo Vasco, como o lendários super-super de 1958. Havia muito jogadores brigões, mas Almir era "o" brigão. Com alto salário no bolso e vida boêmia, ficou marcado pela "falta de patriotismo" e pelas encrencas. Não demorou muito a preferir deixar o Brasil, jogou no Boca Juniors, na Fiorentina, no Genoa, sem muito sucesso. Virou heroi quando voltou ao Brasil, contratado pelo Santos e substituiu Pelé, machucado, nas finais contra o Milan e fazendo gols nos dois jogos decisivos. Foi o título mundial (de clubes) que a seleção não lhe deu.

Garrincha, que era ídolo e fazia o impossível nos campos, também não escapou do bombardeio. No seu caso, bombardeio moralista. O bicampeão mundial foi massacrado por deixar a primeira mulher, "fiel companheira dos tempos difíceis", para ficar com a amante, a cantora Elza Soares.  Ela, por sua vez, foi rotulada e massacrada como a "destruidora de lares".

Com a ditadura e a militarização do futebol brasileiro às vésperas da Copa de 1970, a então CBD assumiu esse tipo de código até então não escrito e emitiu o "Regulamento do Atleta Convocado", que incluía normas de comportamento e até de corte de cabelo e barba. O objetivo, contudo, era preventivo. No curto período em que ficou à frente da seleção, João Saldanha deu entrevistas para jornais franceses denunciando prisões políticas e tortura no Brasil. O fato não apenas o tirou do cargo - a recusa em convocar Dario, indicado por Garrastazu Médici, foi um detalhe na crise que se instalou na CBD - como acendeu o alerta dos militares preocupados com declarações semelhantes no México, com a mídia mundial presente. As normas de "comportamento" ficaram em vigor por muitos anos.

A barba e as convicções de Afonsinho, a personalidade e a "arrogância" de Paulo César Caju, rotulado como "o preto incômodo que não sabia seu lugar", a militância política de Reinaldo (seu estilo de comemorar gols com punho fechado não era bem visto), depois do anos 1980 a Democracia Corintiana de Casagrande, de Sócrates, Wladimir, Zenon etc, Sócrates e Casagrande na campanha das Diretas Já, não eram exatamente o que a mídia hegemônica esperava dos jogadores de futebol. Mais recentemente, Dunga, que foi criticado em 1990, dando até nome à pejorativa "era Dunga", também o foi em 1994. Tanto que ao erguer a taça da Copa de 1994, jogou o gesto na cara da imprensa. Depois, como treinador, quis evitar privilégios, não teve habilidade para enfrentar pressões, desafiou a Globo e perdeu, playboy.

Em tempo de redes sociais, as opiniões, os fatos e as fake news têm o poder de incinerar imagens.

Neymar está no meio desse furacão. Jornais espanhóis ressentidos com a saída de Neymar do Barcelona espalham "notícias" sobre o jogador, sem fontes, há mais de um ano. São matérias inteiras baseadas em um "amigo próximo", um "dirigente", "um influente assessor". Até a prisão de Neymar foi noticiada. Muitos desses "furos", que jamais se confirmaram nos dias e semanas seguintes, são reproduzidos por sites e jornais brasileiros sem o mínimo de checagem. A Copa está cheia de jogadores que simulam faltas, Neymar é "o" simulador. Claro que pelo seu estilo de jogo, de prender a bola e driblar (habilidade que em tempo de elogios a longos minutos de troca de passes passou a ser considerada quase uma heresia), Neymar está mais sujeito a faltas, a simples desequilíbrios ou simulação, quem nunca? Neymar se ajoelha em campo ao fim do sofrido  jogo contra a Costa Rica, é "ator", "está fingindo". Jogadores da Alemanha fazem o mesmo após o sufoco que levaram da Suécia e estão sob "intensa emoção".


Dos marcadores em campo, Neymar sabe se defender. Mas aparentemente não
lida bem com a marcação cerrada fora de campo. Talvez deva pedir ajuda ao
Canarinho Pistola.

Hoje circula na internet, Globo, DCM, entre outros sites, uma antiga foto de Neymar pai com Milton Lyra, lobista do PMDB preso em uma das operações da PF. A nota explica que o encontro deu-se antes da denúncia. Supostamente, Lyra teria se oferecido ao pai do jogador para intermediar gestões com a Receita Federal em pendências fiscais. O encontro com o lobista, diz o jornal, em foi em abril de 2018, Lyra ainda não estava encalacrado na PF. Digamos que seria como se jornalistas posassem ao lado de Eduardo Cunha e Aécio Neves ainda  não citados pela Lava Jato. Ocorre que entre março e agosto de 2017, bem antes do tal encontro, a Fazenda desistiu de recurso e o caso foi encerrado. Neymar Jr nem precisou recorrer ao Refis - como fazem grandes empresas acusadas de sonegação - para regularizar sua situação. A nota conclui que depois que Lyra foi solto por Gilmar Mendes, "a conversa não teve prosseguimento".

Provavelmente porque não havia mais o que conversar.

Como não há mais detalhes ou apuração em cima do suposto fato, se é verdade ou não, a nota cumpre sua função, que claramente é insinuar. E botar mais lenha na fogueira que cerca Neymar.

Não é possível prever se Neymar algum dia ganhará a Bola de Ouro de melhor jogador do mundo. Mas um título já lhe foi conferido na mídia e nas redes sociais: é o mais novo "bad boy" do futebol.

sábado, 2 de junho de 2018

1958 - A histórica edição da Manchete Esportiva que pode inspirar a seleção de Tite

A histórica capa dupla da Manchete Esportiva em 1958


Uma rara foto do famoso gol de Nilton Santos contra a Áustria, quando ele conduziu a bola de área a área.
Foto de Jáder Neves

A crônica especial de Nelson Rodrigues. Reprodução Manchete Esportiva

Gol de Vavá contra a Rússia. Fotos de Jáder Neves

Reprodução Manchete Esportiva

O gol de Pelé contra País de Gales. Reprodução Manchete Esportiva


Vavá vence Yashin, o lendário goleiro da então URSS. Foto de Jáder Neves

Pelé e Garrincha em Hindas, a concentração da seleção brasileira na Suécia. Foto de Jáder Neves

Nilton Santos e Garrincha. Foto de Jáder Neves

Em contraste com os treinadores engravatados de hoje, a larga informalidade do técnico Vicente Feola.
Reprodução Manchete Esportiva

Didi em missão difícil: falar como Brasil ao telefone usando as conexões de 1958.

Didi no lago de Hindas e... .

... cumprimentando o Rei da Súécia, Gustavo Adolfo, após a conquista da Jules Rimet.. Foto Jáder Neves

A emoção do menino Pelé entre Djalma Santos e Garrincha. Foto Jáder Neves
Gilmar, Orlando, Garrincha, Zito.


O massagista Mário Américo dispara no gramado para tomar a bola do jogo que o juiz queria levar para casa..
Foto de Jáder Neves 

por José Esmeraldo Gonçalves

Não seria má ideia fazer rodar de mão em mão em Sochi, a concentração do Brasil na Rússia, este raro exemplar da Manchete Esportiva. Pode ser o toque final de inspiração para incendiar o talento de Neymar, Philippe Coutinho, Willian, Gabriel Jesus, Casemiro, Marcelo &Cia.

No dia 29 de junho de 1958, a seleção brasileira venceu a Suécia por 5 X 2 e ganhou pela primeira vez a Copa do Mundo. Os enviados especiais Ney Bianchi e Jáder Neves produziram ao longo daquele mundial metros de laudas e centenas de fotos detalhando a campanha histórica.

No Rio, a redação da revista, com Augusto Rodrigues, Nelson Rodrigues, Paulo Rodrigues, Arnaldo Niskier e Ronaldo Bôscoli foi mobilizada para reunir todo o material, incluindo a preparação da seleção em Araxá e Poços de Caldas, cenas de bastidores e o passo a passo da jornada até chegar à Jules Rimet.

Quando a edição inundou as bancas, a euforia da torcida estava no auge. Depois do desastre da Copa de 1950 e da participação tímida na Copa de 1954, o Brasil vivia finalmente a "vertigem do triunfo", nas palavras de Nelson Rodrigues, que assinava duas páginas da revista.

"A partir do momento em que o Rei Gustavo, da Suécia, veio apertar as mãos dos Pelés, dos Didis, todo mundo aqui sofreu uma alfabetização súbita. Sujeitos que não sabiam se gato se escreve com "x" ou não iam ler a vitória no jornal. Sucedeu essas coisa sublime: analfabetos natos e hereditários devoraram matutinos, vespertinos, revistas, e liam tudo com uma ativa, devoradora curiosidade, que iam do lance a lance da partida, até os anúncios de missa. Amigos, nunca se leu e, digo mais, nunca se releu tanto no Brasil", escreveu o cronista. 

E mais adiante, em tom épico, escaneou com precisão o sentimento das ruas.

"Do presidente da República ao apanhador de papel, do ministro do Supremo ao pé-rapado, todos aqui percebem o seguinte: é chato ser brasileiro! Já ninguém tem mais vergonha de sua condição nacional. E as moças na rua, as datilógrafas, as comerciárias, as colegiais, andam pelas calçadas com um charme de Joana d'Arc. O povo já não se julga mais um vira-latas. Sim, amigos, o brasileiro tem de si mesmo uma nova imagem; ele já não se vê, na generosa totalidade das suas virtudes pessoais e humanas. Vejam como tudo mudou. A vitória passará a influir em todas as nossas relações com o mundo. Eu pergunto: que éramos nós? Uns humildes. O brasileiro  fazia-me lembrar aquele personagem de Dickens que vivia batendo no peito: - Eu sou um humilde! Eu sou o sujeito mais humilde do mundo! Ele vivia desfraldando essa humildade e a esfregando na cara de todo mundo. E se alguém punha em dúvida a humildade, eis o Fulano esbravejante e querendo partir caras. Assim era o brasileiro. Servil com a namorada, com a mulher, com os credores. Mal comparando, um S. Francisco de Assis, de camisola e alpercatas". 

Hoje, 60 anos depois, Nelson veria que o Brasil está de novo de alpercatas e camisolas. Agora moralmente mais esfarrapadas.

Não é o futebol que vai mudar a chamada conjuntura dos cafajestes, mas se a TV mostrar menos a seleção titular dos corruptos e mais o time de Tite já melhora o astral.

Nem que seja por alguns dias.

Só um ópio passageiro...

A propósito, repararam que a seleção não foi a Brasília se despedir dos mandatários, como era tradição? E Tite já declarou que se ganhar a Copa não vai subir a rampa do Palácio do Planalto, outra regra do passado.

Decisão saudável essa de não frequentar ambiente insalubre.

Vai evitar contaminação por elementos tóxicos.

sábado, 14 de abril de 2018

domingo, 11 de março de 2018

Copa da Mundo da Rússia... Prepara!


Reproduções You Tube

A menos de 100 dias da bola rolar Mc Donald's lança o primeiro filme da campanha para a Copa da Rússia, da DPZ&T, com Neymar, Anitta e a música Show das Poderosas. VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Como Bozó, Neymar tinha crachá da Globo. As redes sociais já criticaram "excesso" da presença de Neymar em programas da emissora. A Folha descobre agora que ele era celebridade contratada


por Niko Bolontrin

A Rede Globo é líder de audiência, tem uma numerosa equipe de jornalismo, controla os canais SportTV e adquire os direitos das principais competições esportivas. Tudo isso seria insuficiente para conquistar entrevistas exclusivas.

É o que parece, após a Folha de São Paulo revelar que o Grupo Globo manteve um contrato com Neymar para obter preferência em relação aos demais veículos,

Bozó/Divulgação TV Globo
Isso mesmo, como Bozó, o personagem criado por Chico Anysio, o do bordão "eu trabalho na Globo, tá legal?", Neymar foi "funcionário" da emissora . Segundo a Folha, o compromisso não impedia expressamente que o contratado atendesse à concorrência, mas obrigava o jogador a dar informações à Globo, antes de todos, e a conceder entrevistas exclusivas aos repórteres da emissora. Um trecho da matéria da Folha cita pelo menos um episódio em que Neymar participaria do programa da Xuxa, na Record, o que levou seu hoje ex-assessor (Eduardo Musa) a ligar para o pai do jogador fazendo um alerta: "estamos infringindo o contrato com a Globo".

A relação contratual durou até 2015 e incluía a cessão de vídeos feitos pelo atleta. Como se sabe, Neymar é atuante em redes sociais. Videozinhos feitos na concentração e nos treinos não seriam, então, apenas diversão: Neymar estaria "trabalhando" embora os demais jogadores não soubessem. O jogador também fez "participações" nos programas Domingão do Faustão, Caldeirão do Huck e Fantástico.

A Globo raramente libera seus contratados para entrevistas ou participações em atrações de TV da concorrência. Há poucas semanas, Roberto Carlos deu entrevista a Amaury Jr, que estreava seu programa na Band, mas isso é raro. Artistas de novela não são cedidos para jornalísticos ou programas de entretenimento de outras emissoras. Os participantes do BBB Brasil também ficam sob contrato de exclusividade durante um determinado prazo. Já a contratação de um personagem que não tem vínculo trabalhista com o Grupo é, aparentemente, inédita ou é só o primeiro caso a vir a público.

A Globo confirmou a existência do acordo depois que os repórteres da Folha descobriram um documento em meio a processo movido contra empresas do pai de Neymar.

Reprodução/Jornal O Tempo/ 07/72014

Curiosamente, o jornal mineiro O Tempo fez em 2014, época do tal contrato, matéria em que registrou críticas de internautas nas redes sociais ao que consideravam "excesso" da participação de Neymar em programas da emissora. Um deles chamou a Globo de TV Neymarzinho.

ATUALIZAÇÃO EM 20/1/2018 - MATÉRIA DO PORTAL UOL REVELA PORQUE NEYMAR SE AFASTOU DA REDE GLOBO AO FIM DO CONTRATO DE EXCLUSIVIDADE. 


 CLIQUE AQUI

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

A revista Paris Match quer saber: quem é Bruna Marquezine, amiga de Neymar?



Com Neymar ganhando o posto de ídolo do PSG, a vida pessoal do brasileiro passou a interessar à mídia francesa. A Paris Match publica hoje um pequeno perfil de Bruna Marquezine e uma galeria de fotos após notícias de fim de ano registrarem que o jogador e a atriz reataram o namoro pela quarta vez.
"Bruna Marquezine, cujo nome real é Bruna Reis Maia, tem 22 anos. Ela é brasileira, como Neymar. E é uma atriz. Fez sua primeira aparição na televisão aos 4 anos, atuou em 13 telenovelas (...)
também participou da versão brasileira de "Dance with the stars". A jovem é uma estrela no Brasil e tem quase 25 milhões de seguidores no Instagram", descreve Paris Match.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Fatos&Fotos Gente: Bruna Marquezine quebra a internet

Reprodução Instagram
por Clara S. Britto

Bruna Marquezine está quebrando a internet com uma foto que postou hoje na sua conta do Instagram.

A atriz recorda uma viagem que fez ao Caribe, há três meses.

Como Bruna terminou o namoro com Neymar há poucos dias, segundo sites de celebridades, a imagem reeditada carrega um certo toque de "olha o que perdeu", como diz a música Baba Baby, de Kelly Key.

Ela escreveu na foto: "que saudades dessa viagem, desse mar, do meu bronze...".

Se bem que o jogador do Barcelona, em férias no Brasil, está solto na pista, ou melhor, na sua badalada mansão em Angra, onde recebeu amigos na última segunda-feira.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Brasil Olímpico: esperanças e diferenças no futebol...

A foto símbolo do ouro olímpico é o pódio, onde o capitão Neymar optou por exibir uma faixa polêmica que vai contra as regras sensatas do Comitê Olímpico Internacional. Foto Lucas Figueiredo/MoWa Press/CBF

Por oferecer medalhas e não taça, o torneio de futebol olímpico não deixa a famosa foto-logotipo que celebrizou os cinco títulos em Copas do Mundo. Reprodução

por José Esmeraldo Gonçalves
O ouro olímpico foi uma importante conquista do futebol. O troféu que faltava. Mas passada a euforia é bom baixar a poeira. 

A seleção olímpica penou pra chegar lá. Teve notórias dificuldades para realizar um fundamento do futebol: o gol. Mostrou alguma evolução em marcação coletiva mas errou no excesso de passes laterais, concentrou o jogo em Neymar, exibiu nervosismo em certos momentos, falhou demais na ultima bola. 

Positivo foi o poder de recuperação depois de quase não se classificar em um torneio que reuniu adversários medianos. Contaram pontos a disposição e uma disciplina em absorver o estilo de jogo pretendido por Rogério Micale. 

O Brasil aplaudiu a conquista e Tite, o novo treinador da seleção principal, também vibrou. Justo. Tanto que convocou sete jogadores do campeão olímpico. 

Entende-se que diante da proximidade de jogos pelas Eliminatórias Tite quis aproveitar jogadores em atividade, tanto os olímpicos quanto os que atuam no Brasil ou na China, onde o campeonato está em curso, preterindo os "europeus" que voltam de férias, sem ritmo de jogo. 

É uma aposta compreensível, mas é uma aposta. 

O Brasil, que tem 9 pontos e duas vitórias, pega o Equador - que está com 13 pontos e quatro vitórias - e em seguida a Colômbia, com 10 pontos e três vitórias. São jogos decisivos para uma recuperação da seleção que, no momento, está fora da zona de classificação.

O ouro olímpico tem, além do ineditismo, o mérito de dissipar algumas nuvens que pesam sobre o futebol brasileiro. Antes, durante e depois do fatídico 7x1. 

Nelson Rodrigues diria maktub: o título estava reservado para o Maracanã, o estádio-lenda de tantas glórias e de tantos craques. 

Foi o primeiro título mundial de uma seleção brasileira que o Maraca recebeu ao longo de 66 anos (é o segundo se o leitor quiser incluir a Copa das Confederações de 2013, um torneio menos emblemático também vencido pelo Brasil). Aquelas quatro linhas e aquele anel - que foram anfitriões orgulhosos de Ademir, Zizinho, Pelé, Garrincha, Gilmar, Nilton Santos, Didi, Gerson, Vavá, Rivelino, Romário, Ronaldo e tantos outros mágicos do futebol  - mereciam essa honra. 

Pena que, no ritual olímpico, não houve espaço para a foto-logotipo que marcou os cinco títulos de Copa do Mundo: a taça erguida pelo capitão. 

Primeiro, a imagem que simboliza a conquista olímpica é a dos vencedores no pódio. Segundo, o capitão do título é Neymar. Que não será um "eterno capitão", como Carlos Alberto, porque já "pediu as contas" do posto. 

Como capitão, sem taça para levantar mas com medalha para se orgulhar, Neymar será lembrado na Rio 2016 pelos gols, pelos passes e por dois momentos destacados: a frase rancorosa "vão ter que me aturar" e a faixa "100% Jesus".  O segundo poderia resultar em punição formal ao Brasil, já que o regulamento olímpico acertadamente rejeita manifestações políticas e religiosas. Teoricamente, a seleção poderia até perder a medalha. Diz-que que o COI, contudo, fará apenas uma advertência oficial ao COB. Em um evento associado à paz e à convivência respeitosa entre os povos, a pluralidade, a harmonia, a ostentação religiosa pode ser desagregadora.

A frase "vão ter que me aturar" embute um duplo sentido perturbador para quem a pronuncia. 

Muitos ídolos que pisaram no Maracanã, como os citados acima, foram "aturados" na boa por gerações de torcedores. 

É muito cedo para falar o mesmo de Neymar.

Falta um detalhe chamado Copa do Mundo. No mínimo.

  

sábado, 2 de abril de 2016

Memórias da redação - FUTEBOL: A FALTA QUE A CRÔNICA FAZ

por Onotonio Baldruegas

Em junho de 1956, há quase 60 anos, a seleção brasileira jogou em Assunção. A Manchete Esportiva - revista semanal criada em 1955 e que sobreviveu até meados de 1959 - publicou as fotos da "batalha" (qualquer jogo na América do Sul transformava-se, então, em uma "guerra") e fechou aquela cobertura com uma crônica de Nelson Rodrigues. O Brasil ganhou de 5 x 2.

Na semana passada, o time de Dunga jogou em Assunção. Outros tempos. Nem a CBF era CBF. Atendia pelo nome de CBD.

Nelson era capaz transformar jogo de 'purrinha' em prosa épica. O que ele escreveria sobre o último Paraguai 2 x 2 Brasil? Vamos ficar sem saber. Mas é certo que chutaria a crônica no melhor ângulo. Encontraria um caminho. Talvez identificasse no campo algum jogador paraguaio travestido de Bela Lugosi, o astro dos filmes clássicos de terror, para explicar o pânico, os minutos de poltergeist, que a atual seleção vive quando sob pressão.

Dunga, que não é o queridinho da mídia, já está no paredón. De nada vai adiantar trocar o técnico. A "Geração 7X1"  precisa de um exorcista para apagar a lembrança dos mortos-vivos do jogo contra a Alemanha.

Na crônica, Nelson destaca a atuação de Zizinho, autor de dois gols, embora já estivesse no ocaso da carreira. E atribui a vitória ao fato de aquela seleção ter como base um clube, o América. Curiosamente, há quem defenda que a seleção utilize como base o melhor clube brasileiro do momento e importe alguns "europeus", os mais dispostos a vestir camisa do Brasil, para determinadas posições. O próximo compromisso da seleção nas eliminatórias para a Copa da Rússia será em setembro. Por acaso, no começo de temporada na Europa, quando os jogadores, lá, estarão voltando de férias. Os daqui, em pleno Brasileirão, estarão em atividade e obrigatoriamente em forma. Digamos que até lá, Corinthians, Cruzeiro, Atlético Mineiro, Internacional ou Grêmio estejam mostrando jogo? Poderia estar em um deles, ou qualquer outro, desde que na ponta das chuteiras, a base para uma seleção capaz de exibir conjunto. Coisa que parece impossível com os "importados".

Sem nostalgia, mas em reverência à memória do futebol e da crônica esportiva (esse gênero jornalístico que já teve craques das letrinhas como o próprio Nelson, além de Mário Filho, Armando Nogueira, Ney Bianchi, João Saldanha...), leia, abaixo, a crônica de Nelson Rodrigues publicada na Manchete Esportiva sobre o jogo Brasil 5 x 2 Paraguai, em Assunção.

Os trechos assinalados em preto poderiam perfeitamente valer para os dias de hoje.

Substitua, em uma das frases destacadas, os nomes de Ferreira, Canário e Edson, do América,  pelo nome de Neymar, do Barcelona.

Você entenderá o que Nelson Rodrigues quis dizer.



GOLEADA EM ASSUNÇÃO

por Nelson Rodrigues (para a Manchete Esportiva

Ontem, vencemos, mais uma vez, em Assunção. Desta feita, ampliamos o marcador: 5 x 2!

Um amigo meu, que, pendurado num rádio de pilha, ouviu a irradiação, não se conteve. Quando Hilton enfiou o tiro de misericórdia, ele bufou: "5 x 2 é troço pra chuchu!" E era.

Acresce que vencer em Assunção é uma calamidade. Lá, a torcida costuma abrir uma faixa com os seguintes dizeres: "Vencer ou Morrer". Ao esbarrar nessa legenda ferocíssima, o quadro visitante treme nos seus alicerces. No Maracanã há um fosso cordial, que protege, que encouraça, que torna inexpugnáveis os 22 jogadores, os bandeirinhas e o juiz. No Paraguai, não. Ninguém é inatingível: todos são suscetíveis, em caso de invasão, de um minucioso linchamento. A hipótese de massacre, que ronda a equipe de fora, pode liquidar-lhe o ímpeto, a gana, a garra.

Pois bem: apesar disso, o escrete levou tudo de roldão, tudo, e obteve duas vitórias monumentais, sendo que a última de goleada. Mas, no feito dos nossos, há dois aspectos que convém destacar. Digo "aspectos" e já especifico: duas lições. Vejamos a primeira: nada como o escrete que é um clube disfarçado. Que mandamos nós a Assunção? Um América com leves enxertos do Bangu e de São Paulo. O nome do Brasil não foi bem um nome, mas um deslavado pseudônimo do clube rubro. Logo ao primeiro jogo, verificou-se que não se podia desejar uma fórmula mais sábia e mais eficaz. Pela primeira vez, um escrete nascia feito, pela primeira vez um escrete rendia na estréia, cem por cento. Seja do ponto de vista técnico e tático, seja do ponto de vista emocional, o comportamento da equipe encheu as medidas.

E por quê? Eis a verdade, amigos: o jogador, em campo, atende mais ao apelo do clube do que ao da pátria. Examinemos o caso de um Ferreira, de um Canário, ou de um Edson. Ele funciona melhor como americano do que como brasileiro. Ponham-no dentro do clima normal de um América e ele será um. Desloquem-no para o escrete e ele será outro. Como americano, ao lado de outros americanos, o jogador se realiza e se afirma, e alcança sua plenitude de craque. Em Assunção, os brasileiros pareciam estar em casa, porque continuavam no América. E mesmo os enxertos foram foram rápida e implacavelmente assimilados. Daí a compacta, indissolúvel e eufórica unidade do time.

A seleção brasileira que jogou contra o Paraguai, em 1956.
A CBD formou convocou um time com base no América e Bangu. Em pé:
Djalma Santos, Pompéia, Edson, Formiga, Zózimo e Hélio.
Agachados: Canário, Zizinho, Leônidas da Selva, Romeiro e Ferreira.
A outra lição da "Taça Oswaldo Cruz" foi, a um só tempo, de futebol e de vida.  De fato, as duas vitórias ensinaram que tudo passa, menos Zizinho. O que nós chamamos idade, o que nós chamamos tempo, o que nós chamamos velhice nada mais é do que um jogo de aparências e de ilusões. A idade ricocheteia por Zizinho sem atingi-lo. Em Assunção, ele se projetou aos olhos do público e dos companheiros, isento de tempo. E vamos e venhamos: sua velhice  é mil vezes mais nova, quinhentas vezes mais nova do que a a adolescência dos seus companheiros.

Zizinho sentado, lendo jornal ou gibi atua, influi, decide, mais do que os brotinhos do futebol. 

Assunção veio confirmar o que se sabia, isto é, que todos os caminhos do futebol levam a Zizinho. Na hora de escalar um escrete, ele se torna a nossa alucinante ideia fixa. Não conseguimos ignorá-lo, excluí-lo, pô-lo na cerca.

Mesmo as pessoas que não gostam ou não entendem de futebol, que não sabem se a bola é quadrada ou não, mesmo essas pessoas conhecem Zizinho e só Zizinho.

Com uma eternidade assim irritante e assim obstinada, é possível que daqui a duzentos anos ainda o convoquem para salvar a pátria. 

sábado, 16 de janeiro de 2016

Fifa, que condena exibicionismo religioso em campo para evitar provocação a torcedores das mais variadas crenças e seitas, apaga faixa-exaltação de Neymar

Neymar no vídeo da Fifa. A faixa, que o bom senso considera inconveniente em estádios para evitar reações de torcedores de outras religiões, ficou em branco. 
por Flávio Sépia
O povo diz que se deve evitar discussões sobre futebol, política e religião. Jamais acabam bem. Imagine você juntar futebol e religião. A Fifa, que tem mais países afiliados do que a ONU, é obrigada a tratar o tema religião com cautela. Simples, só para citar algumas correntes: há torcedores católicos, protestantes, neopentecostais, muçulmanos, israelitas, espíritas, umbandistas, adeptos do vudu, do candomblé, messiânicos, wahhabistas, rastafari, politeístas e ateus. Todos respeitáveis nas suas linhas. Se durante um jogo em um país muçulmano, por exemplo, um jogador exibir faixas exaltando Jesus boa parte da torcida poderá ver o gesto como provocação. Países fortemente católicos no Leste europeu já registraram conflitos entre torcedores por reação ao exibicionismo de símbolos religiosos em estádios. E, nessas situações, não há fair play que resista. Vira briga de torcida. Em vídeo oficial com os melhores do mundo em 2015, a Fifa usou uma cena de Neymar celebrando a conquista recente da Liga dos Campeões onde o jogador exibia a faixa "100% Jesus". Na versão do vídeo que corre o mundo, a Fifa apagou os dizeres da tal faixa. Na ocasião da comemoração de Neymar naquele título consta que a Fifa e a Uefa fizeram chegar ao Barcelona um alerta sobre as normas das entidades que proíbem a exibição de mensagens políticas, religiosas, raciais e pessoais em qualquer idioma. O bom senso, no caso, deve-se a que o futebol alcança pessoas das mais diferentes raças, ideologias e crenças e não convém que seja usado para cenas de sectarismo político e religioso e até fanatismo desembestado. Se religiões devem ser praticadas na casa de cada um ou nos seus respectivos templos, igrejas e espaços privados, é mais conveniente ainda que não sejam sejam usadas como exibicionismo ou provocação desagregadores em espaços públicos e plurais. A Fifa está certa e a violência religiosa que se propaga no mundo - com o Brasil já registrando lamentáveis episódios de agressões e vandalismo fanáticos - lhe dá razão. Aliás, tenho um amigo que diz que depois que vários jogadores brasileiros passaram a fazer pregação religiosa em campo através de frases, camisetas e gestos, o Brasil não ganhou mais nada. Pelo jeito, nem Jesus aprova carolice no futebol. Uma prova disso? Os 7x1 da Alemanha que por prece alguma deixaria de pôr o Brasil na roda.