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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Mike Tyson, fã de Pelé. Já viu esse vídeo?

 


Durante um podcast com Snoopy Dog, Mike Tyson mostra sua admiração por Pelé. Divulgado há poucos dias por @lucianopotter, no Twitter, esse vídeo viralizou. Veja AQUI

sábado, 30 de janeiro de 2010

Mike Tyson, um documentário, uma história...

por Gonça
Estreou ontem, em SP, o documentário "Tyson", do diretor James Toback. O filme, que foi prermiado em Cannes, em 2008, com o Coup de Coeur da mostra Un Certain Regard, traça um completo perfil do boxeador. Tyson é uma figura notoriamente complexa. Por ser amigo do ex-campeão mundial, Toback teve sua tarefa facilitada e viu, diante da sua câmera, um Tyson franco, de peito aberto, que fala das suas crises, da infância de menino pobre, da carreira. É inegável que Tyson tinha seus problemas - e tem até hoje - mas o filme mostra também como, jovem, foi explorado pela máquina do boxe, a mesma, contudo, que o tiroui do caminho do crime.
Meio por acaso, conheci Mike Tyson. Em 1998, fui enviado a Mônaco, pela revista Caras, para cobrir a premiação do cantor brasileiro Alexandre Pires no World Music Award. A Salle des Etoilles, onde aconteciam os shows com os maiores vendedores de disco do mundo em vários gêneros musicais, estava lotada de celebirdades: Mariah Carey, Karen Mulder, Monica Belucci, Steven Seagall, Mickey Rourke, Luis Miguel e, naturalmente, o Príncipe Albert. Mas ninguém chamava tanta atenção quanto Tyson. Era muito assediado pela imprensa que, ao mesmo tempo, estava, digamos, cautelosa. Poucos dias antes, em Paris, Tyson agredira um jornalista. Se o boxeador tivesse um Colt para fazer uma marquinha, provavelmente, o repórter parisiense seria o milésimo a levar umas porradas. Tyson participou da coletiva, posou para fotos, foi irônico em algumas respostas, mas estava simpático. Durante uma festa, um dia antes da noite de gala do WMA, fomos, eu o o fotógrafo Marcelo Tabach, apresentados ao Tyson. O campeão deixou-se fotografar, respondeu a algumas perguntas, estava tão acessível que ainda fez fotos com a dupla de repórter e fotógrafo brasileiros.
Antes da cerimônia de premiação, enquanto o Tabach clicava aquele lote de estrelas na platéia, fui aos bastidores tentar falar com alguns vencedores, além do Alexandre Pires, e com o Tyson, que entregaria um dos prêmios. Cheguei lá, consegui algumas frases de uns e outros já apressados para subirem ao palco, e voltava para o  platéia quando vi o Tyson sentado em um banco, aguardando a sua vez de subir ao palco, diante de um aparelho de TV que transmitia o espetáculo. Aproximei-me e me identifiquei como o jornalista brasileiro que o encontrara na noite anterior. Como Tyson retirou a perna de um segundo banquinho, aproveitei a deixa e me sentei ao lado. Ele passou a falar do Brasil, como gostaria de conhecer o país, e elogiou o Alexandre e o swing do grupo Só Prá Contrariar, que conhecera nos ensaios. Contou que o Juliano, um dos integrantes do grupo, só o chamava de "Maguilla", divertia-se com isso. Falou que era a sua primeira viagem internacional depois que deixara a prisão após uma rumorosa acusação de ter estuprado de uma namorada, coisa que ele negava. Foram apenas alguns minutos de conversa. Logo chegou um produtor avisando que estrava quase na hora da sua subida ao palco. Tyson se despediu, desejei-lhe boa sorte e voltei ao teatro. Cheguei a tempo de vê-lo aplaudido pela platéia de celebridades. Um detalhe: fizemos fotos do Tyson com o Alexandre Pires, como esta aí da capa da Caras, mas não obtivemos imagens dele com outras estrelas. Ou por precaução ou por temer a fama e a imagem de encrenca do lutador ou, ainda, por puro preconceito, Tyson, no jantar, era relegado à mesa com a namorada, na época, uma bela morena chamada Monica Turner, e seu pequeno staff.