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sábado, 24 de outubro de 2009

Me dá um dinheiro aí

por Eli Halfoun
Vem mais uma eleição por aí (pra que tanta eleição se quem ganha esse bom “emprego” não resolve nada a não ser a própria boa vida?) e uma velha discussão voltará ao palanque: a utilização do chamado horário gratuito (mas mesmo assim comercializado por baixo do tapete) que custa uma fortuna para os cofres públicos e acarreta um enorme prejuízo nas grades de programação das emissoras de rádio e televisão – isso sem contar o estrago que faz na paciência do eleitor, cansado de tantas promessas e baboseiras. As opiniões se dividem: alguns políticos acham que a propaganda gratuita ajuda a eleger e outros acreditam que esse tipo de propaganda não acrescenta nada e, pelo contrário, abala ainda mais a já desacreditada (e bota desacreditada nisso) imagem da política e, evidentemente, dos políticos. No ano que vem a propaganda política custará mais 272% se comparada aos gastos de 2006. Os cofres públicos não desembolsam dinheiro vivo, mas por conta da isenção fiscal permitida aos veículos de comunicação os cofres públicos que são engordados com o exagerado número de impostos que pagamos perdem milhões. A estimativa da Receita Federal é a de que as emissoras de comunicação deixarão de pagar em 2010, por conta isenção fiscal com o horário gratuito, nada mais nada menos do que R$ 851,1 milhões. Nos últimos oito anos a isenção fiscal permitida às emissoras de rádio e de televisão provocou aos cofres públicos perdas de 2,8 bilhões. Pesquisa realizada no ano passado concluiu que 61% dos eleitores admitem que o horário político no rádio e televisão influencia sua decisão de voto. Vai ver é por isso que continuamos votando errado. (Na reprodução, uma charge antológica e atualíssima do Mariano, publicada na revista Fatos, edição número 22, em 1985. Mariano era um dos principais colaboradores da revista semanal de informação e análise dirigida por Carlos Heitor Cony, da extinta Bloch Editores)