Mostrando postagens com marcador Maria Alice Mariano. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Maria Alice Mariano. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Revista Manchete: reportagem exclusiva de 1988 vai parar no Fantástico

A capa da Manchete com a reportagem exclusiva ("O cartel de Medellín já atua no Brasil"),
de 1988, que o Fantástico reviveu ontem.

As repórteres Maria Alice e Cristiana Isidoro em campo. Arquivo Pessoal 

E no acampamento da força-tarefa da Polícia Federal. Arquivo Pessoal

A dupla testemunha a operação que desbaratou laboratório... 

... de cocaína ligado  ao cartel de Medellín. Arquivo Pessoal

Ontem, o Fantástico virou Manchete.

Uma das pautas do programa recordou uma matéria exclusiva que a repórter Maria Alice Mariano e a fotógrafa Cristiana Isidoro fizeram há 30 anos.

Em setembro de 1988, a dupla da Manchete se incorporou a uma força-tarefa da Polícia Federal que desbaratou no Jalapão, extremo leste do Estado do Tocantins, um laboratório de cocaína que o cartel de Medellín, então sob o comando de Pablo Escobar, instalara na região.

Na época, a operação tornou-se possível porque a PF infiltrou um agente entre os traficantes. Por motivos óbvios, a identidade do policial que cumpriu a arriscada missão de levantar informações sobre o laboratório jamais foi revelada. Até ontem, quando o Fantástico localizou o agente, hoje aposentado.

A reportagem nas páginas da Manchete. Reprodução TV Globo

Maria Alice folheia a edição que publicou a matéria exclusiva e...

é entrevistada pelo Fantástico. Reprodução TV Globo. 

O programa exibiu a edição da Manchete que publicou a reportagem e entrevistou Maria Alice sobre os bastidores da operação. Além de exclusiva, a reportagem chamou a atenção pelas suas circunstâncias singulares, nada fáceis de serem repetidas hoje.

As duas repórteres acompanharam de perto uma operação real, passaram cerca de 30 dias incorporadas à equipe da PF - eram cerca de 40 agentes e delegados-, enquanto era feito o reconhecimento da região, acamparam e percorreram trilhas na mata e testemunharam o momento em que o laboratório foi atacado pela força-tarefa, a prisão e o interrogatório dos traficantes. 

PARA VER A REPORTAGEM DO FANTÁSTICO, CLIQUE AQUI

sábado, 30 de setembro de 2017

Há 30 anos, Césio-157 nas páginas da Manchete...

por José Esmeraldo Gonçalves

No dia 13 de setembro de 1987, o Brasil acordou com um título que nenhum país gostaria de ter: o de maior acidente radiológico do mundo e a segunda tragédia radioativa global (só perdia, na época, para Chernobil (1986), hoje, Fukushima (2011), no Japão, assumiu o lugar de vice). Mas o país só saberia do acidente em Goiânia duas semanas depois, quando foi dado o alerta de contaminação.

Márcia Mello Penna e Carlos Humberto
TDC cobriram o acidente do
Césio-157 em Goiânia, setembro de 1987.
Manchete mobilizou suas equipes e deu ampla e imediata cobertura ao caso. Em um primeiro momento, a repórter Márcia Mello Penna e o fotógrafo Carlos Humberto TDC se deslocaram para Goiânia. Na sequência, meses depois, o escritor e jornalista José Louzeiro também fez uma reportagem sobre o assunto.

Mas foi um ano depois, em setembro de 1988, que a repórter Maria Alice Mariano e a fotógrafa Paula Johas surpreenderam a redação da Manchete ao voltar de Goiânia com uma impressionante reportagem que não deixava dúvidas de que a data não era apenas um "aniversário" ou um simples "gancho" jornalístico: a tragédia de Goiânia ainda estava em curso.

Se as atenções do Brasil já não se voltavam tanto para o caso e outros fatos geravam novas pautas, o drama do Césio 157 permanecia intenso e marcava a vida dos sobreviventes. Àquela altura, o tempo mostrou que a partir do momento em que um catador de ferro velho encontrou em um prédio abandonado (onde funcionara uma clínica) uma cápsula de um aparelho de radioterapia e a abriu, pensando em aproveitar o chumbo, mais de 100 mil foram expostas à contaminação.

A maioria sofreria durante anos os efeitos da radiação e dezenas de mortes ocorreriam ao longo da década seguinte, além das quatro vítimas fatais imediatas.


Um ano depois, em 1988, Maria Alice Mariano e Paula Johas voltaram
a Goiânia para constatar que a situação ainda era dramática
para os sobreviventes e os resíduos radioativos não tinham
depósito seguro e definitivo.  
Quando a redação da Manchete pautou uma volta ao local do vazamento de césio para apurar a situação, em setembro de 1988, Márcia Mello Penna seria a repórter naturalmente indicada por ter feito a cobertura inicial do acidente. "Márcia estava saindo em viagem para outra matéria e me passou a pauta", conta Alice, cuja preferência era por pauta "quentes". E Goiânia ainda oferecia isso, literalmente.


Maria Alice e Paula Johas retrataram o drama humano
que o Césio-157 deixou. 
A edição que trazia a matéria das graves consequências do acidente, um ano depois.

Com o fato à distância de 365 dias, Maria Alice e Paula Johas buscaram os dramas humanos e as histórias pessoais. O medo, os traumas silenciosos, cada uma das vítimas convivendo com sua própria dor, as falhas na contenção da radiação e o sofrimento daqueles que em um instante tiveram suas vidas mudadas para sempre.

Naquela edição, as repórteres da Manchete narraram em texto e fotos a tragédia do Césio-157 ainda viva e que, na velocidade do acontecimentos, o Brasil já tendia esquecer.

As vítimas, não.

         

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Viver a vida real...


A jornalista Eliane Furtado, que brilhou na Rede Manchete, foi convidada pelo autor Manoel Carlos para dar um depoimento ao fim do capítulo 30 da novela Viver a Vida. Belas palavras e um emocionante exemplo. Eliane, que é frequentadora deste paniscumovum, mantém o blog Sentença ou Renovação, um dos nossos recomendados aí ao lado na barra lateral. O detalhe curioso é que durante o depoimento aparece, ao fundo, à esquerda da imagem, em discretíssima participação, a jornalista Maria Alice Mariano, também deste blog e amiga da Eliane. Confira o vídeo no link Eliane Furtado em Viver a Vida