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domingo, 29 de março de 2020

Ana Paula Araújo rebate críticas de Mandetta á imprensa

Reprodução You Tube

O tom de voz e a expressão da âncora Ana Paula Araújo, no Jornal Nacional, da TV Globo, ontem, não eram o usual para quem lê editoriais ou notas oficiais da emissora. Nada de frieza. Ela parecia muito justamente indignada. O motivo? Uma resposta às críticas à imprensa feitas pelo Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que chamou os meios de comunicação de "sórdidos", "porque só vendem se a matéria for ruim".

O texto lido por Ana Paula classificou de "estarrecedor" que o ministro não reconheça o trabalho da imprensa sobre a pandemia.

Mandetta sugeriu até desligar a TV. "Às vezes ela é tóxica demais", criticou.

A mídia em geral tem feito um importante trabalho de conscientização e de serviço sobre a Covid-19. Certamente, ajudou em muito a alertar a população mesmo quando o próprio Ministério da Saúde não recomendava medidas restritivas e desprezava, por exemplo, controles sobre a chegada de passageiros de países afetados pelo vírus, fechamento de escolas, isolamento social etc.
Hoje, especialistas dizem que o Brasil perdeu tempo precioso na luta contra o poderoso inimigo. Se foram reticentes por pressões internas ou convicções, provavelmente jamais saberemos. Importa que o próprio ministério mudou de ideia ao ver o tamanho da catástrofe global no rastro do novo coronavírus.
VEJA O VÍDEO AQUI

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Mídia: Jornal Nacional X Bolsonaro, o caso que virou 'case'

A guarita que virou notícia. Reprodução Twitter
por José Esmeraldo Gonçalves

Sob qualquer ângulo, o embate entre a Rede Globo e Jair Bolsonaro tem seu lugar garantido como objeto de estudo em salas de aulas das faculdades de Comunicação e Direito.

Virou "case". Há lambanças para todos os gostos e apetites.

Do ponto de vista jornalístico, o Jornal Nacional acertou e errou sobre o que aconteceu no Condomínio Vivendas da Barra no dia 14 de março de 2018, não por acaso o dia em que a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados no Estácio, bairro da zona Central do Rio de Janeiro. É fato que não mentiu: existe a declaração do porteiro, segundo a qual um elemento suspeito de participar do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes pediu acesso à casa do então deputado, obteve autorização de "Seu Jair", mas se dirigiu para a residência de outro suspeito de participar do atentado à vereadora. A Globo também informou, na mesma matéria, que havia uma contradição: naquele dia dia e hora Bolsonaro estava em Brasília e não poderia autorizar a entrada de quem quer que fosse. Pelo menos não via interfone, acrescente-se.

O Jornal Nacional tem o argumento válido de que apenas noticiou um fato e se baseou em informações colhidas em um inquérito policial. Mas qualquer jornalista sabe que editar um jornal ou uma revista é fazer escolhas. Determinados fatos são noticiados, outros não. Os motivos podem ser muitos, entre os quais questões políticas, ideológicas, comerciais, religiosas, pessoais e até jornalísticas.

Aquele fato envolvendo o Condomínio Vivendas, era, para os editores do JN, uma notícia importante. Pelo que se sabe, a Globo teve acesso a um documento vazado. Se todo fato deve ser exaustivamente apurado antes de ser noticiado, uma pauta vazada, mais do que qualquer outra, deve ser investigada. Até por cautela. Vazou porque? Quem teve interesse em vazar? A quem serve o vazamento? Quais as circunstâncias? Aparentemente, o JN não verificou o fundo desse poço.

Para grande parte da audiência, o vídeo de um Bolsonaro emocionalmente descontrolado e, em seguida, a divulgação dos arquivos de áudio do controle de entradas de pessoas no condomínio onde mora o ex-deputado funcionaram como um eficiente "desmentido". A gravação mostraria que o porteiro teria obtido autorização para a entrada do visitante diretamente ao morador da casa 65, a de um dos suspeitos de matar Marielle, e não com a casa 58, a do Bolsonaro.

Talvez tenham sido negligentes por força de um hábito recente. Ao longo de anos de divulgação de denúncias contra o ex-presidente Lula, a palavra de delatores, os vazamentos selecionados da Lava Jato e até pré-combinados com a força-tarefa - como mostram os conteúdos do grupo do Telegram dos revelados pelo Intercept - chegavam em proporções industriais às mesas do Grupo Globo e eram rapidamente embrulhados e oferecidos aos fregueses. A máquina institucional dos governos do PT, que isso seja reconhecido, não foi posta a serviço dos então presidentes Lula e Dilma, ou de qualquer ministro da época, para intimidar ou conter jornalismo ou a própria investigação da Lava Jato ou do Mensalão. Para obter desmentidos, os alvos dessas etapas tiveram que recorrer à justiça, um direito que a lei dá a todos os cidadãos. Bolsonaro, ao contrário, agiu rapidamente. Mobilizou instituições de Estado como se fossem suas. Acionou publicamente o ministro da Justiça, que tem a PF sob seu guarda-chuva, o Advogado Geral da União, a Procuradoria Geral da República e o MPRJ. Em poucas horas, o caso, pelo menos no que se refere a Bolsonaro, foi aberto e arquivado pela PGR e perícias teriam sido realizadas. Ao mesmo tempo, um dos filhos de Bolsonaro revelava os áudios da portaria do condomínio.

Com a velocidade de um Fórmula 1 em retas, respostas foram obtidas e o grande "culpado", o porteiro, foi logo apontado e praticamente "sentenciado".  Se o Caso Marielle se aproxima de dois anos sem todas as respostas, o Caso Condomínio foi velozmente autopsiado. E se o MPRJ, a Polícia Civil, o STF já tivessem essas respostas prontas no inquérito, então quem vazou o documento para o JN entregou apenas parte do material e deixou o filé ao ponto  - os áudios - para a mesa de outros  interessados.

Apesar dos indícios de ligações perigosas entre o clã no poder e os poderes de alguns milicianos, inclusive de óbvia vizinhança e de relacionamentos públicos, o JN, pela precipitação, acabou dando a Bolsonaro a chance de exibir para suas tropas de choque uma espécie de "atestado de boa conduta". Nesse caso específico, ressalte-se.

Faltou jornalismo investigativo, sobrou o vício do jornalismo declaratório, aquele que se contenta com documentos e aspas oficiais ou oficiosas e simplesmente os passa adiante.

Ainda há tempo de corrigir a mancada. Há muito a apurar. Mas há que tirar os repórteres, os bons repórteres, do ar condicionado.

Resta observar que nunca tantas e tão convictas autoridades apontaram o dedo-duro tão rapidamente para um porteiro. E o funcionário do Vivendas da Barra jamais imaginou que sua guarita seria atingida por um poderoso míssil político.

domingo, 6 de novembro de 2016

Memórias da redação: quando o clique e o zummmm de motor da câmera da Manchete vazaram no Jornal Nacional, ao vivo.

(do Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou - 2 (versão virtual)

Em entrevista a Amaury Jr., Cid Moreira revelou que até hoje tem pesadelos com falhas técnicas do Jornal Nacional.

Pois a Manchete foi responsável por uma dessas falhas.

Nos distantes anos 70, uma dupla da revista foi ao estúdio do JN na sede da TV Globo, no Jardim Botânico, para fazer uma matéria com Cid e Sérgio Chapelin.

A entrevista já havia sido feita, mas o editor queria fotos dos dois apresentadores na bancada. Uma das fotos, em ângulo lateral, deveria mostrar ambos de corpo inteiro: uma brincadeira para desmentir que Cid e Chapelin apresentavam o JN de bermudas. Naquele noite, pelo menos, usavam paletó, gravata e jeans.

Os tempos eram outros, o prestígio da Manchete pesava e fotógrafo e repórter foram admitidos no estúdio poucos antes do JN entrar no ar. Hoje tal concessão é inimaginável.

Uns dois minutos antes, o diretor pede silêncio absoluto e ainda alerta pelo sistema de som que as fotos só poderão ser feitas nos intervalos. Óbvio, o som do disparador e do motor da câmera vazariam na transmissão ao vivo.

Infelizmente, a audição do fotógrafo - um grande e querido fotógrafo, por sinal - que se posicionou no lado oposto ao do repórter, não captou o aviso. Não deu outra. Logo no primeiro bloco, ele acionou a câmera. O clique e o zummmmm do motor, com um agudo no final, foram ouvidos no estúdio e, claro, em rede nacional. Mais de uma vez.

Não havia muito a fazer, não dava para interromper. Olhares furiosos miraram a dupla da Manchete.

No primeiro intervalo, a bronca do diretor explodiu no sistema de som e fotógrafo e repórter foram não muito gentilmente convidados a se retirarem do recinto.

Deve ter sido o pesadelo, ao vivo, do âncora Cid Moreira.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

"Tráfico de drogas": reportagem-pegadinha do Jornal Nacional deu ruim. O apresentador João Kleber faria melhor...

por Omelete
A espetacularização da notícia é uma "técnica" jornalística que costuma mostrar pouco conteúdo e muita fumacinha. Às vezes diverte o telespectador, às vezes acaba em bad trip, como se dizia nos remotos anos 70. Foi o que aconteceu com uma tentativa desastrada de reportagem "investigativa" da TV Globo para entreter o Jornal Nacional. O repórter Alex Barbosa tentou emplacar uma matéria sobre tráfico de droga na fronteira.
Cocaína "cenográfica": reportagem virou pó.
Foto:Divulgaçao
Para ficar apenas na zona confortável - quem é maluco de ir atrás de chefões, flagras reais e outras furadas? - bolou uma pegadinha: abasteceu um carro com 240 quilos de pó de gesso para simular cocaína, pegou um motorista boliviano para dar "autenticidade" e tentou atravessar a fronteira. Tudo ia bem, no padrão Globo, até a Polícia Federal dar uma dura no "bonde" jornalístico. A "comitiva" foi presa" na cidade de Cáceres. Depois do susto, a equipe conseguiu explicar que fazia uma reportagem para mostrar a fragilidade do combate às drogas na fronteira. Coisa que, aliás, todo mundo sabe: as imensas fronteiras do Brasil são uma "peneira", não há recursos nem estrutura para uma fiscalização rigorosa da entrada de drogas, contrabando e armas. Voltando  ao "reality show" do JN. Embora identificado como pó de gesso, o material apreendido seguiu, obrigatoriamente, para análise laboratorial. Não se sabe se a PF mandará a conta real e não fictícia do custo da operação para os responsáveis pelo falso tráfico de drogas.. E também não foi informado se se haverá um processo já que a modalidade pode se enquadrar em trote, considerado crime pelo Código Penal (detenção de um a seis meses ou multa) por "provocar a ação da autoridade" e causar prejuízo ao erário. Em matéria de "jornalismo"-pegadinha, o especialista e apresentador João Kleber parece bem mais convincente.
ATUALIZAÇÃO - A equipe da Globo foi detida pelo Grupo Especial de Fronteira (Gefron), unidade da Polícia Militar (PM) do Mato Grosso e não pela Polícia Federal, como foi informado inicialmente.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Globo perde boa oportunidade de renovar o Jornal Nacional

por Eli Halfoun
Trocar de apresentadora não significa realizar nenhuma grande mudança. É apenas uma conseqüência natural no desgaste de imagem que a televisão provoca. A saída de Fátima Bernardes e a entrada de Patrícia Poeta é apenas trocar seis por meia dúzia, como se diz popularmente. Quer dizer: a Globo perdeu a grande oportunidade de aproveitar um, digamos, momento propício para realizar mudanças radicais e inovadoras naquele que ainda é o telejornal de maior audiência do país (com a generosa ajuda das novelas que entram no ar logo depois), mas não sei se ainda o mais acreditado. O avanço da internet, onde a notícia ganha uma velocidade que a televisão não tem, deixa evidente que os telejornais não podem mais ser apenas uma leitura de noticiário: é preciso mais para atrair o público que tem preferido a informação imediata via computador. Esse era o momento da Globo fazer com que o Jornal Nacional ganhasse opinião e um novo e moderno formato. Fátima Bernardes, boa jornalista, cumpriu seu papel de ler bem o noticiário durante 14 anos; Patrícia Poeta, também boa profissional repórter, faz o mesmo e até com mais jovialidade. Mas não é exatamente isso o que o jornalismo da televisão exige nesse tempo em que o noticiário chega ao público, via internet, no momento em que acontece. O telejornalismo precisa e deve acrescentar mais ao noticiário. O jornalismo praticado por jornais impressos e pela televisão precisa ser hoje uma constante suíte do noticiário disponibilizado virtualmente. Ou seja: é preciso estar sempre além da notícia e não será trocando uma competente apresentadora por outra também competente profissional que a Globo, especialmente o JN, conseguirá isso. (Eli Halfoun)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ela agora é Garota Nacional. Reveja Ana Paula Araújo na Rede Manchete

Ana Paula Araújo no JN. Foto: TV Globo/Divulgação
por Gonça
A âncora da Globo, Ana Paulo Araújo, destacou-se na cobertura dos conflitos do Complexo do Alemão. Recentemente, emocionou e emocionou-se ao mostrar a tragédia na Região Serrana Fluminense. Em ascensão na emissora, Ana Paula foi promovida à bancada do Jornal Nacional. É uma das substitutas de Fátima Bernardes aos sábados. Mas o que se diz é que passará a apresentar o JN durante pelo menos uma das edições de segunda a sexta. A âncora, que começou a trabalhar, aos 19 anos, em uma rádio de Juiz de Fora, foi repórter da Rede Manchete na primeira metade dos anos 90, quando  apresentou jornal local Rio em Manchete e, em seguida, assumiu a bancada do Jornal da Manchete em rede nacional.



Reveja Ana Paula Araújo apresentando o Rio em Manchete.
Clique AQUI

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Fátima Bernardes cresceu...

O JN que você não vê. Direto da África do Sul, o macete de Fátima Bernardes para ficar menos baixinha ao lado do repóter Tadeu Schmidt. (Foto do blog Jornal Nacional na Copa). Clique AQUI

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

"Quem é Maria Alice Mariano?"


Às vezes fazemos algumas coisas que nem nós mesmos acreditamos. Pois é, foi o que aconteceu comigo no lançamento do livro Jornal Nacional - Modo de Fazer, na Livraria Argumento do Leblon, de autoria de William Bonner. Além de ser super simpático, Bonner é também super atento! Não é por acaso que ocupa o lugar que está no jornalismo da Rede Globo. Tudo aconteceu quando cheguei perto da mesa de autógrafos, depois de enfrentar uma fila de várias voltas (que por sinal andou muito rápido) e comentei de brincadeira para uma amiga que ela estava ao lado de Maria Alice Mariano, a repórter do ano. Mesmo concentrado em autografar os livros, não é que ele ouviu. Levantou a cabeça e falou em tom de brincadeira: "Que história é essa. Quem é Maria Alice Mariano?" Quase morri de vergonha. Cheguei perto dele e disse quase sussurrando, sou eu. Aí, ele me perguntou se eu fiquei muito tempo na fila. Respondi que apesar da multidão, a fila andou estilo nova-iorquino, rápida! Achou graça e me perguntou da onde eu era? Respondi que fazia assessoria de imprensa, mas já tinha trabalhado numa retransmissora da Rede Globo, a TV Serra Mar, em Nova Friburgo. Mas o que ele queria saber, é se eu morava no Brasil ou no exterior. Vocês sabem o que eu respondi? " Sou gaúcha!" Foi o dialogo mais surreal que já tive em minha vida.
Em tempo: Já lí o livro e adorei! Valeu Bonner, você é um baita profissional e muito bem humorado. Foto/Eliane Furtado

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Jornal Nacional, 40 anos




Willam Bonner lança neste dia 2 de setembro, na Livraria Argumento, Leblon, o livro Jornal Nacional - Modo de Fazer (Editora Globo). "Este livro tem o objetivo de mostrar de maneira clara, mesmo para quem não seja profissional de jornalismo, como é construído, dia a dia, o telejornal de maior audiência do Brasil". Como diz a apresentação, é uma obra quase didática. Nas reproduções, a capa do livro e alguns logotipos do JN.