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segunda-feira, 18 de março de 2024

Do Jornalistas & Cia - Roberto Muggiati, 70 anos de carreira. Por Cristina Vaz de Carvalho

 










Matéria reproduzida do portal Jornalistas & Cia. Clique nas imagens para ampliar

Atualização em 20/3/2024 - O  Jornalistas & Cia publicou a seguinte nota, que reproduzimos por solicitação de Roberto Muggiati:

Clique na imagem para ampliar 


quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Jornalismo - Eurico Gaspar Dutra dava bolo em entrevista. Literalmente. Marco Aurélio Borba, ex-repórter da Manchete, foi uma das 'vítimas'...

José Maria dos Santos escreve no Jornalistas & Cia sobre Marco Aurélio Borba. Ambos foram repórteres da revista Manchete.
Atualmente, alguns entrevistados quando se negam a falar mandam apenas um "não" via Whatsapp. Isso se não mandarem o jornalista para a p.q.p, como vídeos registram. Nem sempre foi assim. José Maria conta como Eurico Gaspar Dutra ofereceu ao Borba uma mesa farta de chá, pães, bolo, tortas e sucos chá apenas para dizer que não daria entrevista. Veja, abaixo;




Ou clique na primeira imagem para ampliar

 a matéria completa.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Jornalistas & Cia divulga ranking 2017 dos veículos de comunicação mais premiados da história.




O portal Jornalistas & Cia divulga nessa semana o Ranking Jornalístico dos + Premiados Veículos de Comunicação da História.

As revistas Manchete e Fatos & Fotos figuram mais uma vez na lista que destaca os principais veículos da atualidade sem apagar da memória publicações que cumpriram um papel importante no jornalismo brasileiro até encerrarem suas trajetórias.

Enquanto circulou, Manchete ganhou 10 prêmios, incluindo o Esso, o mais prestigiado da época. No critério do J & Cia somou 590 pontos e ficou em 60° lugar entre os 100 mais premiados.

A Fatos & Fotos conquistou 6 prêmios, entre os quais Esso de Jornalismo e de Fotografia, acumulou 445 pontos e alcançou a 76° posição entre os 100+.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Do Jornalistas & Cia: Ex-repórter da Manchete recorda "confronto" entre Justino Martins e Cony


UM DUELO DE TITÃS 

por José Maria dos Santos (para o Jornalistas & Cia) (*)

A recente despedida de Carlos Heitor Cony me fez vir à memória um divertido confronto entre ele e
Justino Martins, do qual fui privilegiado espectador.

Os fatos se deram na redação da revista Manchete, no sexto andar do célebre edifício do Russel, no Rio. Foi, salvo engano, por volta de 1974. Cony era editor e Justino, mítico diretor de Redação. De minha parte, era repórter da sucursal paulista, que lá estava para acompanhar o fechamento de uma reportagem sobre o Trópico de Capricórnio. Resumo em duas palavras: eu e Vic Parisi, fotógrafo, havíamos percorrido o traçado do trópico desde sua entrada no Brasil, numa vila de pescadores em Ubatuba (SP), até a localidade de Coronel Sapucaia, na fronteira com o Paraguai, para mostrar o que havia em sua volta. Era algo para 12 ou 16 páginas, não me recordo, e, no caso de extensas matérias desse tipo, o repórter ia ao Rio a fim de subsidiar a edição com esclarecimentos a dúvidas de momento.

Justino, um indiaço, como dizem no Rio Grande dos gaúchos típicos do campo, gritou-me da sua mesa luminosa na qual examinava as fotografias a serem escolhidas. [NdaR: essa mesa formava uma imensa letra L, portanto, à altura de uma revista que privilegiava a paginação e imagens de bom gosto. Como ficou constatado posteriormente, estava pensando num título.]

– Ô paulista! Para que serve o Trópico de Capricórnio? Eu gazeteei a aula de Geografia no dia desse assunto.

Eu estava sentado junto à mesa de Cony, que era responsável pelo fechamento. Ele fez um sinal,
apontando na direção de Justino, como se dissesse: vai lá. Era uma espécie de sinal verde necessário, pois todos os repórteres ganhavam timidez diante daquele monumento jornalístico. Travou-se o seguinte diálogo.

– Olha, Justino. Por convenção geográfica, o trópico separa a zona tórrida da zona temperada. (Atenção: parece que essa definição está absolutamente ultrapassada).

E Justino:

– Essa faixa de terra é muito rica?

E eu:

– É. Corta o interior de São Paulo, entra por campos de soja do Paraná que não acabam mais, invade o Mato Grosso, onde tem pasto e boi que também não acabam mais. De quebra, tem uma Torre de Babel pelo caminho. Japonês, italiano, holandês e suíço em São Paulo; mais japonês e russo no Paraná e índio pra caramba no Mato Grosso.

Justino, como sempre fazia, pôs-se a desenhar diligentemente a página dupla de abertura. No alto, à esquerda, reservou uma janela onde se destacaria a latitude do trópico em números vazados, com fio branco. A fotografia de fundo era um magnifico campo de soja verde-louro – no qual se distribuíam três máquinas agrícolas vermelhas cujo posicionamento tinha tal simetria que sugeria ter sido montada – recortado contra o céu azul. O título estava composto em duas linhas; a segunda, em letras garrafais.

"Entre o quente e o frio A FAIXA DO PROGRESSO"

Justino apressou-se, satisfeito, em apresentá-lo a Cony. Como se costuma dizer nessas circunstâncias, recebeu uma ducha de água fria sobre o calor do seu entusiasmo.

– Porra, Justino! Você pensa que o trópico está pintado no chão e que o sujeito pula do frio para o calor, pra lá e pra cá?

Justino foi buscar outra inspiração. O título fazia jus à sua intensa criatividade, mas não à Geografia. Curiosa e ironicamente, lembro-me do título rejeitado, mas não faço a menor ideia daquele que o substituiu.

(*) José Maria dos Santos, ex-Diários Associados, Manchete, Abril e Diário do Comércio, de São Paulo, entre outros, trabalhou na Manchete na mesma época que Carlos Heitor Cony. 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Do Jornalistas & Cia: Maior tragédia do futebol mundial também é a pior do jornalismo do País


(do Jornalistas & Cia)

"O voo que levava a equipe da Chapecoense para Medellín, na Colômbia, onde disputaria o primeiro jogo da final da Copa Sul-americana, caiu no começo da madrugada dessa terça-feira (29/11) matando 71 pessoas, entre elas 19 jogadores e 21 jornalistas. Foram apenas seis sobreviventes: três jogadores, dois tripulantes e um jornalista.

O INSI (International News Safety Institute) – entidade que oferece informação, treinamento e pesquisa para jornalistas no mundo exercerem seu trabalho em segurança – considerou o acidente “uma das maiores perdas de vidas, em nossa profissão, em um único episódio”. Não se tem notícia, mesmo em situações de conflito, de que tantos jornalistas tenham sido mortos ao mesmo tempo.

Foi também a maior tragédia do futebol mundial, superando duas que se tornaram históricas, igualmente em acidentes aéreos: a que matou 18 atletas do italiano Torino, em 1949, e outra que 19 anos depois vitimou oito jogadores do inglês Manchester United.

Talvez tenha sido mesmo o acidente que mais matou jornalistas no mundo – do Brasil, com certeza, foi o pior, superando o que em junho de 1984, próximo a Macaé, no Estado do Rio, levou à morte 16 profissionais das tevês Bandeirantes, Educativa, Globo e Manchete, além de dois tripulantes. E, como bem lembrou Mônica Paula em sua página no Facebook, “o triste foi que, no dia seguinte, perdemos mais dois colegas envolvidos na cobertura desse acidente: Samuel Wainer Filho, o Samuca, da Manchete, filho do Samuel Wainer e da Danuza Leão. Na volta da cobertura, a caminhonete da emissora derrapou e colidiu com uma árvore na rodovia RJ-124, no município de Araruama, matando Samuca e o cinegrafista Felipe Ruiz”.Na delegação de imprensa que seguia no voo da Chapecoense
estavam seis profissionais da Fox Sports: o repórter Victorino Chermont, 43, na emissora há quase cinco anos; o cinegrafista Rodrigo Santana, 35, com três anos de casa; o narrador Davair Paschoalon, 51 (mais conhecido como Deva Pascovicci, que chegou à Fox em fevereiro passado); o produtor Júnior Lilacio, 58, há seis meses na empresa; e os comentaristas Paulo Julio Clement, 52, e Mario Sergio Pontes Paiva, 66, este também ex-jogador, ambos no canal desde 2012.

O comentarista Paulo Julio Clement esteve em O Globo durante dez anos, ali foi chefe de Reportagem do Esporte e manteve a coluna Panorama Esportivo por sete anos. No Sistema Globo de Rádio, foi gerente nacional de Esportes e gerente regional do escritório da CBN em Brasília. No Jornal do Brasil, foi editor de Esportes e depois editor executivo. Pela agência InPress, assessorou o jogador Ronaldo Fenômeno. Participou da criação do jornal esportivo Marca, do Grupo Ejesa, como editor executivo. Integrou as equipes de programas de debates do SporTV e, de 2012 em diante, quando o Fox Sports iniciou as atividades no Brasil, passou a comentarista do canal. Coordenou os cursos de Jornalismo Esportivo da Fundação Mudes, no Rio. Mantinha o blog Bola dividida com PJ.
O voo levava ainda três profissionais da TV Globo (os repórteres Guilherme Marques e Guilherme
Laars, e o repórter cinematográfico Ari Araújo Jr., que preparavam uma matéria especial para o Esporte Espetacular); e cinco da RBS em Santa Catarina – o repórter Giovane Klein Victoria, 28, há um ano e meio repórter da tevê em Chapecó; o técnico de externa Bruno Silva, 25, com quatro anos de casa; o cinegrafista Djalma Neto, com 35 anos de idade e 13 de emissora; o repórter André Podiacki, 26, do Diário Catarinense, há quase seis anos na empresa; e o repórter do GloboEsporte.com em SC Laion Espindula, 29, com 2,5 anos de empresa –, além de Gilberto Pace Thomaz: assessor de imprensa da Chapecoense desde julho de 2015.

Completam a relação seis jornalistas que atuavam na região de Chapecó, a maioria de emissoras
de rádio: Fernando Schardong, Edson Ebeliny, Gelson Galiotto, Douglas Dorneles, Renan Agnolin e Jacir Biavatti – os dois últimos, respectivamente, repórter e apresentador do Jornal do Meio Dia e repórter do Jornal do Meio Dia Especial, ambos da RIC TV Record, em Chapecó –, e Rafael Henzel, da Rádio Oeste Capital FM, este o único resgatado com vida. Outro profissional da região, Ivan Carlos Agnoletto, da Rádio Súper Condá, deveria ter embarcado no mesmo voo e chegou a
constar na lista dos passageiros, mas desistiu de última hora por problemas com seu documento
de identidade.

J&Cia se irmana a milhões de brasileiros no desejo de que os familiares das vítimas tenham
conforto nesse momento de sofrimento e expressa sua solidariedade aos veículos que perderam profissionais."

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(do BQVManchete) - Uma pequena correção: o jornalista Samuel Wainer Filho e o câmera Felipe Ruiz trabalhavam para a TV Globo. No acidente do Bandeirantes, em 1984, citado no texto do J&Cia a TV Manchete perdeu quatro profissionais (Jorge da Silva dos Santos, Ulisses Madruga, Luiz Carlos Viana e Luiz Carlos Sousa).