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segunda-feira, 13 de junho de 2016

A seleção triste



por Flávio Sépia 

Está difícil voltar a inflar a bola murcha da seleção. Dunga - agora pendurado no paredão, quase sem a escada - tentou investir em jogadores que não participaram do trágico sete-a-um.  Ontem, contra o Peru, assim como ao enfrentar o Equador (Jamaica não valeu), o time mostrou inicialmente algum avanço, boa movimentação, toques rápidos, mas apenas nos respectivos primeiros tempos de ambas as partidas. E, mesmo assim, com falhas repetitivas no penúltimo passe ou no chute a gol. No segundo tempo dos dois jogos, caiu o padrão de jogo ou as jogadas se repetiram monotonamente, sem mais surpreender o adversário.

O Peru ganhou ontem com um gol de mão, claramente. Mas, se o Brasil tivesse se classificado com um mero empate, isso também seria um vexame.

Se bem que um empate teria poupado o torcedor de assistir àqueles minutos pós-gol do Peru, quando a seleção perdeu-se em campo e lembrou muito o apagão do fatídico sete-a-um.

Em plena campanha das Eliminatórias, onde já não está confortável, a seleção corre o risco de ter que começar tudo do zero. Caso o Dunga caia, quem virá? Saldanha, para chamar as "feras", não há mais. E qualquer outro treinador sem o básico, o tempo para treinar, terá dificuldades em tirar o time do atoleiro que vai enfrentar na estrada para a Rússia 2018.

Outro dia, uma matéria de jornal falava que a seleção tem um "motivador". Fico imaginando, o mesmo e saudoso Saldanha acharia de jogadores que precisam de "motivadores". Caramba, se jogar na seleção não for um motivo forte o suficiente, "motivador" algum vai dar um jeito nessa depressão. Se vários jogadores dessas novas gerações já apelam pra fé quando entram em campo e nada disso tem funcionado, como um mortal comum vai consertar o caos? Tá difícil.

Recorrer ao além ou a "fazedores de cabeça" talvez seja reflexo de um um fato real, este sim, ainda mais preocupante. Muitos dos jovens jogadores brasileiros estão bem nos seus clubes europeus. Bons contratos, títulos, reconhecimento, boas atuações, boa estrutura etc. Convenhamos: para eles, vir dos seus clubes, onde sofrem as críticas e pressões normais, para cair direto no sufoco e na instabilidade da seleção brasileira, atualmente, é como trocar um resort na Riviera por aldeia na Síria.

A mensagem irada que Neymar enviou aos jogadores é um indício desse estado de ânimo. A seleção parece ter se tornado um peso, um fardo. Ao mesmo tempo, é a vitrine que tem sistematicamente mostrado que os jovens craques que atuam em clubes milionários da Europa têm seus dias de vexame. Acho que não tem ninguém feliz com isso.

Em meio a tudo , estranho uma coisa: a Argentina, com ótima geração de jogadores nos últimos anos, não ganhou títulos (é forte candidata a ficar com o caneco dessa Copa América Centenário), mas os hermanos demonstram mais vontade e aparentam ter mais prazer em entrar em campo. Até Messi, que até a Copa de 2014 era visto por muitos torcedores argentinos como não muito vibrante ao vestir a camisa da sua lendária seleção, está se divertindo, e divertindo a audiência, com suas fantásticas exibições.

Na mensagem,o próprio Neymar diz que "ninguém sabe o que vocês sofrem". Se os caras "sofrem" para estar ali, sabe quando vai dar certo? Nunca. Neymar também fala em "orgulho". Acho isso meio "patriótico" demais.

Preferia que os jogadores voltassem a demonstrar o prazer e a alegria de jogar, que tem mais a ver com a arte da bola. Claro que não depende só deles. Só que a atual seleção nem orgulhosa é. Parece apenas triste.

sábado, 28 de maio de 2016

Copa América Centenário: Dunga sob cerco, Kaká como o Sobrenatural de Almeida e o que a mídia esportiva tem a ver com tudo isso...

Dunga durante treino no StubHub Center, na Califórnia. Foto de Rafael Ribeiro/CBF


por José Esmeraldo Gonçalves

O relacionamento de Dunga com a mídia esportiva, ou boa parte dela, jamais foi sereno. A isenção dos comentaristas em relação ao gaúcho passou longe, muitas vezes, do que deveria e o temperamento do ex-jogador o colocou em permanente defensiva, sempre pronto para comprar brigas.

Na Copa de 1990, quando o técnico da seleção era Sebastião Lazaroni e o Brasil não passou da primeira fase, Dunga, embora não fosse um protagonista, foi apontado pela mídia como o símbolo injustamente individualizado de uma era, a Era Dunga, de futebol opaco e defensivo. Aquela seleção foi um desastre - hoje até relativizado já que, apesar de tudo, não sofreu um mega vexame do tipo 7 X 1 - e tinha nomes dos quais se esperava muito mais como Bebeto, Careca, Ricardo Rocha, Alemão, Renato Gaúcho, Romário, Branco, Mauro Galvão etc. 

Mas sobrou para Dunga, talvez pelo seu jeito reservado a avesso a tapinhas nas costas. Em 1994, ele e vários dos passageiros do trem desgovernado de 1990 ganharam a Copa. Não sem críticas: para muitos, foi um mundial de futebol de resultados, sem brilho. Talvez, mas quem não viu luz nos gols de Romário e Bebeto, nas defesas de Tafarel, nos foguetes de Branco e no empenho e garra de Dunga?  No material da cobertura dos jornais e da revista Manchete, havia muitas fotos do volante sorrindo, mãos na taça, mas a mais publicada, na época, o mostrava raivoso, marrento, de punho fechado. Dunga lavou a alma e foi escalado na seleção da Fifa em 1994 (em 1998, também, quando foi vice após a convulsão de Ronaldo, vetado e em seguida espantosamente chamado por Zagalo já nas sombras do vestiário, enquanto o som do estádio anunciava Edmundo como titular na final contra a França, mas essa é outra história).    

Curiosamente, foi a imagem de garra e força de vontade na Copa de 1994 que levou Dunga a ser o técnico da seleção após outro desastre, o de Parreira, na Copa de 2006, com um time considerado forte e que era tido como favorito em função da constelação de craques. Mas aquela seleção foi ineficiente em campo, embora extremamente animada fora das quatro linhas. Liberalidade, compromissos com patrocinadores e com veículos, um certo excesso de folgas, a noite europeia e as louras alemãs livres e maiores de idade, tudo isso foi apontado com fator de perda de foco. Nesse ponto, os jogadores foram poupados pela mídia brasileira e coube às agências internacionais revelar, por exemplo, um flagrante de balada na Suíça, durante a fase de treinos, pouco antes da Copa. As fotos foram publicadas no Brasil, obviamente, mas como material adquirido da mídia europeia, embora as saídas noturnas de alguns atletas fossem conhecidas por quem cobria a seleção. Inegavelmente, a mídia demonstrava manter boas relações com Parreira e evitava levantar a bola da crítica. Claro que se o jogadores tivessem resolvido a parada em campo tudo acabaria bem e em um caminhão de bombeiro nas ruas do Brasil. Só que não deu ou melhor, tudo isso aí somado, deu no que deu. Depois, a CBF reconheceu que faltou o rigor que deveria haver na agenda de uma Copa do Mundo. Mas essas críticas do front alemão só ganharam divulgação depois que a França mandou o Brasil de volta para casa direto de Frankfurt.   

Após a nova frustração, a CBF surpreende ao chamar Dunga para botar ordem na casa. O treinador classifica a seleção, ganha a Copa América e a das Confederações, mas falha na hora dos vamos-ver. E na Copa da África do Sul, o Brasil, como na Alemanha, não passa das quartas de final. Não foi tranquila a Segunda Era Dunga. Ele foi marcado sob pressão pela mídia. Barrou investidas de apresentadores poderosos que queriam ter o acesso livre, como haviam tido na Alemanha, acirrou adversários, discutiu com repórter e proibiu entrevistas. Sob qualquer pretexto - até a camisa berrante ou o agasalho fashion do treinador - tudo virava crise, um clima péssimo para um time que disputava uma Copa. De novo, tudo isso junto, não apenas o time, não apenas o clima, carimbou a passagem de volta para o Brasil. 

Veio a Copa do 7X1, em casa, um novo desastre, dessa vez de proporções apocalípticas. Antes da Copa, Mano Menezes foi tragado e, durante, Felipão foi triturado. Ambos tiveram boas relações com a mídia. E o acesso à Granja Comari voltou a ser risonho e franco para patrocinadores, assessores de jogadores, amigos famosos e nem tanto etc. O Brasil chega às semifinais, mas melhor seria ter sido desclassificado antes, quando ainda restava alguma dignidade. 

Com a seleção de moral na grama, a CBF surpreende ao chamar Dunga para conduzir o Brasil à Copa do Mundo da Rússia. Dessa vez, até aqui, pode-se afirmar que a mídia está deixando o treinador em paz. Se critica seu esquema de jogo, a falta disso ou suas escalações e convocações - o que deveria ter sido desde sempre o foco das críticas - parou de encher o saco por querer que o gaúcho seja o máximo da etiqueta, um anfitrião, se derrame em gentilezas, faça sala na concentração e lhe conceda privilégios.   

Se ele vai chegar a Moscou? Muito difícil. Já não vai bem nas Eliminatórias. 

Se será o treinador do time nas Olimpíadas? Talvez. Mas para disputar a Rio 2016 ficaria mais confortável se ganhasse a Copa América Centenário, nos Estados Unidos. 

Com Kaká vai ser difícil. 

Dunga já convocou o jogador, mas o utilizou por poucos minutos. Não faz sentido. Só vejo uma "explicação" surreal: Kaká está morando nos Estados Unidos, jogando em uma daquelas ligas de aposentados e a Comissão Técnica deve ter preferido economizar nas passagens aéreas.  

O Sobrenatural do Almeida, a quem Nelson Rodrigues recorria para explicar o inexplicável, anuncia turbulências nos voos da seleção.  

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Começou a temporada de caça ao técnico Dunga

por Eli Halfoun
Antes de ter seu nome anunciado como novo técnico da seleção ficou evidente que se iniciaria uma temporada de caça ao técnico Dunga. Ele será combatido todo o tempo e por qualquer coisa, inclusive a implicância infantil em torno de suas roupas, o que nada tem a ver com futebol. Um comentário que volta a ganhar força é o relacionado ao criticado casaco que usou na Copa do Mundo de 2010. O casaco (presente da filha que é formada em moda) já começou a ser novamente criticado porque sem dúvida Dunga o carregará para onde viajar com a seleção como, aliás, sempre fez. O casaco é considerado um “insulto à moda”, como se nossos comentaristas esportivos entendessem alguma coisa do assunto. Moda é um assunto muito criticado na CBF, incluindo os paletós de Marco Polo Del Nero
Esse não é o único assunto que corre solto nos bastidores da CBF: um dos mais comentados garante que a escolha de Dunga como técnico teve influência direta de Gilmar Rinaldi, o novo coordenador de seleções, que foi influenciado por Alexandre da Silveira que é funcionário da CBF desde os tempos de Ricardo Teixeira.
Na entidade muita gente lamenta o afastamento de Rodrigo Paiva como diretor de comunicação justamente quando ele vinha desenvolvendo um novo e bem aceito trabalho via internet. Os números realmente mostram que o trabalho ia bem: durante a Copa o canal da CBF no YouTube pulou de 10 mil para 90 mil assinantes. Também houve avanço no Facebook que ultrapassou os 6 milhões de acessos; do Twitter que conquistou 2,2 milhões de seguidores e ainda do Instagram que ganhou 291 mil interessados Vários setores da CBF acreditam que se o Brasil não tivesse levado a vergonhosa goleada da Alemanha os números seriam bem maiores.

José Maria Marin, atual presidente da CBF e Marco Polo del Nero que assume a presidência em abril de 2015 não são perdoados pela torcida: há dias a dupla foi jantar na pizzaria Cristal em São Paulo e assim que reconhecida foi brindada com uma homérica vaia, mas fingiu que nem era com eles Como também fingem que não é com eles tudo de ruim que acontece (e acontece muito) na CBF. (Eli Halfoun)

terça-feira, 26 de março de 2013

A crítica de futebol e a Seleção Brasileira


por deBarros
A “Teoria da Conspiração” existe. Agora mesmo, empresas jornalísticas esportivas, através de seus profissionais comentaristas dos jogos de futebol, começaram a campanha de descrédito do atual técnico de futebol da Seleção Brasileira de Futebol, Felipe Scolari.
Esses comentaristas, propositadamente, se esquecem de dizer que essa atual Seleção, convocada pelo seu técnico,  contra a Russia, completava o seu terceiro jogo, ao contrário da Seleção do senhor Mano Menezes, que, jogou muitas vezes e sempre com adversários muito fracos como Iraque, China, Japão alcançando em alguns jogos resultados dilatados  que iam de 5 a 8 gols de vantagem ao passo que atual Seleção enfrentou as três melhores Seleções da Europa como  a Inglaterra, Itália e a Russia, seleções que já vêm jogando há algum tempo e como tal se acham mais estruturadas e com sistemas e táticas de jogo esquematizados e postos em prática.
Nas manchetes do jornais e nas mesas redondas sobre futebol nas TVs, a mensagem enfaticamente transmitida é que a Seleção de Felipe Scolari continua sem vencer. E as críticas sobre o modo de jogar, sobre a performance de alguns jogadores, sobre a formação tática da Seleção têm se tornado a tônica dos debates nas TVs e nas colunas esportivas dos jornais demonstrando a insatisfação da crítica, ou das empresas jornalísticas, com a orientação técnica e tática do Felipe Scolari.  Essa campanha aos poucos vai se tornado mais evidente ao ponto de, no jogo contra a Russia, o comentarista, ao lado do narrador do jogo, insinuar que Parreira, assistente não sei de que na Comissão Técnica, deveria ser ouvido pelo Felipe Scolari, na formação tática do time. Ora, se isso não é política de criar caos na Comissão Técnica jogando assistentes contra o técnico da Seleção é na minha opinião por em prática a “Teoria da Conspiração.
Nos jornais, um dos comentaristas de futebol, começa a sua coluna  dizendo: “A Rússia merecia a vitória no primeiro tempo. Ironicamente, foi conseguir o gol no segundo...”. Não entendi o “ironicamente” citado pelo colunista. Nunca ouvi falar de gol “irônico”.
Parece que já vi esse filme por ocasião da Copa do Mundo de 2010, quando o técnico da Seleção, Dunga, era massacrado, esquartejado, vilipendiado diariamente pela imprensa especializada de futebol falada, escrita e televisionada até o seu desligamento da Seleção pela derrota sofrida para a Holanda por 2x1, perdendo esse jogo no segundo tempo em duas falhas do goleiro Júlio César.
Numa das mesas redondas, na TV, um dos comentaristas, outro “expert” em futebol, disse que passou em frente ao estádio Maracanã e viu o estado da obra naquele momento e não acreditava que o estádio ficasse pronto para a data marcada tal a situação caótica em que se achava a sua construção.
Na Copa do Mundo em 1950, no Brasil, fui assistir a um dos jogos do Brasil e por acaso foi o jogo contra a Espanha, que levou uma goleada da nossa Seleção. Estou contando essa passagem porque quando cheguei no estádio do Maracanã levei um susto. O estádio ainda  estava cercado de andaimes e para passar nos seus portões de entrada para acessar as arquibancadas, tive de me abaixar pra não bater com a cabeça nas madeiras que formavam os andaimes e jaús.
A crítica com a finalidade de fazer o mal, de derrubar aquele que está sendo visado no posto público ou privado que ocupa naquele momento, deixa de ser uma crítica e passa ser uma condenação ao comportamento do criticado. O crítico não é um Juiz.
O crítico não pode apresentar uma avaliação puramente subjetiva, mas deve embasar sua opinião com determinados aspectos objetivos. Isso é importante, porque alguns críticos de renome podem levantar ou arruinar carreiras com suas avaliações, e devem usar esse tipo de poder com critério e seriedade.

sábado, 24 de novembro de 2012

Seleção: dois anos e meio de preparação cenográfica

por Gonça
A queda de Mano Menezes não tem a menor importância. O tempo que o Brasil perdeu para preparar sua seleção, sim. Vamos ao replay: depois do fiasco de 2006, quando a concentração brasileira na Alemanha parecia  o terreiro do samba frequentado por pagodeiros, humoristas, estrelas globais e jornalistas privilegiados, que lá jantavam em noites de queijos e vinhos com a comissão técnica, a CBF quis botar ordem na suruba. Chamou Dunga, aquele que, para a torcida, ganhou no braço e na moral a Copa de 1994. Dunga era o símbolo para  vencer a crise. Fez um bom trabalho. Ganhou a Copa América, a Copa das Confederações, venceu amistosos contra equipes fortes, e classificou o time, bem, com folga, nas Eliminatórias para África do Sul 2010. Fez quase tudo certo. Mas, por temperamento, deixou azedar seu relacionamento com a mídia. Foi isso que decretou seu fim. A crise Seleção x Mídia incomodou patrocinadores fortes. Mais do que isso, tirou a tranquilidade dos jogadores em plena Copa- conta quem lá esteve que houve até caso de jornalista "importante" que fez "barraco" no hotel onde a seleção se hospedava, por querer entrevistar jogadores nas suites a qualquer custo. A campanha da mídia contra Dunga chegou então à beira do fanatismo talibã. Apesar do clima pesado, a seleção evoluiu na Copa até a falha fatal do goleiro Júlio Cesar no jogo contra a Holanda. Pior para o Dunga que viu todo o trabalho ruir em um segundo. De resto, coisas da magia e da tragédia do futebol, que o diga Barbosa, o goleirão da Copa de 50.
Com Dunga demitido e com a Copa seguinte em casa, a CBF resolveu convocar Mano Menezes. Apostou menos no treinador e mais no "relações-públicas", no profissional bem articulado capaz de desarmar tensões no contato com a elite de jornalistas e apresentadores. Na primeira etapa da preparação, a CBF programou amistosos com times fortes. Vexames sucessivos em campo. A torcida já pedia a cabeça do escolhido. A Copa América foi pro espaço. E a CBF mudou a estratégia: para evitar derrotas humilhantes baixou o nível dos adversários. O Brasil passou a jogar contra "galinhas-mortas". Algumas partidas eram quase cenográficas, algo como os embates do Divino, o time do Tufão, da novela "Avenida Brasil. Mano sobreviveu até ontem. Nos últimos meses, talvez animada por patrocinadores, difundiu-se a impressão de que Mano encontrara o segredo da vitória e a Seleção estava, finalmente, no caminho certo para o Hexa. Isso apesar de continuar enfrentando peladeiros nos piores gramados do mundo. Um jornalista escreve hoje que a demissão de Mano foi "surpresa" por ele ter acabado de ganhar um "título". Fala sério. Título? Essa piada da Bombonera conta para alguma coisa? Outro teme que no lugar do Mano venha um sujeito de "maus bofes". Bom, nós, simples torcedores, esperamos que venha alguém mais preocupado em montar um time com padrão de jogo, que saiba variar o jogo, que mude o ritmo de um partida não apenas com substituições mas com mudanças de estratégias, que saiba botar o técnico adversário no "bolso", criar "armadilhas" letais. Esse é o papel de quem está "pensando" o jogo fora de campo, o o resto os craques fazem. Cuidar de imagem, administrar egos, "fazer sala" para jornalistas-celebridades, ser anfitrião de jantares, isso não cabe ao treinador. Se o cargo necessitasse apenas de um cara "educado" e de "boas maneiras", seria melhor chamar a Danuza Leão, que escreveu um livro sobre etiqueta social.
Ou, na falta do João Saldanha, convocar o Felipão.

domingo, 24 de julho de 2011

Dunga volta a trabalhar como técnico. Abre o olho Mano Menezes

por Eli Halfoun
Mesmo depois do vexame brasileiro na Copa América muita gente pode até ter pensado na possibilidade, mas ninguém falou oficialmente em uma possível volta de Dunga ao comando técnico do selecionado. Em recente entrevista para uma emissora de rádio gaúcha, Dunga disse que considera “quase impossível voltar ao comando da seleção”, o que não significa que tirará o time de campo como técnico. Dunga admite que a partir de dezembro atuará novamente como técnico e que tem várias propostas de clubes (não cita o nome de nenhum) brasileiros e estrangeiros, além de convites para dirigir selecionados de outros países. Agora que seu trabalho como técnico começa a ser reconhecido, Dunga parece cada vez mais entusiasmado com a possibilidade de dirigir um time de clube ou um selecionado. Te cuida, Mano Menezes. (Eli Halfoun)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Volta, Dunga

por Eli Halfoun
Agora que o descrédito novamente se instalou em relação a essa “nova” seleção brasileira e que o torcedor não anda nada otimista como a participação do Brasil na Copa América, faz-se necessário reconhecer que o execrado Dunga entrou duas vezes para a história do futebol brasileiro e quero crer mundial: a primeira quando comandou como jogador a seleção que venceu uma Copa do Mundo e a segunda como o maior injustiçado da história esportiva quando foi técnico da seleção que não conquistou a Copa, mas ganhou quase todo o resto. O pecado de Dunga todo mundo sabe qual foi: não ter caído nas graças de uma imprensa que jamais conseguiu ser imparcial em relação ao seu trabalho. Dunga contrariou interesses e acabou destruído. A mídia, a mesmo que derrubou o vitorioso Dunga praticamente escolheu Mano Menezes como seu substituto depois da recusa do Muricy Ramalho que não quis cair na boca do lobo. Pode ser que Mano Menezes venha a formar uma seleção competente e até ganhe a Copa América, mas por enquanto está sendo apenas a demonstração do quanto alguns setores interesseiros do futebol brasileiro foram injustos com Dunga. Como em futebol tudo é possível (até o Ricardo Teixeira monopolizar a CBF) não duvido nada se não demora muito imprensa e torcida façam, o mesmo coro: “volta, Dunga”. (Eli Halfoun)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Dunga se livrou dos "gordos" e "baladeiros" mas não escapa da mídia...

por Gonça
Quer ficar bem informado sobre a Copa? Beleza. Então melhor não ler o caderno de Esportes do Globo de hoje. O maior espaço- e tema recorrente de vários colunistas -, é dedicado à briga entre Dunga e o repórter Alex Escobar. Chato. Logo após o episódio, jornalistas do grupo pediam a Fifa que punisse o treinador brasileiro. A mesma "campanha" está estampada hoje na primeira página do jornal. Enquanto isso, depois do bem-humorado "Cala boca Galvão", milhões de torcedores levam agora o "Cala boca, Tadeu" aos primeiros lugares no ranking do twitter. É uma reação ao discurso do apresentador Tadeu Schmidt no Fantástico desancando Dunga. Não há inocentes nessa batalha. Dunga explode quando acuado - é difícil julgar mas seria preciso muito sangue de barata para ficar frio sob tanta pressão - e criaria menos problemas para ele mesmo se estabelecesse relações formais com a mídia: nem submisso, nem prepotente, nem "amigo" como muitos jornalistas preferem e como muitos viam o treinador anterior. Mas o Globo não pode negar que pega pesado há muito tempo. A capa do caderno de Esportes aí reproduzida ilustrou o até agora único tropeço do treinador: a Olimpíada da China. Na ocasião, sem muita originalidade, deixou a sobriedade de lado e imitou, em um anúncio fúnebre, o estilo debochado de jornais humorísticos-esportivos como o argentino Olé. Tá na hora de ambos os lados baixarem a Jabulani. Dunga se livrou da encrenca dos "gordos" e dos "baladeiros" - a seleção propriamente dita está em paz -, mas não escapou dos terremotos da mídia. Se a Fifa acatar o pedido público do Globo e punir Dunga, a seleção brasileira será a grande prejudicada. O jornal não corre o risco de sair como o "traíra" da história?  

sábado, 12 de junho de 2010

Já viu o filme do Romário falando sobre o Dunga?

por JJcomunic
Em 1994, Romário era colega de quarto do Dunga. O filme mostra o Baixinho escapando pela janela, enquanto o "xerife" dorme... Clique AQUI

sábado, 29 de maio de 2010

Futebol investe alto para ter Ronaldinho Gaúcho de volta ao Brasil

por Eli Halfoun
Mesmo depois do Milan ter recusado a oferta de 11 milhões de euros que o Botafogo do Rio fez para ter Ronaldinho Gaúcho em seu elenco de futebol (dizem que o empresário Eike Batista, que é alvinegro doente, bancaria a transação), pelo menos mais dois clubes brasileiros sonham com a milionária volta do craque. Embora sem confirmação oficial (em futebol qualquer coisa só é confirmada depois que realmente acontece que é para ninguém chutar a bola fora) há quem garanta que Corinthians e São Paulo estariam tentando negociar a compra ou pelo menos o empréstimo do jogador. O Corinthians é o mais interessado e já teria até feito uma proposta porque sabe que não demora muito perderá Ronaldo Fenômeno que está realmente decidido a “pendurar as chuteiras”. Pelo visto todo mundo quer o Ronaldinho Gaúcho em seu time. Menos o Dunga.

domingo, 23 de maio de 2010

A "clausura" de Dunga contra o "circo" da mídia...

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Alemanha, 2006
A Copa da Alemanha atraiu celebridades. Olha Ana Maria Braga aí, na torcida, em Munique. Tudo indica que na África do Sul, sem o 'charme' da Europa, serão menores a badalação e o assédio vip. Melhor para o Dunga, perspectivas de um período de treinamento mais tranquilo... 
por Gonça
Parte da mídia está em campanha contra Dunga pelas restrições que o treinador impõe ao acesso de repórteres e fotógrafos à Seleção. Chamam de "esquema de clausura", de "severo isolamento", reivindicam que o "povo" tenha contato com os jogadores, como se estivessem de fato preocupados com isso. Quando podem, os jornalistas vão ouvir os jogadores e tentam arrancar um protesto contra as novas regras que protegem os treinamentos da equipe. E se surpreendem ao escutar Daniel Alves dizer que é importante ter privacidade e acrescentar que "no Barcelona é assim". Contam que na Copa de 50, às vésperas do jogo Brasil X Uruguai, foi tão grande o assédio de políticos e figuras da sociedade carioca em visita à concentração, paparicando os jogadores até altas horas, que Ademir, Barbosa, Zizinho, Juvenal, Bigode, Danilo e companheiros mal conseguiram dormir. Acreditem: na Copa da Alemanha não foi muito diferente.
Dunga tem apenas 25 dias para treinar a Seleção, é compreensível que pretenda aproveitar bem o período, já que não é mais possível dispor de mais de 60 dias de treinos como aconteceu com Zagalo na Copa de 70.  
Em 2006, o time passou 22 dias reunido mas - quem estava lá viu -, gastou boa parte desse tempo recebendo o Pânico, os Cassetas, Fátima Bernardes, Susana Vieira, além da imprensa esportiva em geral e, em particular, ilustres colunistas para mesas de queijos e vinhos, sem contar o tempo despendido por certos craques em boates suiças e alemãs. Estão certos Dunga e os jogadores, que precisam ficar concentrados na preparação. Se vão ganhar a Copa são outros quinhentos, mas o caminho mais profissional é esse aí. Precisamos de informação, mas entre a "clausura" de Dunga e o "circo" da mídia deve haver um bom ponto de equilíbrio. A coletivas existem pra isso, não?
(Poster da Fifa/Reprodução)
Fotos:Gonça

domingo, 6 de setembro de 2009

Diz aí, Globo!!!!!


Este blog já elogiou o técnico Dunga, que é, ou era, muito criticado pela mídia menos pelo seu trabalho e mais pela característica pessoal de não abaixar a cabeça para jornalistas. Ontem mesmo, durante a coletiva logo após a vitória de 3x1 sobre a Argentina, lá dentro em Rosário, o treinador irritou-se, com razão, com a pergunta de um repórter sobre as falhas da defesa argentina ao não deter o "jogo aéreo" brasileiro. Antes de responder que apenas um dos três gols havia resultado de bola alta na área, o que já invalidava o raciocínio do repórter, Dunga rebateu que o autor da pergunta partia da premissa de que o Brasil não havia jogado bem mas sim que a Argentina tinha jogado mal. "E sempre assim", disse o treinador, sublinhando corretamente a prepotência da mídia e mostrando como é difícil para a imprensa brasileira reconhecer méritos a não ser nos seus "amigos", protegidos ou aliados. Dunga venceu a Copa América, a Copa das Confederações e classificou o Brasil para a África do Sul com três rodadas de antecedência. Não é pouca coisa. A Argentina mesmo, com um time de craques, está aí penando para ir à Copa. Dunga é um treinador experiente, um bom estrategista? Talvez não, talvez lhe falte ainda experiência. Mas já mostrou que tem um rumo e a dez meses da Copa já pode dizer que tem o time quase armado (mas anotem aí: a imprensa ainda vai fazer campanha para a convocação de Ronaldo, esteja gordo ou alcance o milagre de perder os quilos extras). E Parreira, eleito pela mídia e que não sofreu tal campanha? E um bom treinador? Não. É um burocrata que permitiu o desastre de 2006 e, em 94, só convocou Romário (que seria apontado como o melhor jogador da Copa) porque estava desesperado e a ponto de não se classificar para o mundial dos Estados Unidos (classificou-se, aliás, no último jogo). Mas tudo isso que eu estou falando é blá-blá-blá de torcedor. Quero mesmo é mostrar essa primeira página do caderno de esportes do Globo. O "enterro' de Dunga, em 2008, há menos de um ano, mereceu a capa. A classificação, ontem, a última meia página. E na capa do jornal, uma foto de quatro colunas na metade inferior da página, aquela que os editores consideram menos "nobre". A primeira metade, a que fica exposta na banca com o jornal dobrado é, tradicionalmente, a de maior visibilidade e "prestígio".

quinta-feira, 11 de junho de 2009

NÚMEROS DO DUNGA

O Dunga é um grande e experiente técnico? Não acho. Foi chamado para a seleção em um momento de crise, após a temporada de badalação, boates e festas do Brasil na Copa da Alemanha. Era o mito Dunga da Copa de 94 chegando para botar ordem na bagunça. Quando a CBF anunciou o nome do novo treinador, a imprensa caiu de pau. Até o modelo da camisa do homem foi motivo de crítica. Consultem as coleções dos jornais: vários jogos da seleção foram anunciados como "a última chance de Dunga". Dunga ousou afastar medalhões (não esqueçam que Ronaldo, com 100kg, papada e culotes, era paparicado e sentava na bancada do Jornal Nacional em plena Copa de 2006), convocou "desconhecidos", testou esquemas, acertou, errou, mas foi em frente como a caravana do Ibrahim. Pelos números que apresenta, agora que o Brasil está a um ponto da classificação para 2010, o gaúcho chegou lá: a seleção lidera a tabela com 27 pontos e apenas uma derrota (o segundo colocado, o Chile, perdeu quatro jogos, a Argentina também); o Brasil tem 19 gols de saldo (o segundo colocado, o Chile, tem nove e a Argentina, quatro). Dito isto, acho que o Dunga carimbou o passaporte para a África do Sul. Os lobbies de Parreira, Felipão, Vanderley etc vão ter que esperar