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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Seleção Brasileira está jogando na Liga Chapolin...

por Niko Bolontrin

Tite sobre o ridículo amistoso de ontem da seleção brasileira, que goleou El Salvador por 5X0.

-  "Um dos aspectos que mais gostei foi a retomada de uma equipe que é alegre e agressiva para jogar, que produz, desempenha e toma iniciativa independentemente do nível técnico do adversário. Às vezes, você pode ficar moroso e achar que um só está bom, mas o time tem o DNA do gol, de agredir e pressionar".

O DNA que não foi à Rússia e só aparece na hora da moleza. Vai entrar em campo de novo contra a Arábia Saudita,  outra galinha morta, no dia 12 de outubro. Já no dia 16, o jogo é contra a Argentina, que também está na segundona ou terceirona do futebol mundial e até isso, junto com a tradição, vai garantir um jogo mais equilibrado. O DNA dos hermanos também anda em baixa.

A verdade é que o Brasil está jogando na Liga Chapolin

Enquanto isso, a Europa, hoje inegavelmente na primeira divisão, transforma as "datas Fifa" reservadas para simples amistosos em um novo torneio - a Liga das Nações - com jogos mais competitivos.

Fica a pergunta: quem é gênio que escolhe os adversários da seleção brasileira?  O cara pesquisa no Google?

Avisem a ele que Guam, Mongólia, Sri Lanka, Bahamas, entre outros, querem enfrentar o time de Tite.

terça-feira, 3 de julho de 2018

Rússia 2018 - Neymar tira da Alemanha o posto de maior goleador em todas as Copas

No jogo Brasil 2 X 0 México, Neymar comemora  o gol que faz o Brasil
o recordistas de gols em todas as Copas. Foto de Lucas Figueiredo/CBF

(do site da CBF) 

Única seleção que participou de todas as edições de Copas do Mundo, a maior campeã, com cinco títulos, e agora a recordista de gols. O gol de Neymar que abriu o placar para a Canarinho diante do México pelas Oitavas de Final da Copa do Mundo FIFA 2018 colocou o Brasil como o país que mais vezes balançou as redes em Mundiais. No total, a Seleção Brasileira balançou as redes 228 vezes nos 21 Mundiais que participou.

Eram 227 gols. Mas, aos 42 minutos da etapa final, Firmino fez o segundo da Seleção Brasileira e ampliou o recorde para 228. Na Primeira Fase, Philippe Coutinho (2), Neymar, Paulinho e Thiago Silva também deixaram as suas marcas com a Amarelinha. Até o jogo desta segunda-feira (2), o Brasil estava empatado com a Alemanha, com 226 gols.

Já o camisa 10 se isolou como o quarto maior artilheiro da história da Canarinho com 57 gols. O seleto grupo é liderado por Pelé, o maior jogador de todos os tempos, com 95 bolas na rede. No segundo lugar, vem o fenômeno Ronaldo, com 67 gols marcados, uma a mais do que Zico, com 66, no terceiro lugar.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA N SITE DA CBF, CLIQUE AQUI

domingo, 3 de junho de 2018

Rumo à Copa da Rússia: contra a Croácia deu pro gasto...

Neymar; a volta e a comemoração. Foto Lucas Figueiredo/CBFa

"Bobby" Firmino. Foto Lucas Figueuredo/CBF

A Croácia tem um time forte. Talvez melhor do que os nossos três primeiros adversários da Copa: Suíça, Costa Rica e Sérvia. O Brasil mostrou defeitos e virtudes. Teria sido bom que o time de Tite provasse, no primeiro tempo, que não depende de Neyamr. Infelizmente, precisou o craque entrar, no segundo tempo, para decidir. Mas isso não que dizer que Philippe Coutinho, Marcelo, Firmino, Casemiro e William não tenham mostrado valor.

Entre as virtudes, a segurança da defesa. Entre os defeitos, a timidez para tentar o drible como solução individual de ataque, indispensável às vezes e arma poderosa para jogadores habilidosos. Apenas posse de bola e o às vezes irritante tiki-taka europeu, com prioridade para a troca de passe excessiva. que lembra a nossa "roda de bobo" ou um futebol a la handebol, não basta.

O Brasil trocou centenas de passes no primeiro tempo e não furou a defesa da Croácia. Apenas Philippe Coutinho arriscou um drible por baixo da perna do adversário.

A Neymar, no segundo tempo,  bastou apenas um drible para fazer o esperado e demorado gol.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Propina no futebol: escândalo atinge empresas de mídia e de marketing esportivo. Na Argentina, um executivo é encontrado morto horas após ser acusado

Escândalo repercute na mídia internacional. Bloomberg e...


... e The Guardian publicam a denúncia feita em Nova York. 

Enquanto a seleção brasileira fazia sua partida morna e decepcionante contra a Inglaterra, no 0X0 do Wembley, ontem, em Londres, um jogo muito mais pesado se desenrolava em Nova York: as autoridades locais, onde o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, com um histórico de serviços prestados à ditadura militar, é acusado de extorsão, fraude financeira e lavagem de dinheiro, ouviam  uma das testemunhas de acusação.

Coube ao argentino Alejandro Buzarco ligar um enorme ventilador sobre detritos acumulados há décadas. E o vendaval por ele detonado chegou à Rede Globo. Buzarco, ex-executivo da empresa de marketing argentina Torneos y Competencias S.A também é réu no processo e acusou Globo, Fox, a empresa brasileira Traffic e a Televisa de pagarem propinas a dirigentes para assegurar direitos de transmissão de torneios internacionais.

Um breve histórico: a Globo mantinha um dos seus executivos, Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esporte, como o encarregado de fazer a ponte entre a poderosa rede, a CBF, a Comenbol e a Fifa. Nos bastidores, durante anos, Marcelo ficou conhecido o "cartola da Globo", tão semelhantes eram suas táticas com os movimentos subterrâneos da maioria dos dirigentes do futebol brasileiro.

Sempre defendendo os interesses da Globo, Pinto impunha horários de jogos, modificava tabelas, garantia a eterna exclusividade de transmissões e adiantava dinheiro de cotas para grandes clubes em aperto financeiro. A bola estava com ele, tinha poderes e cacife. Em novembro de 2015, poucos meses depois da prisão de José Maria Marin, na Suiça, a Globo anunciou que Marcelo se aposentaria no fim daquele mesmo ano.

Entre outras bombas, Buzarco contou que participou de uma reunião com Marin, Del Nero e Marcelo Campos Pinto, quando avisou ao grupo sobre uma "sobra" de propina. "Informei a eles que tinha mais 2 milhões de dólares de propina, dinheiro que Teixeira não havia coletado. Com a benção de Campos Pinto, ficou decidido que os 2 milhões seriam divididos entre Del Nero e Marin", disse Buzarco.

Em nota, a Globo afirmou que "não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina". Segundo a emissora, investigações internas apontam que jamais houve "pagamentos que não os previstos nos contratos". A empresa afirma que Marcelo Campos Pinto, em apuração interna, "assegurou que jamais negociou ou pagou propinas a quaisquer pessoas".

Tudo indica que Marcelo Campos Pinto vai segurar esse rabo de foguete. O julgamento prosseguirá em Nova York, mas dificilmente a Justiça brasileira vai se ocupar desse assunto. Corrupção privada no Brasil não é crime. E a CBF, ao contrário do Comitê Olímpico Brasileiro, daí a prisão de Carlos Arthur Nuzman, é uma entidade privada que não mexe com verbas públicas.

Do ponto de vista jornalístico, há um ponto curioso: acusações contra grandes empresas de mídia além de não prosperarem não costumavam ser divulgadas nos veículos do acusado e, muito menos, nos veículos concorrentes. Um pacto de silêncio protegia as corporações. Hoje, com as redes sociais e os sites independentes o silêncio torna-se impossível. O assunto está em todos os jornais. Ainda bem.

A Globo divulgou uma nota sobre o novo escândalo e promete noticiar todos os desdobramentos.

"Sobre o depoimento ocorrido em Nova York, no julgamento do caso FIFA pela justiça dos Estados Unidos, o Grupo Globo afirma veementemente que não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina.

Esclarece que, após mais de dois anos de investigação, não é parte nos processos que correm na justiça americana. Em suas amplas investigações internas, apurou que jamais realizou pagamentos que não os previstos nos contratos.

O Grupo Globo se surpreende com o relato envolvendo o ex-diretor da Globo Marcelo Campos Pinto. O Grupo Globo deseja esclarecer que Marcelo Campos Pinto, em apuração interna, assegurou que jamais negociou ou pagou propinas a quaisquer pessoas. O Grupo Globo se colocará plenamente à disposição das autoridades americanas para que tudo seja esclarecido.

Para a Globo, isso é uma questão de honra. Os nossos princípios editoriais nem permitiriam que seja diferente. Mas o Grupo Globo considera fundamental garantir aos leitores, aos ouvintes e aos espectadores que o noticiário a respeito será divulgado com a transparência que o jornalismo exige."

Como se pode ler na nota, a Globo fez "investigação interna" para apurar se a Globo pagou propina".

E isso mesmo, não é piada.

A emissora acaba de renovar com o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, também acusado na denúncia de Buzarco, os direitos exclusivos de transmissão dos jogos da Seleção Brasileira até 2022.

Sinal de que a bola deve continuar rolando, sem maiores tropeços. Ricardo Teixeira, ex-presidente, e Marco Polo del Nero, o atual mandante da CBF, dificilmente serão incomodados.

Por enquanto, apenas evitam viajar para o exterior espelhados no vacilo de Marin, preso em Zurique.

Vai que o longo braço do FBI os alcança.

Em matéria de CBF, Nova York não é aqui.

ATUALIZAÇÃO 
Jornais argentinos acabam de divulgar que Alejandro Delhon, um dos executivos denunciados por Alejandro Burzaco como envolvido em casos de propina no futebol, foi encontrado morto, ontem, nas proximidades de Buenos Aires. Segundo a polícia local, Delhon se atirou na frente de um trem na cidade de Lanús. As autoridade ainda apuram se foi suicídio ou assassinato. 

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Seleção Brasileira: quem vai ser o dono da bola das transmissões?

A CBF acaba de romper uma "tradição". A assessoria de imprensa da entidade anunciou ontem que entidade venderá os direitos de mídia dos jogos da seleção através de um processo de concorrência organizado pela agência suíça Synergy Football.

A Globo era, há décadas, titular exclusiva desses direitos e último contrato está no fim. Sua exclusividade em amistosos encerrou-se em dezembro do ano passado.  A Globo tem os direitos das Eliminatórias (até dezembro desse ano) e da Copa da Rússia.

Mas o Mundial do Catar, em 2022, já será negociado em breve sob o novo modelo.

Não se sabe, ainda, a reação da Globo.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Começa a Era Tite na seleção brasileira. Vamos torcer. Uma boa ideia seria levar os futuros convocados para ver de perto a histórica sala de troféus da CBF. Alguns podem morrer de vergonha. Mas a maioria vai ganhar moral para, quem sabe, botar mais uma taça naquelas estantes...

Tite no Museu da Seleção Brasileira, na sede da CBF. Foto de Rafael Ribeiro/CBF

Diante da taça do Penta, que já vai longe... Foto de Rafael Ribeiro/CBF


A Jules Rimet é réplica, mas um símbolo histórico que Tite reverenciou. Foto de Rafael Ribeiro/CBF


Vai começar a Era Tite. O gaúcho Adenor Leonardo Bacchi é, oficialmente, o novo treinador da seleção brasileira.

O ex-técnico do Corinthians, campeão brasileiro de 2015, é qualificado, ninguém duvida. E é oportuna a renovação em um momento crítico, com o Brasil ameaçado de não ir a Moscou 2018. Mas Tite vai ter que se superar para resolver o maior problema dos treinadores que assumem as seleção: encontrar tempo para treinar.

O novo treinador deu pistas de que vai tentar novos caminhos. Sinalizou que gostaria de assistir a treinos de clubes brasileiros. Tudo mundo sabe que é avassaladora a ofensiva de empresários e clubes estrangeiros sobre jogadores de base no Brasil. Muitos seguem para a Europa sem sequer serem percebidos pelos nossos clubes. Outros o são, claro e, muitas vezes, ainda adolescentes se rendem à força dos euros.

Equações difíceis para a prancheta do professor resolver.

Mas a sua intenção de olhar mais para promessas em ação no Brasil é elogiável. Daí talvez saia, quem sabe, um fórmula para treinar alguns convocados fora do calendário europeu restrito. Tite tocou, nos últimos dias, em um ponto sensível: os amistosos inúteis que, por contrato, patrocinadores armam para a seleção. Se as oportunidades para treinar o grupo já são raras que, pelo menos, sejam decentes os adversários nesses amistosos e não apenas frutos de jogadas de marketing.

Tite já fez uma espécie de estágio no Real Madri, observou o futebol europeu, mas voltou convencido de que o futebol brasileiro deve recuperar suas características, absorver evoluções e desenvolver seu próprio modo de jogar. Demonstrou, também, que quer escapar da armadilha de montar um time que seja Neymar+dez. Pretende igualar tratamentos, citou Philippe Coutinho como um jogador que terá especial interesse em treinar. No fundo, pode neutralizar o discurso da mídia de "seleção de um craque só" que desvaloriza outros jogadores e nem é real: Neymar mais faltou do que compareceu a momentos decisivos da seleção nos últimos anos.

Uma tarefa inadiável para Tite é fazer com que os jogadores, especialmente aqueles que atuam no futebol europeu, voltem a ter prazer em jogar pela seleção. Nos últimos anos, fossem quais fossem os treinadores, vestir a camisa pentacampeã passou a ser, por incrível que pareça, uma "roubada" para vários deles levados a trocar os times ajustados em que jogam por uma seleção que muitas vezes parecia estava mais perdida em campo do que chinelo de bêbado.

Mais significativos do que a opinião de jornalistas, que é sabidamente volúvel e pode mudar em poucos meses, Tite ganhou, ontem, apoio e incentivo de alguns craques campeões. Deve ter pensado neles quando percorreu a sala de troféus do Museu da Seleção Brasileira, na sede da CBF. Aquelas centenas de taças ali enfileiradas foram conquistadas por algumas lendas do futebol brasileiro, de várias gerações, que sabiam o que fazer em campo e sabem do que estão falando.

Taí, uma boa ideia seria Tite levar os próximos convocados para ver de perto aquela sala.

Por trás daqueles canecos há sangue, suor e lágrimas.

Para uns e outros, o risco é morrer de vergonha. Mas a maioria vai ganhar moral ao ver o que bola pode proporcionar quando é bem tratada.

sábado, 28 de maio de 2016

Copa América Centenário: Dunga sob cerco, Kaká como o Sobrenatural de Almeida e o que a mídia esportiva tem a ver com tudo isso...

Dunga durante treino no StubHub Center, na Califórnia. Foto de Rafael Ribeiro/CBF


por José Esmeraldo Gonçalves

O relacionamento de Dunga com a mídia esportiva, ou boa parte dela, jamais foi sereno. A isenção dos comentaristas em relação ao gaúcho passou longe, muitas vezes, do que deveria e o temperamento do ex-jogador o colocou em permanente defensiva, sempre pronto para comprar brigas.

Na Copa de 1990, quando o técnico da seleção era Sebastião Lazaroni e o Brasil não passou da primeira fase, Dunga, embora não fosse um protagonista, foi apontado pela mídia como o símbolo injustamente individualizado de uma era, a Era Dunga, de futebol opaco e defensivo. Aquela seleção foi um desastre - hoje até relativizado já que, apesar de tudo, não sofreu um mega vexame do tipo 7 X 1 - e tinha nomes dos quais se esperava muito mais como Bebeto, Careca, Ricardo Rocha, Alemão, Renato Gaúcho, Romário, Branco, Mauro Galvão etc. 

Mas sobrou para Dunga, talvez pelo seu jeito reservado a avesso a tapinhas nas costas. Em 1994, ele e vários dos passageiros do trem desgovernado de 1990 ganharam a Copa. Não sem críticas: para muitos, foi um mundial de futebol de resultados, sem brilho. Talvez, mas quem não viu luz nos gols de Romário e Bebeto, nas defesas de Tafarel, nos foguetes de Branco e no empenho e garra de Dunga?  No material da cobertura dos jornais e da revista Manchete, havia muitas fotos do volante sorrindo, mãos na taça, mas a mais publicada, na época, o mostrava raivoso, marrento, de punho fechado. Dunga lavou a alma e foi escalado na seleção da Fifa em 1994 (em 1998, também, quando foi vice após a convulsão de Ronaldo, vetado e em seguida espantosamente chamado por Zagalo já nas sombras do vestiário, enquanto o som do estádio anunciava Edmundo como titular na final contra a França, mas essa é outra história).    

Curiosamente, foi a imagem de garra e força de vontade na Copa de 1994 que levou Dunga a ser o técnico da seleção após outro desastre, o de Parreira, na Copa de 2006, com um time considerado forte e que era tido como favorito em função da constelação de craques. Mas aquela seleção foi ineficiente em campo, embora extremamente animada fora das quatro linhas. Liberalidade, compromissos com patrocinadores e com veículos, um certo excesso de folgas, a noite europeia e as louras alemãs livres e maiores de idade, tudo isso foi apontado com fator de perda de foco. Nesse ponto, os jogadores foram poupados pela mídia brasileira e coube às agências internacionais revelar, por exemplo, um flagrante de balada na Suíça, durante a fase de treinos, pouco antes da Copa. As fotos foram publicadas no Brasil, obviamente, mas como material adquirido da mídia europeia, embora as saídas noturnas de alguns atletas fossem conhecidas por quem cobria a seleção. Inegavelmente, a mídia demonstrava manter boas relações com Parreira e evitava levantar a bola da crítica. Claro que se o jogadores tivessem resolvido a parada em campo tudo acabaria bem e em um caminhão de bombeiro nas ruas do Brasil. Só que não deu ou melhor, tudo isso aí somado, deu no que deu. Depois, a CBF reconheceu que faltou o rigor que deveria haver na agenda de uma Copa do Mundo. Mas essas críticas do front alemão só ganharam divulgação depois que a França mandou o Brasil de volta para casa direto de Frankfurt.   

Após a nova frustração, a CBF surpreende ao chamar Dunga para botar ordem na casa. O treinador classifica a seleção, ganha a Copa América e a das Confederações, mas falha na hora dos vamos-ver. E na Copa da África do Sul, o Brasil, como na Alemanha, não passa das quartas de final. Não foi tranquila a Segunda Era Dunga. Ele foi marcado sob pressão pela mídia. Barrou investidas de apresentadores poderosos que queriam ter o acesso livre, como haviam tido na Alemanha, acirrou adversários, discutiu com repórter e proibiu entrevistas. Sob qualquer pretexto - até a camisa berrante ou o agasalho fashion do treinador - tudo virava crise, um clima péssimo para um time que disputava uma Copa. De novo, tudo isso junto, não apenas o time, não apenas o clima, carimbou a passagem de volta para o Brasil. 

Veio a Copa do 7X1, em casa, um novo desastre, dessa vez de proporções apocalípticas. Antes da Copa, Mano Menezes foi tragado e, durante, Felipão foi triturado. Ambos tiveram boas relações com a mídia. E o acesso à Granja Comari voltou a ser risonho e franco para patrocinadores, assessores de jogadores, amigos famosos e nem tanto etc. O Brasil chega às semifinais, mas melhor seria ter sido desclassificado antes, quando ainda restava alguma dignidade. 

Com a seleção de moral na grama, a CBF surpreende ao chamar Dunga para conduzir o Brasil à Copa do Mundo da Rússia. Dessa vez, até aqui, pode-se afirmar que a mídia está deixando o treinador em paz. Se critica seu esquema de jogo, a falta disso ou suas escalações e convocações - o que deveria ter sido desde sempre o foco das críticas - parou de encher o saco por querer que o gaúcho seja o máximo da etiqueta, um anfitrião, se derrame em gentilezas, faça sala na concentração e lhe conceda privilégios.   

Se ele vai chegar a Moscou? Muito difícil. Já não vai bem nas Eliminatórias. 

Se será o treinador do time nas Olimpíadas? Talvez. Mas para disputar a Rio 2016 ficaria mais confortável se ganhasse a Copa América Centenário, nos Estados Unidos. 

Com Kaká vai ser difícil. 

Dunga já convocou o jogador, mas o utilizou por poucos minutos. Não faz sentido. Só vejo uma "explicação" surreal: Kaká está morando nos Estados Unidos, jogando em uma daquelas ligas de aposentados e a Comissão Técnica deve ter preferido economizar nas passagens aéreas.  

O Sobrenatural do Almeida, a quem Nelson Rodrigues recorria para explicar o inexplicável, anuncia turbulências nos voos da seleção.  

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Fifa: é difícil saber o que é mais sujo, se a corrupção dos cartolas ou o jogo político dos Estados Unidos com vistas à Copa de 2018...

O atual escândalo da Fifa só é novidade para
quem não leu o livro de David A. Yallop. A edição brasileira
 foi lançada em 1998 e praticamente ignorada pela mídia.
Explica-se: um dos alvos do livro, João Havelange,
era então figura íntima dos empresários que controlam
a comunicação no Brasil.
Em 1998, foi lançado no Brasil o livro "Como eles roubaram o jogo", de David A. Yallop, com os "segredos dos subterrâneos da Fifa". Muito do que você lê nos jornais de hoje está detalhado lá. O livro denuncia a polêmica atuação de João Havelange no comando da entidade e o modus operandi de dirigentes, empresas de marketing e patrocinadores. O livro de Yallop quase não repercutiu no Brasil. A mídia não deu muita atenção ao calhamaço de denúncias. Poderoso e íntimo dos 'capi' da imprensa, Havelange, que Yallop chama de "Rei Sol', foi poupado, à época, por jornais e revistas. Qualquer jornalista que atuou no esporte durante os anos dourados do "Rei Sol" sabe que jornais, revistas e TVs não publicavam matérias críticas ao poderoso ex-presidente da CBD, da CBF, da Fifa e membro do Comitê Olímpico Internacional. Ao contrário Havelange desfilava em tapete vermelho nas redações e só cairia em desgraça uma década depois a partir de acusações de envolvimento na escolha de países-sede de Olimpíadas alvo de investigações e processos na Europa. "Como eles roubaram o jogo" revela não apenas propinas e subornos ou pagamentos em dinheiro para cabalar votos de confederações como manipulação extra-campo (jogadores suspensos e rapidamente absolvidos à véspera de jogos importantes, escalação duvidosa de árbitros, coisas do tipo). Até a famosa ISL, empresa suíça de marketing esportivo que foi saudada pela mídia brasileira com exemplo de profissionalização do futebol ao assinar contrato com o Flamengo há cerca de 15 anos, tem suas digitais nos fatos levantados pelo livro-reportagem de Yallop. A ISL, que intermediava patrocínios, prometeu investir 80 milhões de dólares no clube brasileiro. A parceria virou escândalo com denúncias de lavagem de dinheiro em paraíso fiscal. A empresa suíça foi acossada nos anos seguintes, pediu falência e deixou dívidas para o Flamengo pagar. Um detalhe importante: quando o Flamengo assinou contrato, a ISL já era personagem do escândalo denunciado no livro "Como eles roubaram o jogo". As matérias da época, apesar do livro lançado dois anos antes, não fizeram essa ligação. A mídia via a chegada da ISL como uma espécie de "abertura dos portos" do futebol. Tudo isso era conhecido, incluindo-se as suspeitas recorrentes sobre as vendas de milionários direitos exclusivos de transmissão de campeonatos. As denúncias atuais, que levaram à prisão, entre outros, do "revolucionário" de 1964, o servidor da ditadura José Maria Marin, merecem várias leituras. É bom não comprar gato por lebre. Que a corrupção existe, ninguém duvida. Por aqui, já houve a famosa CPI da Nike, implodida pelos deputados da chamada "bancada da bola" eleitos pelo financiamento privado de empresas e interesses ligados ao futebol brasileiros, de entidades a clubes e patrocinadores. Esse mesmo financiamento privado que a Câmara dos Deputados acaba de perpetuar e que equivale a um "investimento", a empresa banca eleições e depois vai cobrar resultados do seu "legislador-funcionário". No ano passado, a Polícia Federal desvendou um esquema multinacional de venda de ingressos para a Copa, uma espécie de rico mercado paralelo. Houve prisões seguidas dos habituais habeas corpus e o escândalo deu em nada. Há duas semanas, o Estadão revelou um estranho contrato que a CBF fez com uma empresa de marketing que manda e desmanda na programação de amistosos da Seleção. Agora, surge essa surpreendente operação do FBI. O mérito da ação é trazer à tona mais uma vez o jogo de propinas e subornos. A dúvida é quanto aos reais propósitos da operação deflagrada às vésperas das eleições na Fifa, com os Estados Unidos apoiando o  príncipe jordaniano Ali, representante de um país aliado. Para os estadunidenses, seria vital assumir o controle da Fifa às vésperas da Copa do Mundo de 2018, cuja sede é a Rússia. Com o revitalização da "guerra fria", Estados Unidos e a sempre submissa União Europeia, em choque com Moscou, trabalham para viabilizar um boicote ao mundial. Está mais do que claro o objetivo político da investida do FBI na Suíça. O alvo é a Copa de 2018. É o caso típico de um "cavalo de Tróia", que é a "boa causa" (o combate à corrupção), que leva nas entranhas o inconfessável objetivo de passar a manipular o futebol através de um entidade que tem mais países filiados do que a ONU. Um aspecto que está em debates entre especialistas do Direito Internacional é o fato de a polícia americana, obviamente com a colaboração das autoridades suíças - o que não é difícil de conseguir, já que a Suíça está longe de ser uma potência e não tem condições de resistir a pressões, nem as mais leves, dos Estados Unidos - estender um braço até Zurique a partir de investigações desconhecidas pela justiça suíça, que mansamente acatou as ordens de prisões.Trata-se, mesmo que se apoie o resultado em função da transparência que se exige no futebol, de um perigoso precedente. Não é por apoiar a investigação  - e espera-se que através da Polícia Federal, produza efeitos também no Brasil -, que se deve esquecer certos aspectos da ação contra a Fifa. Não há mocinhos nesse jogo.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Racismo no futebol: Alô, jogadores, hora de sentar na bola e parar o jogo...

por BQVManchete
Já há alguns anos, este blog se manifesta favorável a uma campanha para sensibilizar os jogadores de futebol a interromper a partida sempre que vierem das arquibancadas ofensas racistas. Sentam na bola e esperam a polícia e os cartolas agirem, identificarem os racistas, botarem os canalhas pra fora e prendê-los devidamente.
Obviamente, esse tipo de campanha não vai partir de jornais, TVs e emissoras de rádio que têm interesses no futebol. O goleiro Aranha bem que tentou parar o jogo mas o juiz fingiu que não ouviu. Os colegas demonstraram solidariedade mas seguiram tocando a bola.
Um jogador sob bombardeio de ofensas e até de objetos lançados por racistas perde as condições psicológicas para continuar jogando, pode até perder a cabeça, partir para as arquibancadas e tentar resolver a questão no braço. E, se o fizer, não poderá ser criticado por isso. Retirá-lo de campo é premiar o racismo. Então, só resta uma atitude decente e segura: interromper o jogo.
A sociedade tem que se mexer. O Bom Senso Futebol Clube também. Chega de campanhas, faixas, apelos. Já se viu que nada disso tem funcionado. Ou a lei é imposta ou o Brasil, a CBF, a Fifa e as Federações estaduais, além dos dirigentes do clubes, Ministério dos Esportes, ministério da justiça, Ministério Público, seremos todos cumplicies de racismo.
O site Viomundo publica um texto bem fundamentado sobre o assunto. Leia.

RACISMO, FUTEBOL E O LIVRE MERCADO DO ÓDIO
por Silvio Luiz de Almeida*
Os gritos de “macaco” e “preto fedido” dirigidos ao goleiro Aranha, do Santos – um dos poucos goleiros negros nos times de ponta do futebol mundial – colocaram, mais uma vez, o racismo no esporte no centro do debate público.

Vítima de ofensas racistas por parte da reincidente torcida do Grêmio, Aranha contou em entrevista concedida após o fim da partida que tentou alertar o árbitro, mas foi ignorado. Na súmula do jogo não foi feita menção ao episódio e o assistente, por sua vez, relatou que “nada houve de anormal”.

Assim que o caso ganhou repercussão nacional, as reações do público, da imprensa e das entidades esportivas seguiram o scriptusual: declarações de dirigentes, treinadores e jogadores condenando a atitude racista da torcida do time gaúcho; o árbitro emendando posteriormente a súmula para incluir o ato racista, com o intuito de se precaver de críticas e de eventual responsabilização jurídica; o linchamento moral de uma torcedora em particular que, para seu azar, foi flagrada pelas câmaras de TV enquanto gritava na direção do goleiro santista.

A isso se seguiram reportagens mostrando o quanto a atitude da jovem torcedora gremista surpreendeu seus “amigos negros” (nestes casos, quase sempre aparecem amigos negros para relativizar o racismo), além, é claro, de especulações sobre como a justiça desportiva trataria “esse” caso, como se casos de racismo fossem ocorrências inusitadas.
Para se entender a dinâmica macabra com que estes eventos vêm se repetindo, é necessário entender que o racismo é um processo e não um ato ou conjunto de atos isolados.

Assim, os atos racistas são apenas o modo como o racismo, enquanto processo que reafirma a inferioridade de negros e negras, manifesta-se na vida social. Por isso, é possível identificar determinados atos de violência, ainda que isolados, como manifestações de um tipo específico de relação de dominação a que chamamos de racismo.
Mesmo ocorrendo cotidianamente, é curioso que atos de racismo sejam tratados como atos isolados. É com freqüência que a imprensa nacional e internacional noticia casos de jogadores de futebol negros que são agredidos por torcedores.

E apesar do relato de diversos atletas de que nas partidas ofensas raciais são corriqueiras, as entidades organizadoras, as autoridades governamentais, a imprensa e até os próprios jogadores tratam os sucessivos episódios como “casos isolados”, que jamais “refletem a postura dos clubes e da maioria da torcida”.

Todavia, a ideia de excepcionalidade das agressões racistas não resiste a uma simples olhadela no noticiário: o caso do goleiro santista é mais um dos inúmeros “atos isolados” de agressão racial no futebol ocorrido somente este ano.

Tratar atos racistas como isolados revela-nos um dos efeitos mais nefastos do racismo: a ocultação e a negação de seu caráter processual e sistêmico. Com isso, o racismo aparece enganadoramente como tendo origem no sujeito que pratica o ato racista e não como um elemento estruturante das relações sociais.

Surge então a tendência a fulanizar o racismo, a atribuir culpa individual, a julgar o problema como inerente à natureza humana ou creditá-lo a um desequilíbrio momentâneo do sujeito racista, sem que se cuide da forma como as relações sociais são permeáveis ao racismo.

Esse tipo de abordagem do racismo equivale a tratar apenas o sintoma sem pensar na doença. E o sujeito racista é um sintoma do racismo. Portanto, não é simplesmente o racista que dá origem ao racismo, mas é o racismo que cria o racista.

Com isso quero dizer que o racismo se reproduz porque encontra condições favoráveis para isso. Não é só a violência de quem chama negros e negras de macacos que configura a processualidade do racismo, mas, igualmente, a omissão de quem nada faz para interromper o andamento desse processo.

O racismo está principalmente nos silêncios, nas ausências e nos “não-ditos”. Diante da ofensa racista, o rosto que se vira covardemente para o lado contrário, a cabeça que se abaixa na vergonha conveniente e o sorriso de cumplicidade formam o “vazio” por onde escorre o sangue da vítima que nutre o monstro do racismo. É a hesitação diante do pedido de socorro e é o calar-se diante da ofensa que permite ao racismo se enraizar nas relações, normalizando a destruição do corpo e o tormento da alma.

Nesse sentido, pode-se dizer que o futebol profissional se alimenta do racismo e da violência. O estímulo à competitividade sem limites e a busca de lucros extraordinários são parte da realidade do esporte contemporâneo, romantizada pela falácia do “amor à camisa”, do fair play e pelas pífias declarações de “diga não ao racismo”, como se racismo fosse uma questão moral e não uma questão de poder.

As inúmeras denúncias de corrupção nas principais entidades organizadoras, assim como a persistência do racismo, demonstram que se está diante de um problema que deita suas raízes mais profundas nas grandes disputas políticas e econômicas do nosso tempo.
Nas análises da relação entre o racismo e as práticas esportivas tem-se freqüentemente desconsiderado as relações com a ordem econômica.
Há que se observar que a mercantilização do futebol empurrou a disputa esportiva para além dos campos. O torcedor-consumidor é mobilizado pelo clima de disputa e não pela beleza do futebol. A rivalidade entre torcidas que, em última instância, é a extensão da concorrência mercantil entre clubes e empresas patrocinadoras, faz com que acima da vitória de seu time, o torcedor busque seu maior regozijo na derrota e no lamento adversário, transformado em inimigo por narrativas que, repetidas à exaustão, criam rivalidades aparentemente irracionais e insuperáveis: corintianos x palmeirenses, brasileiros x argentinos, flamenguistas x vascaínos, atleticanos x cruzeirenses, colorados x gremistas etc.
Muitas destas rivalidades, tão úteis para aumentar a audiência de jogos e “mesas redondas”, além, é claro, dos lucros, são ideologicamente sustentadas por antagonismos de classe, de raça e de origem social, surgidos fora dos campos de futebol.

É desse modo que nacionalismos, regionalismos e racismos ajudam a demarcar a diferença entre torcidas, cujos integrantes pagarão ingressos caríssimos para adentrar as “arenas” cada vez mais exclusivas e elitizadas, com suas camisetas e acessórios e com seus hinos e cânticos, para eventualmente fazer de modo livre o que não seria visto com bons olhos na vida cotidiana, como, por exemplo, chamar de “macaco” um desconhecido que nunca lhe fez mal e que, provavelmente, nunca mais encontrará na vida.

Também é interessante notar que nos países do capitalismo central, sofisticados aparatos de vigilância e repressão conseguem limitar a externalização de impulsos mais extremos por parte da torcida; mas ao mesmo tempo em que parte da violência física entre torcidas está contida, o racismo se torna um problema cada dia mais presente.

O futebol deu ao racismo um tom “recreativo”, na feliz expressão do professor Adilson Moreira, ao se referir a um tipo de violência racial vista como natural e aceitável em momentos de descontração. Assim, o xingamento da torcida passa a fazer parte do jogo.

O futebol cria, assim, um espaço próprio, uma espécie de livre mercado do ódio em que a ofensa racial se torna a expressão do torcedor apaixonado, que pagou o ingresso justamente para ter o “direito” de extravasar seus piores sentimentos.

o jogador negro que se cale, pois está sendo pago para jogar (bem) e para suportar os insultos de ambas as torcidas (o que entender quando o árbitro ignorou a reclamação do goleiro Aranha?). E a fim de evitar que esse processo de catarse seja interrompido por quem desconhece a lógica desse consenso às avessas que impera no futebol, até o julgamento dos conflitos é tratado de modo distinto: cabe aos tribunais desportivos resolver conflitos conforme as regras do mundo encantado e “livre” do futebol.

Por esse motivo é muito raro que atos de racismo ocorridos no campo, salvo os de enorme repercussão, sejam tratados pelas leis penais. E mesmo quando alcançados pelas leis penais, restringem-se ao tipo da injúria racial, que faz parecer que o racismo, mais uma vez, é tão somente uma questão moral. Tratar os casos de racismo no âmbito desportivo é uma forma sutil de dizer que no futebol o racismo é permitido, mas desde que com certos limites.

Porém, muitos daqueles que agora demonstram indignação com as atitudes de parte dos gremistas, em particular da infeliz torcedora enxovalhada até com ofensas machistas, estão com ela e com os demais torcedores racistas acumpliciados. São igualmente racistas porque sustentam-se, servem-se e garantem seu modo de vida com o sofrimento de negros e negras, dentro e fora dos gramados, seja por ação, seja por omissão.

São cúmplices e, portanto, racistas, a FIFA, as federações de futebol, os clubes, as comissões de arbitragem e as comissões técnicas que com sua leniência, incentivam a violência racista nos estádios e fora deles. Não custa lembrar que os dirigentes destas entidades são na sua maioria homens brancos, o que ajuda a explicar em parte a total insensibilidade para com o racismo no futebol.

São cúmplices do racismo, dentro e fora dos campos,  as autoridades do Estado, com destaque especial para membros do Judiciário e do Ministério Público, que quando não são omissos, mostram-se, muitas vezes, condescendentes com atos racistas, ajudando a legitimar, legalizar e a propagar a violência racial travestida de “liberdade de expressão”.
São cúmplices do racismo as redes de comunicação, bem como seus jornalistas, cronistas esportivos e apresentadores que ajudam a reforçar a visão individualista e idealista do racismo como “ação isolada” e problema moral, fabricando falsas rivalidades geradoras de violência e concorrendo para a interdição do debate político tanto em relação à importância social do esporte, quanto em relação ao racismo.

São cúmplices do racismo os treinadores – quase todos brancos, o que reforça a imagem do negro como comandado e subalterno –, além dos jogadores de futebol, em especial, os grandes astros, negros e brancos, que poderiam e deveriam interromper as partidas e até mesmo abandonar o campo diante de casos de racismo.

Isso teria um forte impacto, muito mais do que comer bananas lançadas no campo por torcedores racistas, ato que só reafirmou o caráter recreativo do racismo no futebol e propicia algum lucro e momentos de fama nas redes sociais aos mesmos racistas e oportunistas de plantão.

Mas que jogadores terão a coragem necessária de dar esse passo e entrar para história depois de enfrentar os clubes, as entidades, parte da imprensa e, principalmente, os interesses políticos e econômicos que se formam em torno do racismo?

Nesse momento, seria interessante saber dos líderes dos movimentos Bom Senso Futebol Clube e Atletas pelo Brasil se há propostas para coibir o racismo. Persistindo o silêncio, já se poderá concluir que a lógica racista do futebol profissional interdita qualquer espécie de bom senso.
* Presidente do Instituto Luiz Gama. Doutor em Direito pela USP. Professor de Filosofia e Teoria Geral do Direito e de Ciência Política das Faculdades de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Universidade São Judas Tadeu.

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sábado, 30 de agosto de 2014

Racismo no futebol brasileiro: Já passou da hora de botar na cadeia esses criminosos e criminosas. A Justiça está esperando o que? A bandeira nazista nas arquibancadas e a suástica nas camisas?

por BQVManchete
Cenas explícitas de crime. Mais uma vez. Anunciam apuração, investigação, multas, punição, mas o desfecho corre o risco de ser, como tem sido, a impunidade. Autoridades civis e esportivas estão deixando o jogo do racismo correr. Até quando? Até o assassinato de um jogador, como aconteceu com o camaronês Albert Ebosse recentemente? Até verem a bandeira nazista tremulando nas arquibancadas? Há quem argumente que o clube não deve ser punido. Claro que deve. Pelo Estatuto do Torcedor, o clube é responsável. Só assim os demais torcedores, os normais, reagirão contra aqueles doentes racistas que podem prejudicar o clube. E os seus dirigentes se esforçarão de verdade para fiscalizar e identificar os agressores. Colunistas identificados com a direita costumam minimizar esse episódios. Mesmo fora do futebol. Recentemente, um escritor gaúcho xingou nordestinos, foi criticado, mas recebeu apoios de algumas dessas "celebridades" que transitam por aí na mídia. Mas voltando ao futebol, está na hora de a CBF, a Justiça, a justiça esportiva, a polícia, a Fifa, o Ministério dos Esportes obedecerem à lei que pune no Brasil o crime de racismo. 
E já, antes de qualquer coisa, que os jogadores se unam e passem a interromper a partida sempre que houver um manifestação racista. Devem sentar na bola e no campo até que a polícia e os dirigentes identifiquem e prendam os torcedores racistas.  
A torcedora do Grêmio, Patricia Moreira, xingou o goleiro Aranha, do Santos. O clube gaúcho diz que identificou dez racistas nas arquibancadas. O goleiro deu queixa criminal.  Que esses elementos, ao contrário de casos anteriores onde a regra foi passar a mão na cabeça dos intolerantes, sejam finalmente condenados pela Justiça.

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quarta-feira, 11 de junho de 2014

Já tem Copa. Vamos torcer por vitórias dentro e fora de campo

Celular na mão, torcida recebe a Seleção na chegada a São Paulo. Foto Rafael Ribeiro/CBF

Neymar, a esperança de gols e de futebol-arte. Foto de Rafael Ribeiro/CBF
por Eli Halfoun
Vai ter Copa? É uma pergunta que ficou sem sentido. Já tem Copa e quando a nossa seleção entrar amanhã em campo só nos restará torcer (e torcer com entusiasmo) para que o hexa fique aqui. A torcida contra a realização do campeonato não deu em nada. Agora é um apaixonado sentimento verde e amarelo que toma conta do país. O povão está botando fé no time comandado por Felipão e isso vale muito. Mesmo que o Brasil não conquiste o hexa apesar de seu favoritismo, depois da Copa restará perceber se o tão prometido legado realmente beneficiará a população e se não jogamos dinheiro fora. Aposto que todo trabalho de construção de estádios, de melhoria nos aeroportos e nos novos caminhos que poderemos percorrer nos mostrarão que esse novo caminho é que nos levará com força e fé para outras conquistas de infraestrutura e, portanto, de melhor qualidade de vida para a população. Se a seleção conquistar o hexa o otimismo para perceber as melhorias será maior, mas se não ganhar (o que acho difícil) também poderemos enxergar as novas conquistas. Vencer no campo depende dos jogadores, mas vencer o adversário maior do país depende exclusivamente de nós. Essa é a principal taça que teremos de conquistar e levantar. Pra frente Brasil. (Eli Halfoun)

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Deu no IG - A Seleção começou mal. Porteira aberta? Felipão amoleceu?



Reprodução IG

Técnico repetiu formação que venceu a Espanha há um ano em atividade que teve festa dos jogadores para Luciano Huck

O técnico Luiz Felipe Scolari fez o primeiro treino com definição de titulares da seleção brasileira na manhã desta quinta-feira na Granja Comary, em Teresópolis. A 14 dias da estreia na Copa do Mundo contra a Croácia, dia 12 de junho, em São Paulo, a CBF concedeu acesso especial ao apresentador Luciano Huck, que interrompeu a atividade ao lado dos filhos Joaquim e Benício. Do lado de fora do CT da seleção, crianças da região de Teresópolis gritaram os nomes de Neymar, Felipão e Fred, mas não tiveram acesso liberado pela CBF. (Reprodução IG)
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(da Redação BQVManchete)
Ontem mesmo, este blog analisou a questão de privacidade da seleção importante em um momento em que começa a treinar para valer, treinamento este que terá que se desenrolar em menos de duas semanas. Tempo que deve ser bem aproveitado. Este BQVM chegou a lembrar as portas abertas da concentração da seleção na Alemanha, em 2006, escancaradas "bundalêlê" de celebridades. O treinador Dunga pagou caro por impedir a mesma "festa" na África do Sul, em 2010. Foi alvo de campanha intensa e demolidora. Felipão, como Dilma Rouseff, tem fama de "gerentão". Dilma anda com essa imagem arranhada. Felipão começou mal. O "durão" amoleceu? Segundo o IG, pelo menos uma celebridade chegou a interromper o treino, hoje, em Comary. A foto mostra um espécie de cercadinho vip. Se isso for um indício de que a concentração se transformará em locação para programas de TV e área de lazer para famosos, a bagunça vai se instalar. Todo mundo vai querer fazer selfie com os jogadores, incluindo políticos amigos da cúpula da CBF. Depois de 64 anos, o Brasil volta a sediar uma Copa. Há vários livros que contam como foi prejudicial para a seleção, na época, a romaria de figuras públicas que queriam "tirar uma casquinha", como se dizia naqueles tempos, junto aos craques. Diz-se que na noite anterior ao jogo contra o Uruguai, os jogadores foram dormir tarde tantos eram os apertos de mão e tapinhas nas costas que tiveram que aturar. Com a derrota na final, a seleção virou maldita e os famosos de então sumiram para voltar a aparecer junto aos jogadores só após a Copa de 58. Eles gostam de tempo bom. Segundo a matéria publicada no IG, crianças de Teresópolis queriam chegar perto dos jogadores mas foram barradas. Jornalistas presentes a Comary revelaram que o jogador Hulk fez questão de ir ao encontro dos barrados no "baile", deu autógrafos e tirou fotos ao lados dos torcedores. A maioria dos jogadores não gosta desse assédio de figuras partilham, nesses momentos, a exposição dos craques na mídia. Vários estão disputando posição e gostariam de de fixar nessa tarefa. Mas não são eles que vão dizer não à invasão. Se fizerem isso provavelmente se tornarão alvos de campanhas. 
Pouco poderão fazer se a "chefia" abrir as porteiras.  

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Racismo no esporte: NBA dá exemplo à FIFA e à CBF e mostra que campanhas só não bastam...



(da Redação)
Dois fatos mostram que só ações efetivas contra o racismo poderão combater os imbecis que se manifestam nos estádios. Nos Estados Unidos, a NBA logo afastou do esporte o milionário dono do Los Angeles Clippers, que foi multado em 2,5 milhões de dólares, não poderá mais frequentar estádios, os patrocinadores do clube suspenderam contratos e ele terá de vender a franquia do clube. Reação justa e à altura. Só faltou a cadeia e perder a namorada que posou ao lado Magic Johnson, motivo da declaração racista do empresário pilantra.
Já o Villarreal, da Espanha, finalmente se rendeu às pressões e reagiu ao racismo, banindo o torcedor do seu estádio. O clube, o Villarrea, que apontou o torcedor para a polícia, mostrou que quando querem os dirigentes identificam facilmente um autor de agressões racistas. Já a Federação Espanhola permanece passando a mão na cabeça dos agressores com a surrada desculpa de que foi um "ato isolado". Há que diga que os clubes não devem ser responsabilizados a pagar por um ato de um ou mais torcedores. Não é bem assim. Se o clube não se omite, aponta o agressor, denuncia à polícia e o afasta do seu estádio mostra que não está conivente com o racismo. Ok, está limpo. Se, ao contrário, como tem acontecido com frequência na Europa e no Brasil, se omite e lava as mãos, merece ser punido. Com a agravante de que no Brasil racismo é crime previsto no Código Penal (a propósito, é bom que os torcedores estrangeiros que vêm para a Copa sejam informados desse importante detalhe). Cabe também aos jogadores, que no episódio do Daniel Alves mostraram ativa solidariedade, passarem da intenção para a ação. Parar o jogo após um agressão racista é uma forma de protesto. Simples: a bola só volta a rolar depois que o torcedor ou torcedores idiotas forem retirados do estádio direto para a delegacia. Os jogadores do Los Angeles Clippers foram à quadra e tiraram a camisa do clube em repúdio ao racismo. Gestos como esse dos atletas do basquete americano e de Daniel Alves, que transformou a banana em símbolo do repúdio à intolerância, são importantes e simbólicos. Mas devem ser acompanhados de punições legais e efetivas.
Atualização: Segundo o site Superesporte, a policia espanhola acaba de deter o torcedor que lançou uma banana em direção do lateral DAniel Alves. Identificado como David Campayo Lleo, ele é funcionário do Villarreal.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Racismo no futebol: só cadeia e punições pesadas vão coibir as agressões. Campanhas só não bastam. Se um jogador é vítima de racismo no estádio, seu time deveria parar o jogo


(da Redação)
A Espanha é, no momento, o foco de episódios racistas em jogos de futebol. A vítima mais recente foi Daniel Alves, do Barcelona, ontem. Ao se posicionar para cobrar um escanteio, ele foi alvo de uma banana atirada por um torcedor do Villa Real. Com digna ironia, Daniel comeu a banana e cobrou o escanteio. Cobraria outro, em seguida, que resultou no gol da virada do Messi. Valeu como resposta. As agressões se repetem e não se tem notícia de qualquer repressão aos intolerantes por parte das autoridades esportivas ou civis do país. Se, no Brasil, em casos semelhantes, as punições são brandas - embora racismo seja crime previsto no nosso Código Penal - a Espanha deixa corre livre o preconceito. Há um pouco de História por trás desse comportamento - a Espanha foi aliada de Hitler e viveu muitos ano sob a ditadura fascista de Franco, que ainda tem muitas "viúvas" no país e até deixou como "herança" uma família real nomeada pelo ditador e atualmente envolvida em casos de corrupção. A Fifa limita-se a campanhas que já se revelaram inócuas. Os racistas lá fora e aqui no Brasil não se deixam levar por faixas, cartazes e anúncios bem-intencionados. Está na hora de rever o regulamento. O juiz deve obrigatoriamente paralisar a partida diante de manifestações racistas. Se os dirigentes não identificarem para a polícia através de vigilantes ou de câmeras internas o torcedor ou torcedores racistas o clube deve perder os pontos do jogo, sem prejuízo de outras punições. A atitude de Daniel Alves foi significativa mas não basta. Se a Fifa não cria punições imediatas para esses casos, caberia aos jogadores sentar em campo e se recusar a dar continuidade ao jogo enquanto o torcedor ou torcedores racistas não saírem da arquibancada direto para a cadeia.
ATUALIZAÇÃO - Em gesto inédito na Espanha, o Villa Real tomou a iniciativa de banir do seu estádio o torcedor responsável pela agressão a Daniel Alves. É importante a atitude do clube, assim como as manifestações de apoio ao jogador nas redes sociais, mas é pouco. O caso é de polícia e de retaliação que doa no bolso dos responsáveis. Um bom exemplo deram os patrocinadores do Los Angeles Clippers que suspenderam os contratos de publicidade após manifestação racista do dono do clube de basquete, o empresário Donald Sterling. É bom que grandes marcas sejam cobradas nas redes sociais por apoiar clubes ou entidades como a Fifa, a CBF e outras que não tomam providências pesadas em casos de intolerância racial. Nesses casos, não vale brincar. Nem mesmo como fez recentemente o presidente do São Paulo ao declarar em entrevista à rádio Bandeirantes que o meia Kaká, do Milan, poderia ser contratado nesta temporada. O sujeito, Carlos Miguel Aidar, respondeu literalmente: "Gostaria muito de ter Kaká de volta. Tem a cara do São Paulo, alfabetizado, tem todos os dentes na boca, fala bem, joga bem, faz gols, mas não tem como competir com os árabes e os chineses. Se der para trazer, esse é um jogador que cai feito uma luva no São Paulo". Sem comentários. .


terça-feira, 14 de maio de 2013

Copa das Confederações: Felipão convoca 11 jogadores que atuam no Brasil.

Felipão anuncia nesta manhã de terça-feira os convocados para a Copa das Confederações. Foto: Divulgação/CBF

Ontem, com Parreira e Mutosa, ele definiu a lista. Foto: Divuilgação/CBF
por JJcomunic
Felipão anunciou hoje os 23 convocados parta disputar a Copa das Conderações, de 15 a 30 de junho e, antes, jogar amistosos contra a Inglaterra, dia 2 de junho, no Maracanã, e contra a França, dia 9, em Porto Alegre. Veja o novo grupo de Felipão, com Ronaldinho e Kaká de fora e com 11 jogadores que atuam no Brasil. 


Goleiros
Julio Cesar - Queens P. Rangers
Diego Cavalieri - Fluminense
Jefferson - Botafogo

Zagueiros
Thiago Silva - Paris Saint Germain
Rever - Atlético Mineiro
David Luiz - Chelsea
Dante - Bayern de Munique

Laterais
Daniel Alves - Barcelona
Jean - Fluminense
Marcelo - Real Madrid
Filipe Luís - Atlético de Madrid

Meio-campo
Fernando - Grêmio
Hernanes - Lazio
Luiz Gustavo - Bayern de Munique
Paulinho - Corinthians

Meia atacantes/atacantes
Jadson - São Paulo
Oscar - Chelsea
Lucas - Paris Saint Germain
Hulk - Zenit
Bernard - Atlético Mineiro
Leandro Damião - Internacional
Fred - Fluminense
Neymar - Santos


sábado, 24 de setembro de 2011

por Gonça
Quem frequenta este blog já leu sobre a remota mas viável possibilidade de a Fifa transferir a Copa de 2014 para outro país. Depende só do Brasil. Espanha, Inglaterra e Colombia estão citados como regra três. E nem se trata de um exercício de adivinhação. A história da Fifa mostra que a mudança de sede nem seria novidade: já aconteceu por duas vezes. Hoje, em O Globo, a coluna Ancelmo Gois noticia um suposto comentário de Joseph Blat, presidente da entidade, sobre a hipótese de descredenciar o Brasil. O motivo seria a Lei Geral da Copa que o governo acaba de enviar para o Congresso. A legislação especial faz parte do acordo de todos os países que recebem o evento da Fifa e, no projeto apresentado por Dilma Rousseff, estaria caracterizado o rompimento do contrato assinado pelo governo brasileiro, em 2007, ao se candidatar a sediar a Copa. A Fifa estaria insatisfeita com cláusulas da lei referentes aos seus patrocinadores oficiais, ingressos, credenciamento, combate ao marketing pirata (que é quase questão de honra para a entidade que vende suas cotas de patrocínio legítimo por bilhões), gratuidades e até transmissão de TV. Tais itens - como relata hoje a coluna Panorama Esportivo, de Jorge Luiz Rodrigues e Maurício Fonseca, no mesmo jornal, não obedeceriam ao que foi acertado já este ano em reunião da Fifa com o governo. E no acordo oficial existe uma cláusula (a 7.7 do Host Agreement) que estabelece o dia 1° de junho de 2012 como prazo final para a Fifa romper o contrato caso os regulamentos previstos não tenham sido implantados pelo país sede.
Além das dificuldades para a realização de obras (estádios e infraestrutura) e das dsiputas políticas que incluem as estocadas com foco eleitoral da oposição ao governo, fica claro que há problemas institucionais, pra variar e dizer o mínimo, no comitê organizador. Goste-se ou não de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, e Blatter o chefão da Fifa, é com eles que as autoridades brasileiras terão que trabalhar. Aparentemente, a julgar pelos últimos eventos, Dilma aliou-se ao Pelé e deu um chega pra lá na CBF ( e aqui não vai qualquer defesa da dupla Teixeira-Blatter ou crítica à função de Pelé com Embaixador), estratégia que não vai ajudar em nada, ao contrário. Que fique claro que táticas provincianas e conchavos do tipo que o governo aplica nas suas disputas e acertos com o PMDB ou a tal "base aliada" não vão funcionar no caso. Não por acaso, Copa do Mundo é evento ambicionado por todos os países. Para o Brasil, arroubos patrióticos à parte, é pegar ou largar.
A Copa não subiu ainda no telhado. Mas a escada 7.7, número da cláusula sinistra, já está encostadinha na parede... 

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Site da CBF desmente Folha de São Paulo

Deu no site da CBF:
"Folha de S.Paulo insiste, e se repete, com informação que não é verdadeira"

"A Folha de S.Paulo está se tornando repetitiva na maneira como insiste em publicar informações relativas à Seleção Brasileira que não condizem com a verdade. Da mesma forma, a CBF lamenta, mais uma vez, ter de repetir um desmentido a informação equivocada. Ratificando: o presidente da CBF jamais ”sondou” Luiz Felipe Scolari para ser técnico da Seleção Brasileira após o Mundial da África do Sul, conforme está na matéria publicada na edição desta sexta-feira, dia 25 de junho, com o título “Fantasma” de Scolari ronda rivais de hoje.A Folha, portanto, e para encerrar, publica uma informação que não é verdadeira."