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domingo, 1 de novembro de 2009

Um grito coletivo

por Eli Halfoun
Socorro - essa foi a única palavra (ou teria sido um grito) que a bonita e talentosa atriz Bia Seidl usou em recente entrevista (dessas rapidinhas que tentam mostrar o perfil de uma celebridade através de gostos e comportamento) para definir o Rio de Janeiro. Não poderia ser mais apropriado e definitivo. O Rio continua lindo, mas anda precisando com urgência de uma cirurgia plástica (não basta maquiagem) reparadora nos buracos que passaram a fazer parte da paisagem, nos hospitais ineficientes, nas escolas incompetentes, no transporte insuficiente. Em tudo. Bia Seidl não exagerou quando pediu socorro. Seu grito não precisa ser ouvido apenas pelas autoridades, mas também por toda a população: estamos destruindo as belezas naturais com as quais fomos generosamente brindados. O Cristo Redentor, uma das maravilhas do mundo, ainda está lá de braços abertos para nos abraçar; visto de longe o mar continua sorrindo um azul quer nos enche os olhos e o coração, como acontece também o verde de nossas matas. Essa é só e ainda uma paisagem de cartão postal. É linda vista de longe, mas começa a ficar assustadora, muito assustadora, de perto: por falta de amor (um amor que não podemos perder) estamos fazendo de tudo para acabar com as belezas que ainda são o nosso (e talvez único) melhor cartão de visitas.
É verdade que é responsabilidade das autoridades botar ordem na casa e dar um fim às nossas mazelas, incluindo a violência. A população também precisa fazer a sua parte preservando – e cada vez mais - o que recebemos de mão beijada. O grito de Bia Seidl (socorro) não é solitário. É o grito de todos que amam essa “cidade maravilhosa, cheia de encantos mil”. (foto de divulgação/TV globo)