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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Piloto Nico Rosberg surpreende F1 e se aposenta menos de uma semana após ser campeão

Reprodução Mirror

Nico Rosberg comemora o título em Abu Dhabi. Foto FIA

O último pódio, ao lado de Hamilton Lewis e Daniel Ricciado. Foto FIA

por Jean-Paul Lagarride


Nem a Mercedes, sua equipe, sabia.
Campeão mundial de Fórmula 1, no último domingo, no GP de Abu Dhabi, o alemão Nico Rosberg, 31, anunciou em entrevista coletiva da Federação Internacional de Automobilismo sua aposentadoria precoce.
Rosberg deu razões de família à decisão. "Minha mãe ficou feliz porque nunca mais vai ter que sofrer. Ele nunca viu uma corrida minha, ficava com muito medo", relatou sobre a atitude pessoal.
Ele estava na F1 há 10 anos. Rosberg contou que já havia tomado a decisão de encerrar sua carreira caso fosse campeão mundial.
E o piloto correu para isso em um último GP no qual apenas ele sabia que era o último da sua trajetória na F1.
Rosberg ainda revelou que 2016 foi um ano difícil, agradeceu a solidariedade e a presença constante da mulher, Vivian Sibold.
Ele postou a notícia nas redes sociais.

Rosberg, a filha Alaia e a mulher Vivian. Foto Instagram



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Aposentadoria a perder de vista. Dá-lhe, Neo-Dilma

Angela Merkel quer que os alemães se aposentem só aos 85 anos? Besteira. Nesse item, o mundo vai ter que se curvar ao Brasil. Dilma Roskoff, digo, Dilma Rousseff, agora em modelito neoliberal, vai mandar para o Congresso, depois das eleições, claro, um projeto que vai mexer em pensões e aposentadorias. Para conquistar o direito de se aposentar, o trabalhador vai ter que contribuir mais tempo. A soma de idade e tempo de contribuição deverá chegar a 95 para as mulheres e 100 para os homens. A fórmula prejudicará quem começar a trabalhar cedo, aos 20 anos, coisa que a maioria dos brasileiros, playboys à parte, tem que fazer. E mais um detalhe: aposentadoria corre o risco de se tornar, para muitos, um objetivo inalcançável. Esse cálculo ainda será sempre aditivado cada vez que o IBGE anunciar que aumentou a expectativa de vida do brasileiro. Se o sujeito achar que faltam apenas dois anos pra se aposentar e o IBGE anunciar que os brasileiros estão viviendo mais um ano ou dois, em média, dançou, vai que mofar na fila. É isso: o direito à aposentadoria vai se assemelhar àquela corrida de galgos, quando um cachorro dispara atrás de um pedaço de linguiça puxado por uma engenhoca que é sempre mais veloz do que o pobre coitado. 

domingo, 22 de novembro de 2009

A dolorosa realidade da aposentadoria

por Eli Halfoun
Agora que a aposentadoria está outra vez no foco das discussões (discute-se muito, mas nunca se resolve nada) e com a possibilidade de o governo vetar os índices reais de aumento que os nossos ex-trabalhadores precisam é bom relembrar que é uma dolorosa ilusão acreditar que quando a aposentadoria chegar depois de muitos anos de labuta intensa o trabalhador poderá descansar e usufruir merecido descanso. Nada disso: a baixa remuneração das aposentadorias e o alto custo de vida obrigam aposentados a voltar ao mercado de trabalho para complementar a renda. Descansar pra que?
Essa é uma das conclusões do Relatório Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho. Aposentados entre 50 e 64 anos são os que mais retornam ao serviço e só em 2006 foram 4.196.286 (aumento de 9,77% em relação à 2005). Uma prova concreta de que o que a Previdência paga não dá nem para a saída. Agora nem se fala. Especialistas avaliam que a necessidade de rendimento extra é a principal razão, mas destacam também o fato das empresas estarem buscando funcionários com experiência”. Estudos mostram que a única faixa com maior retração de emprego é a entre 16 e 17 anos. Portanto, olhemos para nossos velhos e também para nossos jovens.
A aposentadoria é um fenômeno historicamente recente, instituído na sociedade industrial como um direito adquirido pelos trabalhadores. Mas não dá para negar que a passagem do trabalho ao repouso é acompanhada de modificações que marcam profundamente a vida dos indivíduos. Associações de defesa do aposentado atribuem a obrigatoriedade de voltar ao trabalho ao achatamento das aposentadorias e pensões, resultado de uma política e um comportamento social que estigmatiza e excluiu os direitos de cidadania dos idosos e, portanto, dos aposentados.
Estudos mostram que entre 1991 e 2000 o número de aposentados no Brasil cresceu em média 35%. Calcula-se que só no Rio estejam cerca de 1,5 milhões de idosos aposentados, quase todos obrigados a abrir mão da justa sombra e água fresca para retornar, por absoluta necessidade financeira, ao mercado de trabalho, que não lhes oferece muito e nem os trata com respeito. Parece que voltamos ao passado aos períodos históricos quando idosos eram encarados, na maioria das vezes, como sendo “inúteis” ou “sobrantes” por estarem fora do processo produtivo.
Os aposentados estão isso sim é recebendo pouco - cada vez menos - e pagando caro por conta de uma política que nunca os tratou com atenção. É preciso - e já - olhar para o presente e o futuro e retribuir aos aposentados o que com trabalho conquistaram: uma real aposentadoria.