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sábado, 1 de maio de 2010

3D: a volta do que não foi

1970: capa da Manchete em 3D.
Óculos especiais para ver...

...a edição especial da Gente, em 1984.
A estréia da 3D no Brasil, em São Paulo, anos 50.

Nos Estados Unidos (anos 50), plateia em transe 3D.
por José Esmeraldo Gonçalves
O cinema 3D voltou à moda. Agora impulsionado pela tecnologia digital e pela computação gráfica. Dessa vez, provavelmente, para ficar. Além dos filmes, chega à televisão. Sabe-se que o olho humano capta altura, largura e profundidade, mas a reprodução convencional de imagens não alcança a terceira dimensão: a tal da profundidade. Muitos pintores usaram o recurso de retratar figuras em plano diferentes, com o fundo da tela em perspectiva mais afastada, para obter um efeito ilusório que fosse além da 2D. Nos anos 50, o cinema tentou popularizar a técnica, que chegou a fazer algum sucesso e atrair multidões às salas mas não emplacou. Nova tentativa foi feita nos anos 70. O blockbuster "Tubarão" foi lançado com versão em 3D. Novamente, a terceira dimensão não colou, embora o fascínio pela possibilidade de ver imagens com pleno realismo tenha persistido até em revistas. E é esta a razão deste post. Só por curiosidade, já que o filme Avatar está aí em 3D, fui buscar no acervo de revistas do paniscumovum dois exemplos e exemplares dessas tentativas. Em 1970, uma edição especial da Manchete trazia na capa uma bela imagem em 3D: o Cristo Redentor e o Rio aos seus pés, com "altura, largura e profundidade". A imagem foi gravada em uma placa impressa em planos sucessivos e passava o efeito 3D sem necessidade de óculos especiais. Em 1984, a italiana Gente também publicou uma edição em 3D. Com óculos apropriados que acompanhavam a revista, o leitor podia ver imagens deslumbrantes de Roma e Veneza. Algumas modas passam e são esquecidas. A onda da 3D insiste. É uma espécie de fênix tecnológica.