segunda-feira, 24 de abril de 2017

Jerry Adriani, os dias eram assim...




por Ed Sá
Desde a década de 1970 e até o começo dos anos 1990, bem antes de virar moda na Caras, a revista Amiga mostrava as casas dos artistas. Ninguém ainda os chamava de "celebridades".

Uma dessas matérias (de repórter Maria Augusta Seixas, com fotos de Maurício Chicrala e assistência de Márcio de Souza) focalizou o apartamento de Jerry Adriani, no Flamengo.

O cantor - que morreu ontem, no Rio, aos 70 anos - foi capa em várias revistas da Bloch.

O que poucos lembram é que Jerry, um paulista do Brás que virou carioca, foi um dos mais assíduos galãs das fotonovelas da Sétimo Céu. As revistas do gênero editadas no Brasil publicavam então apenas fotonovelas importadas, geralmente, da Itália, quando a Bloch nacionalizou o segmento e começou a usar escritores e elencos brasileiros. Nos intervalos das apresentações em TV e das turnês nacionais de iê-iê-iê de Jerry protagonizou vários folhetins, quase sempre fotografados por Paulo Reis e Raimundo Costa, sob direção de Paulo Alípio e supervisão de Lélia Oliveira.

Os romances em quadrinhos eram assim...


Com Kátia d'Angelo

Contracenando com Walnerléa...

Lícia Magna e...

Monique Lafond.



2 comentários:

J.A.Barros disse...

Que coisa fantástica. o nosso Ed Sá, se é quem penso, é um colecionador de preciosidades. Ora, ele trabalhou na Manchete, e teve a visão do que deveria ser guardado para a posteridade, o que nos revela agora – uma de suas preciosidades guardadas meticulosamente – uma das faces de artista, cantor, apresentador de programas que foi Jerry Adriani, esse italiano nascido no Brasil, com sua voz maravilhosa que surgiu na Jovem Guarda.

J.A.Barros disse...

Acrescente-se que Jerry Adriani, foi também um descobridor de talentos. ele descobriu e lançou Raul Seixas – o maluco beleza – um dos maiores criadores e compositores brasileiros. Não era em vão que Raul Seixas era parceiro de Paulo Coelho.