domingo, 31 de janeiro de 2016

"Alô, burguesia de Ipanema": é o Simpatia na Avenida...


FOTOS DE FERNANDO MAIA/RIOTUR






É o 32° Carnaval do Simpatia. Ontem, cerca de cem mil cariocas e turistas homenagearam Chico Buarque, recentemente hostilizado por playboys e coxinhas desocupados no Leblon. O bloco volta a desfilar no próximo domingo. Abaixo, a letra do samba, com referência a Chico Buarque e ao personagem "Esmeraldo Simpatia é Quase Amor", criado por Aldir Blanc e inspiração do bloco fundado em 1984.  Fotos de Fernando Maia/Riotur

sábado, 30 de janeiro de 2016

Eu, hein? A pessoa acordou infeliz e escreveu que este carnaval é o "rosto trágico do Brasil". Uáu! Dá-lhe rede social...

por Omelete
Quando nasceu a internet? Não há uma precisão absoluta sobre a data. Na década de 1980, teve início a interligação de computadores em nível mundial. Mas o conceito de rede de informações, usando diversas tecnologias, começou na Segunda Guerra Mundial. E, desde 1960, universidades americanas estudavam a interligação de computadores para fins acadêmicos, enquanto instituições governamentais perseguiam os mesmos objetivos, com foco militar. Inglaterra e França desenvolviam pesquisas semelhantes. Mas só na década de 1990, tudo isso se juntou e a web foi efetivamente incorporada pelas pessoas, passando a influenciar comportamentos, opiniões, ideias e hábitos. Cresceu, ganhou vida própria.
E é isso que, aos poucos, torna-se um pesadelo para alguns setores. A web não respeita fortalezas, corporações, nem as grandes e nem as pequenas fortalezas. Não é revolucionária, mas não é conservadora, não é imbatível, nem absolutamente confiável, mas não se pode desprezá-la. É tudo isso ao mesmo tempo. Conecta quase 3 bilhões de pessoas. Quem vai pôr um laço no pescoço dessa pantera? Daí, algumas torres corporativistas, se agitam. Por trás do Uber, que roda sobre uma reserva de mercado, está a web. E isso vale para milhares outros aplicativos que ligam diretamente o usuário ao fornecedor. As reações são físicas - como no caso das agressões a motoristas do Uber -, comerciais (por parte de setores que querem acabar com a neutralidade da rede), políticas (por parte de lobistas que tentam influenciar legislações e impôr taxas fiscais) e até censórias, com teor ideológico e objetivos de conter opiniões. Agora mesmo, em Brasília, atuam junto ao Congresso milícias lobistas que tentam engessar novos modelos de negócio. A Netflix, por exemplo, é alvo de operadoras, de conglomerados de TV por assinaturas e aberta. O serviço streaming de vídeos, que veio para ficar, incomoda corporações e senhores de antigos engenhos.
A web também faz a velha mídia se mexer. E como faz. Para usar uma terminologia ultrapassada, os chamados "órgãos" de imprensa estão desorganizados diante da rede que veio para confundi-los. O monopólio da opinião aos poucos se abala. Ao mesmo tempo em que obrigatoriamente embarcam na onda, sabem que no momento em que entram na teia de informações passam a ser apenas mais um entre milhões e milhões de canais. Os leitores têm acesso ao contraditório que é, muitas vezes, onde mora a informação mais confiável. Conversando outro dia com um jornalista de uma geração intermediária entre a produção de informação na velocidade atual e o modo ainda quase artesanal de menos de duas décadas atrás, ouvi um comentário revelador. Não são apenas a velocidade e a concorrência acirrada que a internet impôs ao impresso. A interação incomoda muito mais. Antes, um repórter ou colunista escrevia sua matéria e, se editores e "aquários" de diretores não reclamassem, tudo ia bem. Hoje, a reação da rede social é uma incógnita exasperante para quem exercia o ato de opinar ou informar em mão única. Sim, as cartas à redação eventualmente metiam bronca, mas não só demoravam a chegar como eram, e são, meticulosamente selecionadas pelos veículos. Como fisicamente não podem mesmo publicar todas, o argumento da filtragem é conveniente para remover inconveniências. Sendo, assim, nunca houve "ameaça" do tamanho das rede sociais. Em certos casos, é um soco no estômago da arrogância. Acabou o conforto. "Haters" ou não, todos têm seu espaço para opinar. Melhor do que o silêncio obrigatório, uma espécie de transtorno compulsivo que era a velha regra. No mínimo, é bom ter como desabafar.
Hoje, por exemplo, uma colunista que não me parece pessoa a quem se possa encontrar em um bloco escreve que o atual carnaval está tingido de amargor. Sério? Não vi isso nas ruas. A pessoa diz que o carnaval é a máscara da tragédia do Brasil. Jura? A bateria que passou aqui agora não tinha nenhum baixo astral. A figura traça um quadro tenebroso, diz que o país está em ruínas, e aparentemente se incomoda com o fato de a massa ignara ficar nas ruas atrás de tamborim e não avançando sobre os formuladores do caos. Quase pensei em me internar em um mosteiro lendo Gustavo Corção até quarta-feira de Cinzas. Mas não vou. A tal pessoa generaliza e imagina pretensiosamente que é a voz messiânica dos brasileiros, é f... Não dá apenas suas opinião, fala gravemente em nome dos que não sabem pensar. Imagina, uma crise dessas e os desmiolados curtindo a festa. Ela deve achar que algupem tem que levar a "luz" as trevas populares. Diria, sem medo de errar, que o povão que cai no samba, essa bela tradição (e que gera recursos, o turismo, cria empregos e hotéis lotados no Rio, Salvador, Recife etc) trabalha mais para tirar o país da crise do que zélites e coxinhas de salão. Os Estados Unidos atravessaram crise, com desemprego, pessoas endividadas, incertezas (mesmo para os padrões deles) e não cancelaram o 4 de julho; a Espanha atolada não quebrou as castanholas; a Itália não parou de se reunir em tornos de pastas e vinhos; Portugal não tornou o bacalhau fora de lei. Então porque vestir a máscara da tragédia no meio da bateria? Mas, claro, quem preferir chorar sob o edredon, ralar o joelho na escadaria da Penha pra pedir anos dourados ou enterrar a cabeça na areia, esteja à vontade."Nóis vai se alienar", tá bom pra senhora?  

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Deu no Granma: refugiados desfilarão na cerimônia de abertura da Olimpíada


O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, anunciou, ontem, em Atenas, que um grupo de refugiados irá participar da cerimônia de inauguração dos Jogos Olímpicos de 2016, no dia 5 de agosto, no Rio de Janeiro. São atletas de elite que tiveram de fugir de seus países expulsos pela guerra. Essa delegação especial virá em penúltimo lugar, à frente da equipe brasileira que fecha o desfile. Segundo Bach revelou ao Granma, o COI quer, com isso, enviar ao mundo "uma mensagem de esperança e confiança".

Mané estagiário reproduz como verdadeira "notícia" criada por site de humor...

por Flávio Sépia
Midia de fino trato tem caído nas pegadinhas da internet. Dessa vez o mico do foi do portal UOL, que divulgou como verdadeira, ontem, notícia publicada em um site de humor venezuelano. A matéria diz que falta pasta de dente no país porque o povão tem mania de escovar os dentes três vezes ao dia. O que o UOL achou que era "notícia" era a piada do dia no site Un Mundo Triagular publicada como se fosse um comunicado oficial. Saca só o texto original em que o mané estagiário do UOL acreditou:

"La ministra de Salud, Luisana Melo, aseguró que la escasez de crema dental en el país se debe a que la gente se cepilla los dientes tres veces al día, cuando según ella "con una vez es más que suficiente".

Asimismo también afirmó que esta "cultura" de cepillarse "tantas veces" al día ha sido inculcada por odontólogos malintencionados y el capitalismo salvaje que nos empuja al consumismo extremo. "¿Recuerdan la propaganda de Colgate que decía que antes de irse a acostar chiqui-chiqui-chiqui? Bueno, esa es una campaña que ha formado parte de la guerra económica. Por eso es que el pueblo hoy en día no consigue pasta dental", expresó.

Para culminar, Melo invitó al pueblo venezolano a cepillarse sus dientes 365 veces al año, debido a que "todos tenemos que unirnos para combatir la crisis económica".

Previsões de Allan Richard Way para 2016

Allan Richard Way II é filho do astrólogo Allan Richard Way, que colaborou durante anos com a revista Manchete. Como o pai, que este ano recolheu-se a um mosteiro tibetano e não faz mais previsões regularmente, ele é antenado com o Brasil. ARW II passou seis meses no país, hospedado em um centro de acolhimento de religiosos no interior do Pará, observou os acontecimentos nacionais e estudou seus desdobramentos. Voltou a Londres após ser acometido pela febre chikungunya. Mesmo assim, recuperado, enviou ao blog, via Dropbox, a pedido de ARW, as tradicionais previsões para o novo ano. ARW II é astrólogo multimídia, adota métodos científicos mixados com técnicas sumerianas milenares. Usa triangulação por satélite e pesquisa a deep internet mas não abre mão de tradições ocultistas. Ao mesmo tempo, desenvolveu um método de previsão que utiliza fundamentos da Teoria das Cordas com o objetivo de alcançar altas dimensões do pensamento supersimétrico. 

POR ALlAN RICHARD WAY II (By order ARW 2016)


Dilma atrasa condomínio
de prédio.
1) Em março, o Congresso brasileiro quase recusará o impeachment. Mas o PSDB descobrirá que a presidente atrasou o condomínio do prédio onde tem apartamento em BH e pedirá novo processo. Além disso, a mandatária deixou de dar presente de “amigo oculto” para Gilmar Mendes, o que foi considerado grave delito. Dilma confessa os “crimes” ao juiz Moro, aceita fazer delação premiada, mas perde o cargo.

2) Em abril, o vice assume a Presidência. Mas renuncia em menos de um mês porque o  cerimonial do Palácio do Planalto esqueceu de convidá-lo para um reunião de ministros. Sente-se desprezado e desprestigiado. Ele também se queixa de que não o convidaram para um show da Anitta, uma palestra do Lobão nem para a 20° Maratona de Protesto contra Chico Buarque no Leblon. Isso é a gota d’água. Mas em vez de escrever uma carta prefere fazer um vídeo-renúncia e mandar por You Tube. Basta digitar #ninguemmeama para visualizar o desabafo.

3) Eduardo Cunha não será julgado em 2016. Com sucessivos requerimentos, ele adia os trabalhos da Comissão de Ética, prorroga o Dia das Mães, os festejos de São João, as Olimpíadas, o Dia de Cosme e Damião, passa o Dia de Finados para dezembro e cancela o Natal até que o STF diga se a festa é ou não inconstitucional.

4) Eduardo Cunha descobre brechas no regulamento do STF e consegue adiar todas as sessões da corte para 2017.

5) Luciano Huck e Claudia Leitte cometerão gafes na TV. Faustão cometerá gafes na TV

Caminhão pronto para levar
as tralhas da mandatária
6)     Caso não ocorra o impeachment em março, mesmo assim, ao longo do ano, um caminhão de mudanças ficará permanentemente estacionado na porta da residência oficial da presidente da República.

7) A mídia anuncia escassez de água e racionamento de energia elétrica. Um jornal diz que as provas de natação, salto ornamental, canoagem, polo aquático e nado sincronizado da Rio 2016 serão canceladas por falta d’água.

8) A Operação Lava Jato chegará à sua 12.567.876° Fase. A essa altura haverá 3.456.002 delatores premiados e 7.879. 067 presos domiciliares.

9) Maluf reafirmará que não tem conta no exterior, quem achar qualquer numerário pode ir lá pegar.

10) Eduardo Cunha reafirmará que não tem conta no exterior, quem achar qualquer numerário pode ir lá pegar.

11) Um museu vai pegar fogo logo depois de um bombeiro-gasista-eletricista colocar um moeda no contador de luz pra aumentar o lucro da “organização social” que administra a casa.

12)  Agências de risco vão rebaixar a nota do Brasil. O país só vai conseguir empréstimo na Crefisa, que dá para negativado sem comprovante de residência.

13) Durante a campanha para as próximas eleições, José Serra leva um copo de vinho na cara só porque perguntou para uma eleitora: “Me disseram que você vai me sufragar todinho na cabine...”

14)  Botafogo vai cair para a segundona.

15) O Vasco vai cair para a terceirona.

16) O Estado Islâmico terá problema para recrutar terroristas porque um homem-bomba detona explosivos, é hospitalizado, tem uma parada cardíaca, fica virtualmente morto mas é ressuscitado. O jihadista acordou revoltado porque não encontrou 70 virgens porra nenhuma à espera dele no paraíso. Fez um vídeo-denúncia que viralizou no You Tube e desmobilizou 50 mil homens-bomba que se preparavam para atentados em vários países. Eles agora querem receber as virgens adiantadas.

17) O ginasta Diego Hypolito é esperança do Brasil na Rio 2016 mas sofre uma queda na etapa solo de ginástica.

18) Fabiana Murer desiste do salto com vara porque alguém some com o colchão que amortece a queda dos atletas.

Secretária provoca 
escândalo
19) Em junho, secretária e amante de político influente provoca escândalo em Brasília ao publicar livro onde conta que o cidadão em questão só chegava ao orgasmo constitucional se ela lhe falasse ao ouvido expressões altamente eróticas como "propina", "suborno", "conta secreta", "licitaçao", "laranja", "cartel" e, principalmente, "superfaturamento".

20) Minas Gerais tem grande prejuízo porque novos rompimentos de barragens da Samarco contaminam queijo Minas, pão de queijo, cachaça mineira e a família Neves.

21) A eleição para prefeito é decidida entre os com-carros e os sem-carros. São Paulo acaba elegendo prefeito que promete acabar com ciclovias, ruas interditadas aos domingos e limite de velocidade de 50km nas marginais. O Parque no Ibirapuera vira estacionamento. Acaba o rodízio de carros e começa o rodízio de pedestres e ciclistas.

22) Geraldo Alckmin baixa decreto para fechar 1.230 escolas públicas.

Madame "coxinha" aguarda 
convocação 
para passeata
pelo impeachment. 
23) Movimento Brasil Livre organizará 160.234.555 passeatas em todo o Brasil. O Data Folha garante que os protestos reúnem 140 milhões de brasileiros, excluindo-se apenas pessoas hospitalizadas, vitimas da Zika, presos e turistas que estão em Miami. Elegantes ativistas contra o impeachment atendem à convocação dos meios de comunicação e lotam as ruas. Programa de TV lança o concurso de beleza para escolher a "Coxinha mais Saborosa".

24) Jornais anunciam que Eike Batista volta a ser bilionário e funda uma nova empresa, a “Xempre Ele”, que vai construir uma torre de 150 andares na Praça Paris, um superporto na Urca, vai despoluir a Lagoa, levar um brasileiro à Lua e desenvolver tecnologia para estocar vento. Eike, que volta a ganhar a admiração da mídia, também compra o Coliseu de Roma e as Termas de Caracalla para reformar e modernizar. Caracalla será transformada em Xpa.

25)  Juiz Moro anuncia que depois da Lava Jato comandará as operações Troca de Óleo, Calibragem de Pneu, Balanceamento, Direção Hidráulica e, pra recomeçar tudo isso, Operação Recall.

26) Um político de nome nacional será acusado de bater na mulher.

27) Uma mulher de um político de nome nacional vai retirar queixa de que levou porrada do marido.

28)  Uma senadora de um determinado partido diz que vai à manicure mas é flagrada assinando ficha em outro partido na garagem de um motel.

29) Um helicóptero de um político da oposição é flagrado carregado de pó mas investigações policiais atestam que se trata de pó de gesso importado da Colômbia.

30) STF diz que portadores de tornozeleiras eletrônicas podem se candidatar a prefeito e vereadores.

31) O doleiro Youssef é autorizado a se candidatar a vereador em Curitiba. Ele pretende formar a Bancada Cagueta.

32) Lobão fará show, no Mineirão, em comemoração ao Dia do Soldado.

Aeronave de frota de político
pousa na Pampulha.
33) Político mineiro que teria construído aeroporto em terras da família, transforma a Lagoa da Pampulha em campo de pouso privado para os hidroaviões do clã.

34) Comitê Olímpico manda para o Palácio do Planalto credencial para o Presidente da República comparecer à abertura da Rio 2016. Os organizadores preferiram enviar o  documento sem foto e com o nome do Presidente a preencher a lápis em linha pontilhada.

35) Neymar fará sua 12.344 tatuagem.

36) Roberto Carlos esquece letras de “Detalhes” e “Jesus Cristo”. A assessoria achou o fato natural já que fazia muito tempo, apenas uma semana, que ele não cantava as duas músicas.

37) Jornais e revistas demitem 5 mil profissionais em todo o Brasil. Donos da mídia alegam que é apenas  “otimização do desempenho”. Há redistribuição de funções: em muitos jornais, o colunista de política faz também o horóscopo, o de economia acumula com o funério, o editor internacional cobrirá também as UPPs, o de esportes edita os classificados e um membro das famílias proprietárias se encarregará da seção de cartas e da entrega de correspondência nas redações, além de organizar “bolão” na época das Olimpíadas.

38) Lobby das armas nos Estados Unidos mostra força ao fazer aprovar lei que libera porte de pistolas e fuzis para crianças a partir de 8 anos. Trata-se do projeto #minhaprimeiraarma. Bancada da Bala, no Brasil, inspira-se na iniciativa americano e leva para Eduardo Cunha um projeto semelhante intitulado #oprimeiro38agentenucaesquece.

39) Polícia americana confunde caneta com espingarda calibre 12 e mata jovem negro.

Carros menos luxuosos para
evitar chamar atenção
40) Políticos visados pela Polícia Federal evitam ostentação e trocam Ferraris, McLaren, Porsches por veículos menos chamativos.

41) FHC lança mais um livro com suas memórias e cria problema em família porque revela diários, conversas de whatapps e e-mails de parentes. Também publica os escritos dos cadernos escolares de Zé Serra, fotos do álbum de Aécio, cartas de Bill Clinton, poesias de Pedro Malan sobre a privatização e as conversas que gravou no confessionário da capelinha do Alvorada.

42 Em improviso, Dilma confunde islâmico com balsâmico.

43) Em improviso, Dilma chama MST (Movimento dos Sem Terra) de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis).

44) Donald Trump é eleito presidente dos Estados Unidos. Seu primeiro decreto  transforma a Casa Branca em um resort para milionários e determina que a nova residência oficial é a Trump Tower, em Nova York.

45)  Christine Lagarde, diretora do FMI, diz que o crescimento da economia global vai decepcionar em 2016. Os colunistas de economia afirmam que a culpa é de Dilma e Mantega.

46) Depois de dirigir “Chatô”, Guilherme Fontes vai produzir um filme sobre Roberto Marinho. O lançamento está previsto para 2052.

47) O preço do petróleo vai continuar caindo. Em agosto, o barril de Brent poderá ser trocado por um quilo de alimento não perecível.

48) O governo vai criar novas bandeiras para a conta de luz. Além da verde, amarela e vermelha será instituída a preta, para eventual apagão, a dourada (com descontos para deputados, senadores e magistrados), a branca (com abatimento para igrejas), a rosa-choque (de gratuidade para ex-primeiras-damas) e a bandeira arco-íris (que dá desconto de 50% para minorias).

49) Pela primeira vez na história, os placares Impostômetro (que mostra quanto os brasileiros pagaram de impostos) e o Sonegômetro (total do que foi sonegado e desviado para contas secretas na Suíça) registram um empate: R$2.0171.0171.0171. 171.71. O TCU vai decidir quem venceu.

50) Em setembro, a crise de imigrantes na Europa atinge seu ponto máximo: temendo a concorrência, imigrantes protestam nas ruas contra a chegada de novos imigrantes.

51) Só às vésperas da Olimpíada, a Baía da Guanabara consegue sair do volume morto.

Delator premiado é flagrado cumprindo pena
52) Segundo a OIT, uma das melhores profissões de 2016 será a de delator premiado. Depois que os jornais noticiaram que o doleiro Youssef terá participação de 2% no dinheiro recuperado e pode receber até 20 milhões de reais, segundo o acordo assinado, aumenta a fila de candidatos a cagueta remunerado em todo o país. Em maio, no Rio, a seleção – e não precisa de experiência - é feita no Maracanã onde 60 mil inscritos querem entregar alguém ou alguma coisa para faturar uma comissão.

53) Durante os jogos das Eliminatórias, Galvão Bueno vai falar “aí, complica”, 30 vezes; “quem é que sobe”, 25 vezes; “haja coração”, 22 vezes; “agora tem que colocar o coração na ponta da chuteira”, 18 vezes; “chutou com a perna esquerda que não era a dele”, 12 vezes; “agora o Brasil tem que correr atrás do prejuízo”, 9 vezes; “o gol saiu na hora certa”, 6 vezes; “o jogo só acaba quando termina”, 5 vezes.

54) El Chapo muda o nome do seu cartel para "organização social".

55) Samarco finalmente anuncia seu plano para recuperar o Rio Doce: vai só mandar passar o rodo na lama. Para isso, comprou 200 mil rodos e 1 milhão de metros de pano de chão para doar à população. O nome do programa ambiental da empresa divulgado na internet é virem-se.com

56) Comitê Olímpico anuncia mais um corte de despesas: as medalhas da Rio 2016 serão substituídas por adesivos dourados, prateados e de cor bronze.

57) Em junho haverá distribuição gratuita de barris de petróleo. Cada um estará custando 0,75 centavos e a Petrobras não tem troco.

58) Comitês eleitorais de candidatos a prefeito e vereador entram em crise. Com fim da doação de empresas caiu o número de candidatos. Levas de políticos sem-jabaculê percorrem as cidades pedindo doação de "geladeira velha, panela velha, ar condicionado velho, fogão velho"...

59) Delfim Neto chega ao fim do ano como o economista mais entrevistado pela mídia. É considerado pelos colunistas a grande novidade da política nacional. Ele alcançou o número de 6. 325 matérias. Todas podem ser acessadas pela hastag #comoeragostosaaminhaditadura

60) Uma frase para se pensar em 2016: “Você prefere acreditar em mim ou nos seus próprios olhos?” – de Groucho Marx.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Topless de Claudia Leitte em clipe quebra a web nesta manhã de quinta-feira...



por Omelete
Um tsunami na internet. Esse é o efeito do clipe lançado por Claudia Leitte. A cantora, que tem como meta o mercado internacional, especialmente o potencial do público hispânico, gravou a música "Corazón" em dueto com o porto-riquenho Daddy Yankee, um mix de ritmo caribenho e música eletrônica.  A música que é tema de um clipe arrasador é uma das 30 que ela acaba de gravar para o seu primeiro álbum nos Estados Unidos. O vídeo que você poderá ver abaixo foi gravado no Rio de Janeiro. Marcos Mello assina a direção. É Claudia Leitte como você nunca viu seja surfando, no pole dance, de topless. Daí, os fãs da cantora foram à loucura na web. Claudia Leitte é rainha de bateria da Mocidade e desfila no Sambódromo carioca no domingo, 7 de fevereiro.

VEJA O CLIPE DE CLAUDIA LEITTE (CORAZÓN), CLIQUE AQUI 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Nos bastidores do Superbowl 2016: os anúncios mais caros do mundo, audiência, peças publicitárias em destaque e os comerciais proibidões vetados pela TV em nome da "moral e dos bons costumes"






por Niko Bolontrin
Enquanto o Brasil estará ligado no Carnaval em pleno domingo, 7 de fevereiro, em São Francisco o Carolina Panthers e o Denver Broncos disputarão a final da Liga de Futebol Americano (NFL). Por aqui, a audiência ainda é pequena. No mundo, o Superbowl alcança mais de 150 milhões de espectadores (no ano passado, foram 163 milhões). Em 2014, o evento recordista na TV mundial foi a final da Copa do Mundo, no Maracanã (Alemanha 1 x 0 Argentina), jogo visto por mais de 700 milhões de milhões de pessoas (veja nos gráficos os índices e a comparação com as audiências de grandes eventos não esportivos, como Oscar, por exemplo). O Superbowl é o quarto programa mais visto no mundo, mas o que mais fatura em publicidade. Para a grande final de fevereiro, 35 marcas já reservaram espaço pagando 5 milhões de dólares por cada segundo. Cresce a cada ano a repercussão dos eventos esportivos na web. A Copa do Mundo de 2014, por exemplo, foi o evento mais acessado na história do Facebook até então, com 300 milhões de intervenções de internautas em todo o globo.
No site SuperBowl Commecials (AQUI) você poderá alguns anúncios entre os que irão ao ar. A mídia americana costuma listar os dez melhores comerciais exibidos no Superbowl em todos os tempos.
A relação de tops varia, claro, mas os editores não deixam de incluir uma peça antológica, da Pepsi, em 1992, estrelada pela modelo Cindy Crawford (AQUI).

Assim como são escolhidos os destaques, o site Superbowl Commercial também mostra uma relação de anúncios vetados por serem considerados quentes demais para um dia em que a 'família americana" se reúne diante da TV.
Clique AQUI e veja alguns dos proibidões como este, abaixo, da PETA.




Anúncio forte denuncia violência contra a mulher


por Clara S. Britto
O vestido que muda de cor e que virou viral na web no ano passado serviu de inspiração para uma campanha do Exército da Salvação que denúncia os números da violência contra as mulheres. Em todo o mundo, uma em cada seis mulheres são vítimas de abuso. Na peça publicitária divulgada internacionalmente a modelo o famoso  "The Dress". "Por que é tão difícil ver preto e azul?", diz o título, em um jogo de palavras sobre o vestido - que algumas pessoas vêem como azul, outras branco, dourado ou preto, tal como as marcas que oscilam do roxo ao violeta.

Deu no Conexão Jornalismo: maiores jornais brasileiros têm queda expressiva de circulação em 2015





LEIA A MATÉRIA NO CONEXÃO JORNALISMO, CLIQUE AQUI

Conheça o cronograma de desligamento da TV analógica

O Ministério das Comunicações (MC) publicou ontem um novo cronograma de transição do sinal de TV analógico para o digital no Brasil. A portaria nº 378 estabelece que a implantação da TV digital vai começar com o projeto-piloto na cidade goiana de Rio Verde no dia 15 de fevereiro próximo. Ainda em 2016, Brasília será a única capital que migrará totalmente para o sinal digital. A capital federal e cidades do entorno do Distrito Federal vão fazer a transição em outubro deste ano.
No decorrer de 2017 será a vez de todas as capitais da Região Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória), Goiânia, Salvador, Recife e Fortaleza. Outras cidades do estado de São Paulo e do Nordeste também passarão pela mudança no próximo ano.
Já em 2018, a transição para o sinal de TV digital vai incluir as capitais e importantes cidades das Regiões Sul, Centro-Oeste e Norte, todo o interior dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. O Ministério das Comunicações vai publicar em outras portarias a relação dos demais municípios afetados pela transição para o sinal digital.
Para o secretário de Comunicação Eletrônica do MC, Roberto Pinto Martins, a portaria faz um ajuste no cronograma de implantação da TV digital levando em consideração os grandes eventos que vão ocorrer no país até 2018. "Teremos as eleições municipais e Olimpíadas neste ano, além de novas eleições e outra copa em 2018. Todos esses eventos têm uma participação fundamental da TV aberta."

Campanha

A portaria também intensifica a divulgação que as redes de televisão terão de fazer para avisar os telespectadores sobre o desligamento. A campanha de alerta terá início um ano antes da data prevista para a transição em cada cidade.
O número de inserções do logotipo – indicação de que se trata de uma transmissão analógica - e de tarjas informativas sobre o desligamento vai aumentar à medida em que se aproxima a data-limite para o fim das transmissões analógicas.
Além disso, 180 dias antes do prazo final, começarão a ser exibidos cartelas informativas, e 75 dias antes, vídeos informativos aos telespectadores. As localidades onde o desligamento vai ocorrer neste ano, terão 30 dias para se adequar às novas regras. Esse é o caso de Brasília e outras nove cidades do entorno do DF.
O Ministério das Comunicações estabelece que durante a campanha sobre o desligamento as emissoras de TV vão ter de adotar a proporção de tela de 16:9 (formato widescreen) em suas transmissões. Com exceção, se as emissoras assim desejarem, dos programas jornalísticos, espaços destinados à publicidade comercial e programas originalmente produzidos no formato de imagem 4:3.
Para o secretário de Comunicação Eletrônica, o objetivo de intensificar a comunicação é para reforçar junto à população de que a transição para o sinal digital é uma evolução importante da comunicação. "A população está informada sobre o desligamento, mas não tem a percepção de que é uma evolução das telecomunicações."

Cobertura

O documento mantém como condição para o desligamento da TV analógica que 93% dos domicílios do município tenham garantida a recepção do sinal digital. O Gired - grupo responsável pela transição dos sistemas - poderá recomendar ao ministério, por decisão unânime, a alteração desse percentual.
O Gired terá de apresentar ainda ao MC um relatório trimestral sobre o processo de transição do sistema analógico de TV para o digital. Além disso, o Ministério poderá requerer, a qualquer momento, um detalhamento sobre o andamento dos trabalhos.
A portaria nº 378/2016, divulgada hoje, unifica e revoga outras cinco portarias publicadas sobre o processo de transição da tecnologia de TV, em 2014 e 2015, pelo ministério.

Fonte: Ministério das Comunicações

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Prêmio Petrobras de Jornalismo 2015 também vai laurear melhor reportagem feita no Brasil e publicada em veículo estrangeiro

Correspondentes internacionais que atuam no Brasil podem se inscrever na terceira edição do Prêmio Petrobras de Jornalismo. Será reconhecida a melhor reportagem feita no Brasil e publicada em veículo estrangeiro (jornal/revista, rádio, TV, ou portal de internet). Assim como na premiação nacional, as matérias estrangeiras devem estar enquadradas em um dos temas a seguir: Transparência e Governança Corporativa; Petróleo, Gás e Energia; Responsabilidade Socioambiental; Esporte; e Cultura. As inscrições já estão abertas e deverão ser feitas até 26 de janeiro de 2016 (hoje). Podem ser inscritas matérias publicadas ou exibidas entre 10 de abril de 2014 e 9 de julho de 2015. As reportagens internacionais também irão concorrer ao Grande Prêmio Petrobras de Jornalismo, disputando com as reportagens nacionais e regionais.

SAIBA MAIS NO ENDEREÇO ELETRÔNICO DO PRÊMIO, CLIQUE AQUI
OU VÁ AO SITE DA AGÊNCIA PETROBRAS, CLIQUE AQUI

ATUALIZAÇÃO: O Prêmio Petrobras de Jornalismo anunciou a prorrogação do prazo de inscrição dos trabalhos que se encerrava nesta terça-feira (26/01). Agora, jornalistas e fotógrafos poderão cadastrar seus trabalhos até o próximo dia 26 de fevereiro.

Autoridades precisam de sala vip em aeroporto porque não sabem pedir café, chamar um carro, fazer check in... Essas coisinhas que qualquer mané contribuinte faz todo dia...

por Ed Sá
Essa história de área vip e cercadinho de coxinha (gostei desse nome no post do Sépia, abaixo) meio que faz parte de um lado nada higiênico da cultura nacional. Outro dia, a Folha de São Paulo noticiou que a Câmara dos Deputados, o Senado e o Itamaraty gastam R$ 57,8 mil por mês com o aluguel de salas VIPs no aeroporto de Brasília. Diz lá que o espaço é utilizado para atender parlamentares, servidores e autoridades estrangeiras em visita ao Brasil. O STF e o STJ também usam salas privativas no aeroporto.
Esses staffs dos marajás fazem check in, providenciam cafezinho, água, croquete, chamam carro. Tudo isso que os cidadãos contribuintes fazem normalmente. A conclusão é que elegemos Luízes XV ou temos parlamentares, temos juízes e altos funcionários públicos com síndrome de nobreza ou que são incapazes de fazer tais tarefas simples por conta própria. Os caras não conseguem comprar um paletó - existe a "verba paletó -, não sabem botar um filho na escola - tem o auxílio educação -, não conseguem alugar casa - usam o auxílio aluguel -,  têm direito a contratar trocentos aspones... Suas excelências não têm molejo suficiente para marcar um vôo, para pedir um café no balcão? Assim fica difícil imaginar que cumprem suas tarefas teoricamente bem mais complexas.
A Folha diz que algumas salas funcionam 24 horas por dia e têm TV por assinatura, computador, internet, telefone, geladeira, micro-ondas, água, cafezinho e servidores prontos para estender um tapete para as autoridades como os séquitos dos califados otomanos. Tem servidor que faz ponto nesse espaço vip e que custa ao povo salário de R$ 31,8 mil (R$ 21,7 mil líquido).
Me corrijam se eu estiver errado, mas só posso concluir que esse aparato é indispensável porque nossas autoridades precisam ser permanentemente amparadas, paparicadas e orientadas.
Então, OK, eles têm problemas, é uma "questão humanitária"...
E pensar que o governo corta verba de saúde, educação, quer arrochar a Previdência, aumentar impostos...

Blocos cariocas: não vai ter "cercadinho de coxinhas"...

por Flávio Sépia
O proliferação de áreas vips acaba de ganhar um nome bem mais adequado: "cercadinho de coxinhas". O novo apelido provocou risadas e carimbou o rótulo de breguice na turma protegida pela cordinha do bloco "Me Esquece", que desfilou no domingo passado no Jardim Botânico.
Esse tipo de "curral" em blocos e ensaios tende a abrigar tipos identificados com os "reis do camarotes". Quase sempre, figuras desengonçadas, sem intimidade com o samba. Sabe-se lá de onde vem essa gente.

Nos últimos anos, o oportunismo tem tentado abrir alas no carnaval do Rio de Janeiro. O carnaval de rua mais democrático do país é hoje um fenômeno, mas até a metade do anos 1980 vivia uma triste decadência. O Rio sempre teve uma forte tradição de blocos. São épicos os desfiles dos Boêmios de Irajá, Cacique de Ramos, Bafo da Onça, estes chamados de blocos de embalo, além do Cordão da Bola Preta, o mais antigo do país.

Mas houve aquele período - entre meados dos anos 1970 até 1985 - em que o carnaval de rua perdeu força. As atenções se voltavam para os desfile das escolas de samba, cada vez mais grandiosos. Nas ruas, com exceção de alguns antigos blocos de bairro que resistiam - como exemplo, o pequeno e bravo Cachorro Cansado, no Flamengo - e arrastavam algumas centenas de pessoas, com poucos jovens e muitos veteranos, o destaque cabia à Banda de Ipanema. Fora do Sambódromo e de algumas praças e esquinas das Zonas Norte e Sul, a cidade não parecia respirar o carnaval. Na Zona Sul, especialmente, o clima era de um monótono feriadão. Não havia ruas e avenidas superlotadas, como Salvador e Recife mostravam a cada ano.

A campanha das Diretas, que se transformou em uma festa política, deve ter devolvido aos cariocas o gosto pelas ruas já que foi a inspiradora de blocos que nasceram naquela década como o Simpatia é Quase Amor, o Bloco do Barbas, o Suvaco de Cristo, entre outros. Era a senha de uma revolução que não podia mais ser contida e retomou seu lugar nas ruas de todos os bairros. 

O sucesso crescente, os recordes de público, a repercussão na mídia brasileira e mundial e a afluência de turistas despertaram atenções comerciais e marqueteiras para surfar nessa onda popular. Vieram trios promocionais (que para disfarçar se intitulam "blocos") puxados por gigantescos carros de som. Em um primeiro momento, a prefeitura permitiu que tais trios ocupassem a Vieira Souto, Aterro do Flamengo e Avenida Atlântica, que não estava preparados para receber os gigantescos caminhões com som superpotente, o que tende a atrair ainda mais pessoas. Foi o desastre programado: canteiros da orla e jardins de prédios foram destruídos, ruas viraram banheiros e, em Copacabana, uma fato mais grave: a carreta de um trio se chocou contra cabos e provocou a queda e morte de uma menina. No ano seguinte, as autoridades editaram regras para conter as ameaças do "carnaval sem lei". Trios, que têm seu público, foram deslocados para as avenidas largas do centro da cidade e, este ano, para São Conrado; regras para vendedores ambulantes, instalações de banheiros, cercas para proteger jardins e canteiros, supervisão de bombeiro, serviços de atendimento médico, entre outras medidas, procuram dar estrutura aos blocos; além da política para conter o gigantismo a partir do remanejamento de blocos para outras regiões de fácil acesso e amplos espaços.

Mas persistem alguns riscos. Se uma determinada cantora conseguiu pôr seu bloco nas ruas, outra cantora, que tem menos ligações e influência, também quer. Essa é a pendenga que sites de celebridades estão noticiado. Definir um critério mais preciso, sem favorecimentos, poderá ser uma questão para a prefeitura definir melhor nos próximos anos. Ou o "também quero" vai virar pressão.

Já o "cercadinho do coxinhas" não desiste. Como quem não quer nada, uns e outros insistem na fórmula. Aparecem, na verdade, como um inocente cavalo-de-troia dos marqueteiros para a sonhada implantação do abadá, a famigerada instituição baiana que loteia espaço público e divide a rua em classes.

Felizmente, a prefeitura tem reagido. Se esse ano o "Me Esquece" tentou montar sua área vip nas ruas do Rio com pessoas com camisas especiais, pulseiras de identificação e bebida liberada, há dois anos um grande "bloco" foi denunciado por vender "abadás" para espaço restrito. Hoje, em declaração ao Globo, o prefeito Eduardo Paes diz que a prática é inaceitável e quem criar "curral" pode ser impedido de desfilar em 2017. Os organizadores do blocos que levam baterias dizem ser necessária alguma proteção para os instrumentistas. Pode ser. Mas é preciso ter cuidado para que essa área não seja ampliada espertamente para receber a turma do "abadá" pago.

Diga-se que a maioria dos blocos não-comerciais, de origem espontânea, comunitária, parceira, que nasceram em bairros e não em agências de marketing e de "captação" de patrocínios, é contra o "cercadinho dos coxinhas".  O presidente do Suvaco, João Avelino, diz ao Globo:
- Carnaval de rua não precisa de cordas. Para o Suvaco, todo folião que nos dá a honra de aparecer para o desfile é convidado vip.
Vamos torcer para que a prefeitura do Rio permaneça sintonizada com o espírito livre do carnaval carioca. 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Fotografia: ao vencedor, a batata (e um milhão de euros)


Deu no site português "Mundo ao Minuto": a foto acima (uma batata sobre fundo preto) feita pelo fotógrafo irlandês Kevin Abosch foi vendida a um empresário europeu por 1 milhão de euros.
Faz parte de uma série de três imagens, tiradas em 2010. Estava exposta ao lado de outras imagens do porfolio do fotógrafo, de personalidades como Steven Spielberg, Bob Geldof, Johnny Depp ou Malala Yousafzai. No entanto, no dia em que o tal empresário europeu, cuja identidade não foi revelada, entrou na sua galeria, só a batata chamou a atenção.
LEIA MAIS NO "MUNDO AO MINUTO", CLIQUE AQUI

Deu no blog do Instituto Moreira Salles: O SOM DA REBELDIA (série de programas de Roberto Muggiati vai ao ar a partir de hoje)

Os atentados terroristas em Paris em 13 de novembro do ano passado fizeram, mais uma vez, a Marselhesa ser cantada com fervor na França e ouvida em todo o mundo. O hino francês, composto em 1792, abre, na voz de Edith Piaf, a série O som da rebeldia, que a Rádio Batuta apresenta entre os dias 25 e 29 de janeiro – os episódios ficarão permanentemente disponíveis no site da rádio de internet do Instituto Moreira Salles.
Roberto Muggiati.
Foto: Reprodução do Blog do IMS
A série tem concepção, roteiro e apresentação de Roberto Muggiati, jornalista com seis décadas de profissão, passagens por alguns dos principais veículos de comunicação do país e autor de diversos livros sobre música, tratando de jazz, blues e rock.
São cinco capítulos, somando cem músicas que foram contestadoras, seja de modo explicitamente político ou com viés comportamental. Muggiati comenta todas, contando curiosidades sobre elas. O prazer da audição é acompanhado de muitas informações históricas.
O tema do primeiro episódio – que estará na Batuta no dia 25 – é “Hinos de guerra, cantos revolucionários”. A Marselhesa é sucedida de canções como a Internacional (hino comunista), o Hino da Resistência (à invasão nazista da França), Bella ciao, Guantanamera, Comandante Che Guevara (Victor Jara) e Clandestino (Manu Chao).
No dia 26 entra no site “O protesto afroamericano: do blues e do folk ao jazz”. Muggiati selecionou gravações de artistas negros fundamentais como Bessie Smith, Robert Johnson, Paul Robeson (em Ol’ man river), Louis Armstrong, Billie Holiday (na dolorosa Strange fruit), Dizzy Gillespie e Charles Mingus.
LEIA MAIS NO BLOG DO IMS, CLIQUE AQUI

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domingo, 24 de janeiro de 2016

É o carnaval da crise! Imprensa Que Eu Gamo 2016... 'bora pra frente...'

Dez mil pessoas no Imprensa: Laranjeiras cantou

No alto do carro de som, à esquerda, câmera na mão, o jornalista Raul Silvestre, ex-Manchete, que filma os blocos do Rio desde o carnaval de  1985 quando os cariocas voltaram a tomar conta das ruas.

Prioridade do samba: ciclistas deram passagem
O vídeo da manicure Fabíola flagrada no motel virou viral na web e tema da irreverência no carnaval.

No ritmo

A "avenida" Gago Coutinho virou passarela

Nilton Rechtman, ex-Manchete, na bateria do Imprensa

A bandeira desfraldada apesar da crise

No "camarote vip"

No sinal de pedestres

Se o samba anda atravessando nas redações em crise, nem por isso os jornalistas deixaram de botar o bloco na rua e renovar as esperanças para este 2016. O Imprensa Que Eu Gamo arrastou ontem dez mil pessoas em Laranjeiras puxadas pelo samba "Verba Volant", de Djalma Junior, Caio Nolasco, Guilherme Pecly, Tiago Prata, Rodrigo Alves, Paulo Fraiz, Carlos Fidelis e Alexandre Mota, inspirado na famosa carta lamurienta de Michel Temer discutindo a relação com Dilma Rousseff. No título do samba, a citação ao latim cenográfico e brega do vice. (Fotos BQVManchete)

VERBA VOLANT
"Seu editor, mandei uma carta para você
Cheia de mimimi e papo furado
Não sou vice, nem Miss Colômbia
Pra ser assim tão rebaixado
Levei um pezão no orçamento
Meu bolso é estoque de vento
É panelada, é pedalada, lama até no mar
Manda essa Zika pra lá

Vou me refugiar no Mercadinho
Porque aqui é liberada a transação
Desce mais uma, vou dobrar a meta
Pra alegria não existe recessão

Amanheceu...
Quem vem bater na sua portinha?
É o japonês ou o Stênio Garcia?
Quando seu Cunha quer levar
Sempre há muito o que Temer
Não tem arrego nem um segundo
Vai trabalhar, vagabundo!

Eu quero é sambar em Laranjeiras
Quando te achar, vou me perder
Imprensa que eu gamo, amor
Chutei o balde, a bateria chegou

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Jornalismo e redes sociais



por Clayton José Torres (do blogmidia8)
A crise que embala o jornalismo não é de hoje. Críticas a aspectos conceituais, morais, editoriais e até financeiros já rondam esse importante pilar da democracia há um bom tempo. O digital, então, acabou surgindo para dar um empurrãozinho – tanto para o bem como para o mal – nas redações mundo afora. Prédios esvaziados, startups revolucionárias, crise existencial e um suposto adversário invisível: o próprio leitor.
O leitor – e suas mídias sociais digitais conectadas em rede – passou a ser visto com um inimigo a ser combatido, um mal necessário para que o jornalismo conseguisse sobreviver. Não mais se fazia jornalismo para a sociedade, mas se fazia um suposto jornalismo dinâmico e frenético para que os grandes nomes da imprensa se sobressaíssem aos “jornalistas cidadãos”. Esse era um dos primeiros e mais graves erros – dentro de uma sucessão – que seriam seguidos.
As redações continuaram a ser esvaziadas, a crise existencial tornou-se mais aguda e o suposto adversário invisível cada vez se tornava mais forte. Havia um clima de que os “especialistas de Facebook” superariam a imprensa. Não era mais necessário investir em jornalismo, já que as mídias sociais supririam toda a nossa fome por conhecimento e informação. O mito – surgido nas próprias redes sociais – parecia ter sido absorvido de tal maneira que a imprensa não mais reagia. Mesmo com o crescente número de startups sobre jornalismo, o fato do canibalismo jornalístico parecia mais importante.
Agora, outros erros tão graves quanto os citados estão sendo cometidos pela imprensa. O comportamento infantilizado de muitos veículos através das mídias sociais, por exemplo, demonstra uma imaturidade e desestruturação de pensamento. A aposta em modismos – e não mais em jornalismo – tem causado um efeito em cadeia que faz com que tanto canais grandes como pequenos se comportem de maneira duvidosa – pelo menos perante os conceitos do que se entendia como jornalismo.
O abuso de listas, o uso de “especialistas de Facebook” como fonte, pautas sendo construídas com base em timelines alheias ou o frenesi encantador de likes e shares tem feito com que uma das maiores armadilhas das redes sociais abocanhasse o jornalismo. O jornalismo, como instituição e pilar da democracia, agora se comporta como um usuário de internet, jovem, antenado, mas que não tem como privilégio o foco ou a profundidade. A armadilha se revela justamente no momento em que “ser um usuário” passa a valer como entendimento de “dialogar com o usuário”.
As mídias sociais digitais conectadas em rede trouxeram a “midiatização da mídia”, ou a “facebookização do jornalismo”. Quando se falava em jornalismo cidadão e participação do usuário, muitos pensavam em um jornalismo global-local, com o dinamismo e velocidade que a internet exige. Porém, o que temos visto não vai ao encontro desse pensamento, já que o espaço do cidadão no jornalismo é medido apenas pelo seu humor, a participação do usuário é medida em curtidas e o jornalismo muitas vezes não é jornalismo, sendo apenas uma mera isca para likes e shares.
ACESSE O BLOGMIDIA8, CLIQUE AQUI

Roberto Muggiati na Rádio Batuta

Reprodução IMS
Da coluna do Ancelmo Gois, no Globo.
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

National Geographic: as melhores fotos de 2015

RÚSSIA: LAGO BAIKAL CONGELADO. FOTO DE ALEXEY TROFIMOV (Reprodução National Geographic)
VEJA A GALERIA DE FOTOS DA NATIONAL GEOGRAPHIC, CLIQUE AQUI

Jornalista, participe da plenária de mobilização em defesa da categoria nesta terça-feira (26/01), às 21h, no Sindicato


A categoria dos jornalistas não aguenta mais a intransigência dos patrões, imposta em todas as relações de trabalho, tanto nas negociações da Campanha Salarial quanto nos atrasos de pagamentos, demissões, jornada de trabalho e no dia a dia em geral. CHEGA! É hora de dar um basta nisso!
Participe da plenária de mobilização em defesa do piso salarial e contra a precarização do trabalho e as demissões nesta terça-feira (26/01), a partir das 21h, na sede do Sindicato (Rua Evaristo da Veiga 16, 17º andar - Centro do Rio). Venha construir conosco formas de pressão para reivindicarmos os nossos direitos. [ Leia mais ]

Sindicato participa de mediação com jornais e revistas para destravar negociações
A Superintendência Regional de Trabalho e Emprego do Rio, órgão do Ministério do Trabalho e Emprego, marcou para o dia 25/01 a mediação do Sindicato com as empresas de jornais e revistas para tratar da convenção coletiva de 2015. A mesa redonda foi pedida pelo Sindicato como forma de destravar os impasses criados pelos patrões – que se recusam a cumprir a lei do piso regional (R$ 2.432,72) e, assim, protelam indefinidamente a conclusão da convenção coletiva. [ Leia mais ]

Assembleia de jornalistas dos Diários Associados será nesta segunda (25/01), às 18h, na empresa
A mobilização dos jornalistas dos Diários Associados no Rio já começa a mostrar resultado: a empresa prometeu depositar o salário de janeiro nesta terça-feira (19/01). Apesar disso, os trabalhadores seguem em estado de greve, já que o 13º salário e os depósitos de FGTS e INSS não foram regularizados. Em assembleia na porta da empresa nesta segunda-feira (18/01), jornalistas do ‘Jornal do Commercio’ decidiram pressionar os Diários Associados pelos pagamentos que faltam até segunda-feira. Caso contrário, podem entrar em greve. Uma nova assembleia está marcada para segunda-feira (25/01), às 18h, em frente à empresa (Rua Fonseca Teles 120, São Cristóvão). É importante que os trabalhadores permaneçam unidos para conquistar tudo a que têm direito. [ Leia mais ]

Ejesa não honra compromissos com demitidos de ‘O Dia’, ‘Meia Hora’ e ‘Brasil Econômico’
A Ejesa, empresa que edita os jornais ‘O Dia’ e ‘Meia Hora’, segue sem honrar os compromissos firmados com o Sindicato e com os 70 jornalistas demitidos dessas duas publicações e do extinto ‘Brasil Econômico’. À época das demissões, em meados do ano passado, a empresa se comprometeu a manter o plano de saúde em troca do parcelamento das verbas rescisórias em até dez vezes. O calote pode se transformar em ação judicial.

LEIA MAIS NO SITE DO SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, CLIQUE AQUI

Acesso a conteúdo digital gratuito faz mais duas "vítimas": a mais tradicional comic shop de Nova York e a revista Penthouse

por Ed Sá
As lojas especializadas em vender revistas em quadrinhos, nos Estados Unidos, estão fechando as portas. A Den Comics, uma das mais famosas e frequentadas pelos "nerds", com uma tradição de 25 anos no Queens, não resistiu. O casal de proprietários, Janet e Luís Vargas afirma ser impossível concorrer com o on line. "É como um hobby morrendo", diz Luís Vargas.
Outra que desiste da disputa com o fornecimento gratuito de conteúdo digital é a revista masculina Penthouse. Poucos meses depois de a concorrente Playboy anunciar que deixará de publicar nudez, como uma tentativa de sobreviver, a revista fundada por Bob Guccione em 1965 desliga as máquinas. Em 1982, Guccione entrou na lista de supermilionários da Forbes, mas o auge da revista aconteceu durante os anos 1970, quando vendia milhões de exemplares. O recorde de tiragem em 50 anos de existência é de 1972: 7,1 milhões de cópias vendidas.
REVISTA ELEELA FOI PARCEIRA DA PENTHOUSE
Foi nessa década de sucesso, a dos 70, que a Penthouse assinou um contrato de parceria com a brasileira EleEla, que, embora limitada pela censura da ditadura militar, passou a ter acesso a reportagens e ensaios selecionados da concorrente da Playboy e uma chamada de capa; "com o melhor da Penthouse". O Forum da EleEla - famosa seção de cartas da revista dos Bloch, onde leitores e, muitas vezes, os próprios redatores viajavam na fantasia e criavam inacreditáveis histórias eróticas - foi inspirado em coluna semelhante da Penthouse. A seção de cartas da Ele Ela fez tanto sucesso que se transformou, por algum tempo, em revista autônoma, com excelentes vendas, segundo se dizia na época. Já a revista de Guccione chegou a ganhar, décadas depois, um versão brasileira lançada pelo empresário de entretenimento adulto Oscar Maroni, de São Paulo. Maroni também bancou uma edição nacional de outra masculina famosa, a Hustler. Ambos os projetos foram encerrados no Brasil. A Hustler ainda resiste dos Estados Unidos.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Virou viral: helicóptero de TV flagra casal em motel...

Reprodução. Por ter conteúdo explícito, o vídeo não está disponível neste blog.

por Omelete
Motéis costumam ter piscinas privadas ao ar livre e ali o casal fica à vontade, certo? Errado. Ok, pode curtir o momento mas isso não quer dizer que a privacidade estará inteiramente garantida. Foi o que aconteceu em São Paulo. Um helicóptero que, segundo um site americano, seria de uma emissora de TV, flagrou um desses casais despreocupados, embora pela altitude da câmera fisionomias não sejam identificáveis. Saibam todos que além de um eventual helicóptero com câmeras, drones serão cada vez mais frequentes, embora a legislação ainda a ser implementada deva proibir sobrevoos em regiões residenciais. De qualquer maneira, o Ministério da Saúde adverte: cuidado, brincadeira em piscina de motel pode acabar viralizando na web.

Veja: quando o "jornalismo investigativo" publica foto não investigada...

Reprodução Facebook

por Flávio Sépia
Em mais de uma das suas reportagens de "denúncias", a Veja já admitiu no próprio texto publicado não ao ter sido possível checar determinados fatos, mas diante a importância da acusação (segundo a tese da própria revista) o editor optou por publicar assim mesmo. Trata-se de uma norma inédita na imprensa séria, algo como o equivalente jornalístico ao "domínio do fato" importado da Alemanha pelo STF. Mas dessa vez, a Veja cometeu um erro ainda mais grosseiro em uma reportagem sobre o suposto envolvimento de Monica Moura, mulher e sócia do marqueteiro João Santana, na Operação Lava Jato. Em vez da foto da Monica Moura, a revista publica uma imagem da jornalista gaúcha Maria Paula Letti. Sem sequer checar a informação e a autenticidade da foto, a Veja vinculou a jornalista à "denúncia". Maria Paula Letti, que agora tem sua imagem impressa em uma publicação de grande tiragem e circulando na web associada a um investigação policial, vai processar a revista. Vai ver foi culpa de um estagiário, coitado...


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Jornalistas do Daily Telegraph reagem contra instalação de "sensor de presença" na redação. A antiga Bloch instalou, certa vez, um "livro de presença". Também durou pouco... veja porque


Redação do Daily Telegraph: sensor "dedo-duro' para controlar jornalistas
O Daily Telegraph, de Londres, instalou nas mesas de redatores e repórteres um sensor capaz de indicar quando os profissionais estavam sentados, quanto tempo passavam trabalhando e quanto minutos ou horas gastavam perambulando pelas salas. Após forte reação dos jornalistas, que consideraram invasiva a vigilância, o jornal retirou os sensores. Segundo os administradores, o dispositivo reagia a movimento e calor e identificava o uso efetivo de uma estação de trabalho. mas tratava-se apenas de um "inocente" programa para avaliar possíveis programas de conservação de energia. Conta outra, não é?
Patrão sempre sofre da paranoia de que o empregado está dando a volta na firma. Aqui no Rio, já foram feitas tentativas não tão sofisticadas de controlar horários dos jornalistas.
A Bloch, certa vez, instituiu um livro, na portaria, onde os funcionários deveriam anotar e assinar ao lado dos horários de entrada e saída no prédio. Durante o dia, um funcionário do Departamento de Pessoal percorria as redações portando um formulário contínuo com os nomes do jornalistas e ia anotando eventuais ausências. Às vezes, alguém da redação avisava: "Ó, fulano tá no banheiro". O tal controle não durou muito a partir do momento em que a empresa constatou que jornalistas demitidos e que entravam com processos trabalhistas passaram a usar o livro de controle para provar que cumpriam muito mais horas trabalhadas do que o determinado pela lei.
Apesar de aprovado em convenção coletiva, no Rio, o controle de ponto eletrônico para jornalistas também provocou polêmica já que alguns veículos resistiram a implementar esse tipo de registro digital. A razão? A mesma da velha Bloch. Jornalistas, com frequência, em função de pautas externas, fechamento de matérias e 'pescoções" (os adiantamentos de fins de semana) acumulam mais horas extras do que as estabelecidas em contrato. Daí, esse tipo de controle e vigilância acaba se voltando contra os patrões.