sábado, 22 de outubro de 2016

A ficha de Crivella e a Operação "Calma Aí, Cunha!"



por Flávio Sépia 

A Veja está nas bancas com duas capas.

No alto, o bispo licenciado Marcelo Crivella posa para uma "selfie" policial "obrigatória". Segundo a revista, tal ficha andava escondida há anos.

O líder evangélico seria o responsável pela construção de um templo do conglomerado da Igreja Universal. O terreno foi invadido e Crivella não se conformava com a demora da reintegração judicial e tentou tomar na marra e retirar uma família da área pendente.

Na época, ele também trabalhava na Empresa de Obras Públicas do Estado, durante o governo de Moreira Franco. Foi detido. A revista dá mais detalhes do inquérito.

Na outra capa, a Veja estampa Eduardo Cunha, ex-louvado e exaltado quando conquistou a Câmara dos Deputados. A revista opina na chamada que a cela do político vai lotar. Será?

Pelo menos uma consultoria internacional, segundo a BBC Brasil, avalia que elites empresariais e políticas agem para garantir a contenção de danos e blindar nomes do governo eventualmente na mira de Cunha. Ainda não é possível antecipar se o preso fará delação premiada. E, se o fizer, se o acordo será aceito pela Lava Jato.

Um colunista da Veja defende que "a partir de certo ponto, a delação vira o outro nome da impunidade". Tudo indica que o "certo ponto" é Cunha. Nos últimos dias, esse tipo de opinião ganhou força entre políticos, juristas alinhados com o governo e colunistas idem.


Já a capa da Época analisa aspectos já revelados da arrecadação operada pela chapa Dilma-Temer nas últimas eleições. Na teoria, denúncias que se efetivadas poderiam alcançar o atual presidente. Na prática já circulam opiniões até de ministro do STF que embutem parecer de que Temer é Temer, Dilma é Dilma e as contas são separadas. Cunha poderia enterrar essa versão caso sua delação seja um dia, quem sabe, aceita.

Dizem que o ex-presidente da Câmara é metódico e tem na sua caixa preta "recuerdos" de momentos especiais. Se é folclore ou não, especula-se que o ex-deputado guardava desde guardanapo com rabiscos e cifras a vídeos, documentos com firmas reconhecíveis, fotos de churrascos e comes e bebes, emails, orkut, face, whatapps, bilhetinhos e canhoto de entregas a domicílio.

Daí, estaria em curso uma monumental "Operação Calma Aí, Cunha!"

6 comentários:

J.A.Barros disse...

Bom, não sei se sairão verdades políticas dos grandes escândalos que marcaram esse governo do PT com o ex-presidente Lula e a incompetente e tati-bitati dona Dilma rousself, da boca desse político e atualmente presidiário ex-presidente da Câmara de deputados, hoje cassado, Eduardo Cunha. Todos escândalos por ele denunciado o atingirão também. Se acusar o Temer estará envolvido, se acusar o Padilha e o Moreira Franco estará enrolado também, de maneira que acho que acho que nada de muito grave será denunciada por este canastrão, corrupto e corruptor Eduardo Cunha.

J.A.Barros disse...

Gente, a passagem deste candidato pelo Ministério da Pesca foi trágica.

J.A.Barros disse...

O candidato a que me refiro é o senhor Crivella.

J.A.Barros disse...

Gente, esse Crivella debaixo desse manto evangélico vai dar muito samba se for eleito.

Wilson disse...

Parece que o J.A. faz coro com os que dispensam as denúncias de Cunha, o que só protegerá os demais que cavalgam o poder. É a mesma pregação do governo. Será o J.A um peemedebista apaixonado, fã do Temer? adepto do Moreira Franco? partidário do Eliseu Rezende? Ele não me engana, é um dos que tá no bloco do cala a boca, Cunha

Corrêa disse...

O Rio vai cair na mão dees industria religiosa. Respeito as religiões de cada um praticadas em casa e nas igreja. Quando religião monta partido político e faz candidato é um partido como outro qualqeur e merece todas as críticas. Até porque já tem alguns políticos pastores envolviso em falcatruas e até já condenados. Isso aí é nocivo pro Rio e pro Brasil