sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Black Friday à americana: FBI diz que será batido nos Estados Unidos o recorde de venda de armas pessoais com descontos...

Black Friday de armas nos Estados Unidos. Uma das pistolas,
fabricada pela empresa brasileira Taurus, sai por módicos 199,90 dólares.
Perdeu, playboy. Segundo o FBI quem vai se dar bem na Black Friday nos Estados Unidos são os vendedores de armas pessoais. As lojas esperam receber, em 24 horas, cerca de 200 mil compradores de armas - entre pistolas e fuzis. Como é comum o mesmo "John Wayne" levar para casa mais de uma arma, é só fazer as contas. Segundo reportagem publicada na revista italiana Panorama - a mídia americana é mais "cautelosa" com o tema já que os fabricantes de armas e as lojas têm peso como anunciantes, especialmente fora de Nova York e Los Angeles - os dados recolhidos pelo FBI, através do sistema Nics, são considerados os mais confiáveis. Mas contam apenas as armas que são registradas ou que têm seus registros renovados. Calcula-se em 40% do total o volume de armas não legalizadas. As 190 mil armas do Black Friday se somarão às mais de 300 milhões que estão em mãos de civis no país. Os Estados Unidos têm, disparado, o maior índice de mortes por armas de fogo entre os países desenvolvidos. Um arsenal à disposição dos futuros autores de chacinas em escolas e universidades, uma prática frequente por aquelas bandas.
Já aqui no Brasil, deputados da chamada "bancada da bala" tentam demolir a legislação que limita venda e porte de armas. Devem achar que os índices de mortes por armas de fogo, no Brasil - que ocupa o 11° lugar nesse trágico ranking - ainda é pouco pro gosto deles. À frente do Brasil, estão Venezuela, Ilhas Virgens, Guatemala, Colômbia e Iraque, entre outros países em desenvolvimento. Os Estados Unidos estão frente de França, Alemanha, Cuba, Reino Unido e Japão, com um índice mais de cinco vezes superior aos "concorrentes" do primeiro mundo.
ATUALIZAÇÃO: Este texto foi escrito ontem, pouco antes de meio-dia. À tarde, mais um episódio de tiroteio no Estados Unidos foi divulgado pela CNN. Atirador, ou atiradores, investiram contra uma instituição pública de planejamento familiar. O atentado deixou mortos e feridos. Ativistas, na verdade, terroristas contra aborto já fizeram outros ataques do gênero. São grupos de inspiração religiosa que estão escalando ao poucos mais um degrau da violência. Armas, como se vê pelo recorde do Black Friday, não lhes faltam.

Um comentário:

Leonardo disse...

O terrorismo político foi controlado mas surgiu o terrorismo religioso ainda mais cruel e difícil de deter porque são terroristas fanáticos religiosos. Eles não fazem reivindicações, querem sangue em nome de Deus, segundo dizem. São uns anormais doentes