domingo, 5 de julho de 2015

Grécia diz NÃO. É a vitória da dignidade. "Mesmo nas circunstâncias mais difíceis, a democracia não pode sofrer chantagem" , diz o primeiro-ministro Aléxis Tsípras

Gregos dão ao mundo uma lição de resistência à especulação financeira. Foto Makis Sinodinos

Nas ruas, população festeja a vitória do Não ao FMI, ao Banco Central europeu e ao conselho da UE. Foto Makis Sinodinos

Com respaldo ainda maior do povo grego, o país que retomar negociações. Foto Makis Sinodinos
Os gregos dizem "Não" em referendo à pressão dos credores e especuladores e às exigências da União Europeia, com a Alemanha à frente, para que o país faça um violento ajuste fiscal, aumente o desemprego e corte programas sociais. O resultado não neutraliza a crise que a Grécia vive desde 2008 quando passou a praticar um arrocho fiscal sobre pressão dos credores - como resultado, o país ficou estagnado e a dívida aumentou - mas pode dar ao país posição mais forte na mesa de negociações. O governo grego, que é vítima de chantagem por parte da UE - uma afirmação que economistas renomados endossam - diz que pretende retomar as negociações, agora com um respaldo ainda maior da população. Diante do resultado, aguarda-se agora a reação da Alemanha e da França, especialmente. A julgar pelo autoritarismo demonstrado por Angela Merkel, a UE deve querer transformar em chucrute com patê o fígado do primeiro-ministro Aléxis Tsípras."O referendo de hoje não teve ganhadores nem vencedores. É uma grande vitória em si mesma. Mesmo nas circunstâncias mais difíceis, a democracia não pode sofrer chantagem", disse Tsípras.


4 comentários:

J.A.Barros disse...

O Brasil está indo para o mesmo caminho com aumento dos juros, desemprego, falência da industria naval, inflação disparando para dois dígitos, indústria e comércio sofrendo prejuízos com a diminuição do consumo e esse ajuste fiscal está indo pro brejo. O que os partidos políticos devem fazer neste momento é dar apoio a presidente Dilma para continuar o seu trabalho. Derruba la do poder é golpe e vai piorar a situação econômica em que o Brasil se encontra.

Hubert disse...

A Grécia está há seis anos sob uma política de "austeridade" determinada por FMI, União Europeia e bancos. Querem dar a impressão de que a crise surgiu agora com o primeiro ministro Tsipas. Isso é falso e desonesto. A "austeridade" (austeridade só para o povo e derrame de lucros para os especuladores) levou à situação crítica da Grécia. Tem razão é a mesma receita aplicada aqui no Brasil.

Corrêa disse...

A economia chinesa, onde especulador que prejudicar o país é convidado a se explicar, não segue as regras do FMI ou das agências financeiras e bancos do ocidente e resiste à crise sem "austeridade" (crescia 10% e cresce agora a 7%) e o consumo interno voltou a crescer. Emprego também.

Sanchez disse...

Corrêa, pode acrescentar que a Alemanha, que defende a "austeridade" que aumenta lucros de bancos est[á com produção industrial em queda e consumo também. A receita de Merkel não funciona nem no galinheiro dela.