domingo, 5 de julho de 2015

Ativistas do PETA protestam contra a barbárie e a covardia das touradas...

Neste fim de semana, em Pamplona, ativistas do Peta protestam contra a crueldade das touradas e das corridas de touros, como a que acontece neste fim de semana, em Pamplona, durante a festa de San Fermin. Foto de Roland Bos Lupion/AnimaNaturalis

Foto de Roland Bos Lupion/AnimaNaturalis

Foto de Roland Bos Lupion/AnimaNaturalis
por Flávio Sépia
Hemingway que me desculpe mas as touradas são o espetáculo mais idiota a que já assisti. E toureiros estão mais para símbolos de covardia do que de coragem. O que mobiliza seguidores do bizarro show é o sangue como êxtase final de um suposto balé que muitos consideram arte, em clara ofensa à... arte. Nem que fosse "arte" primitiva, como é o espetáculo nas arenas. Dizem que é da cultura humana. Na Roma Antiga, os embates mortais entre gladiadores levavam multidões aos estádios. Hoje, o sangrento MMA faz o mesmo. A diferença é que os gladiadores eram escravos obrigados a lutar e morrer, os lutadores do MMA são maiores de idade e não são obrigados a levar pancada, então, danem-se, e os touros são apenas vítimas do sadismo como entretenimento. Nem esporte é, já que um dos contendores, o touro, é colocado em desvantagem. Antes de o matador, a estrela maior, executar o animal, este é covardemente exaurido, espetado e torturado por seus comparsas. Acidentalmente, o touro acerta o matador. Geralmente, por justa causa e defesa própria. Tem a minha torcida. Em tempo: este texto não ofende a Espanha. Em um bar, em Toledo, antes de, por mera curiosidade jornalística, assistir a uma tourada, um garçom a quem pedi informações sobre a localização da arena, tentou me demover da ideia. Para ele e para muitos espanhóis, aquilo lá é apenas uma macabra e doentia sessão de tortura e morte. Crescem na opinião pública da Espanha os movimentos para o fim das touradas, que atualmente atraem principalmente as gerações mais velhas e turistas curiosos.
No Brasil, felizmente, a legislação contra maus tratos aos animais avançou desde a proibição de brigas de galo, o controle sobre a venda de animais silvestres, o veto a animais em circo, entre outros pontos. Nos tempos coloniais, a Família Real promoveu touradas no Rio por ocasião de festividades reais. Mas não colou no gosto da população e ainda contou com a oposição do Marquês de Lavradio, hoje nome da simpática rua na Lapa. De formação iluminista, Lavradio detestou a tourada. Na época, Portugal, que chegou a proibir a tourada em 1777, admitia o espetáculo desde que não se matasse o touro.
Nesse ponto, a Espanha se apega ao atraso.
Quanto ao MMA, deixa rolar... A julgar pelas fotos dos sujeitos arrebentados após as lutas (às vezes não dá nem para distinguir vencedor e vencido), eles já são suficientemente esculachados.

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Um comentário:

Wedner disse...

Tem que acabar com essa crueldade, um atraso, uma coisa primitiva, na Espanha