sexta-feira, 27 de março de 2015

Cerco à Petrobras: o anúncio censurado

A Petrobras é vítima duas vezes. De um lado, contabiliza o prejuízo de um esquema de corrupção montado por grandes empresas há mais de uma década, segundo depoimentos de delatores, em parceria com funcionários e políticos desonestos. De outro, tornou-se alvo político. Para quem investe nessa estratégia, parece não ser suficiente a punição dos culpados pela Justiça. Diz-se que o objetivo é ir além e abater a própria empresas, abrindo caminho para a privatização a preço mamão-com-açúcar como o da Vale do Rio Doce ou, no mínimo, mudando as regras do pré-sal, interesse já demonstrado por várias multinacionais. É briga de cachorro grande. Com todo o bombardeio, a empresa vem comprovadamente batendo recordes de extração de petróleo e gás. Nada mais natural de, em uma campanha normalíssima de proteção da imagem (a companhia não pertence apenas ao Brasil - que é o controlador - mas a milhares de acionistas em vários países), esse trabalho seja divulgado e ressaltado. Por isso, surpreende a decisão do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) ao exigir mudanças em um comercial a partir de uma gestão de um deputado do DEM (ex-Arena, ex-PDS, ex-PFL), ligado ao notório e falecido Antonio Carlos Magalhães. O tal deputado conseguiu convencer o Conar de que a Petrobras feria um artigo daquela instituição privada, segundo o qual um anúncio não deve "abusar da confiança do consumidor, explorar sua falta de experiência ou de conhecimento ou se beneficiar de sua credulidade”. Com uma redação dessas, convenhamos que esse artigo pode ser interpretado ao gosto do freguês. Primeiro, trata o consumidor como um idiota. Segundo, a depender de como é lido, até Jesus seria proibido de pregar nas estradas de Nazaré.
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6 comentários:

AB.Dias disse...

Se se diferenciarem a empresa do esquema desonesto do qual ela foi vítima, o prejuízo para o Brasil será muito maior. A não ser que a intenção seja mesmo vender para multinacionais

J.A.Barros disse...

Não vejo os ataques a Petrobras como se quisessem destrui-la mas sim a extrema corrupção que – veja bem – os seus diretores impuseram a ela, a empresa em si. A empresa Petrobras, continua sendo a Petrobras, mas espero que não seja mais dos seus diretores corruptos e maléficos que se enriqueceram chantageando quem queria ser chantageado. Estou me referino às grandes empresas construtoras deste país. Ora, para existir corrupção numa empresa – não só a Petrobras – é preciso que existam dois agentes o corruptor e o corrupto. Infelizmente a Petrobras se tornou um ninho de corruptos que efetivamente exerciam grandes poderes na sua cúoula diretora.
Os "progressistas criaram um slogan a muitos anos que dizia o seguinta : "A Petrobras é do povo brasileiro". Sempre contestei essa frase porque na minha opinião a "Petrobras é dos diretores da Petrobras". Essa é a grande verdade.
O fato que a própria empresa, para sobreviver, está se auto- privatizando pondo à vendo alguns dos seus ativos.
O problema agora é outro e a pergunta no ar é: os corrruptos serão postos na cadeia? Porque os do Mensalão já estão em casa livres como passarinhos.

J.A.Barros disse...

Primeiro: não consegui abrir o vídeo porque ele informava que era privado.
Segundo: não me lembro que anúncio é esse.
Terceiro: assisti ao depoimento do senhor Sérgio Gabrielle que falou o tempo todo fazendo uma exposição do que era a Petrobras e o que representava para o Brasil essa grande empresa. Ora, se ele conhece tanto a Petrobras não deveria desconhecer que os seus diretores estavam metendo a mão levando altas propinas de corruptores para ganhar concessão em obras da Empresa.
Afinal ele era o presidente dessa grande estatal cujo grande negócio era vender gasolina e não extrair petróleo, tanto é e ele mesmo confessa que as refinarias existentes no país são própria para refinar óleo leve e não óleo pesado como os que são extraídos das nossas jazidas nas bacias marítimas. Tanto que a Empresa é obrigada a exportar esse petróleo para outros países que refinam óleo pesado. E ele confessou isso no seu depoimento. Declara também que foi um grande negócio para a Petrobras a compra da refinaria de Pasadena, no Texas EUA, contraindo a ex-presidente Graça Foster que que confessou na CPI que essa compra foi um mal negócio para a Petrobras. Afinal, com quem está a verdade? Para mim todos eles sabiam das propinas que rolavam dentro da empresa por seus diretores.
O povo não quer acabar com a Petrobras nem vender a empresa, que apenas que ela seja uma empresa honesta consigo mesma e respeite o povo brasileiro. Na verdade ninguém quer acabar com a Petrobras e o pior nessa história de corrupção jamais vista em toda história deste país e no resto do mundo, ela mesma é que está se acabando e começando a vender a empresas privadas alguns deus ativos. A indústria naval com seus estaleiros não se aguenta sem as obras da Petrobras. Estaleiros já estão demitindo pessoal de seus quadros por falta de serviço. A Sete Brasil está paradinha e não conseguiu produzir nenhuma sonda para o Pre-sal. A empresa atual que controla e contrata construção de navios vai repetir a anterior; a Petronave, que fechou porque os navios que construía nos estaleiros eram 10 ou ou vezes mais caros que os contratados na Coreia do Sul, além de ser obrigada pelos sindicatos navais a carregar o triplo de tripulantes nos navios de sua bandeira. A Industria Naval brasileira, quase toda na época, instalada em Niterói, fechou para balanço, porque sem obras e sem contratos com a Petronave faltou dinheiro para continuar na ativa.Foram milhares de desempregados, mão de obra especializada que se perdeu nos anos parados. O interessante é que com a renovação dos estaleiros o país não tinha mais o profissional soldador o que foi uma dificuldade para as empresas recomeçarem as suas atividades. E o soldador é uma das peças mais importantes de um estaleiro naval.

Administrador disse...

RESTABELECIDO ACESSO AO VÍDEO

J.A.Barros disse...

Você sabia que a Petrobras paga a todos os seus funcionários – mesmo aqueles que trabalham na Avenida Chile, No Rio de Janeiro – recebem adicional de risco de vida e de insalubridade? Estranho, não acham?

J.A.Barros disse...

Não nada demais no anúncioo da Petrobras, a não ser algumas mentiras que como se trata de anúncio as Agências que criam essas peças de publicidade abusam nas qualidades do produto para chamar a tenção dos consumidores o que é válido e faz parte desse jogo.